sábado, maio 31, 2014

Jogos sujos

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Com a candidatura de António Costa à liderança do PS foram abertos os jogos que neste caso são os jogos sujos, uma luta sem quartel em que vale tudo. Não foi preciso muito tempo para que estamos perante uma das mais violentas lutas pelo poder num partido de que há memória na democracia, uma luta onde vale tudo, mostrando que las lutas partidárias sucede o mesmo que nas guerras civis, vale tudo e não há quaisquer regras.
  
O próprio Seguro que durante três anos não fez qualquer oposição ao seu amigo Passos Coelho, limitando-se a esperar que este governo adoptasse todas as medidas com que ele concorda mas não quer assumir, parece que tomou uma espécie de Viagra para políticos, depois de um dia desastroso porque no meio do medo da noite eleitoral decidiu à pressa aprovar uma moção de censura sem a ter lido, correu ao frasco do Viagra e preparou um comentário ao acórdão do tribunal Constitucional e discursou como se fosse o Vladimir Ilitch Ulianov em frente ao Palácio de Inverno.
  
Mas ainda antes disso o país assistiu a manobras sujas que apenas visaram matar a candidatura de António Costa à nascença, tudo quanto foi gente com acesso às televisões e rádios correram para os microfones para desancar em António Costa, cada um à sua maneira. O país ficou a saber que Seguro não é, afinal, tão mole como quer parecer, nem tão nobre na forma de fazer política como tem justificado a sua oposição delicodoce a Passos Coelho.
  
Desde os tempos em que era uma das faces da oposição a José Sócrates, usando para isso os voos da Cia autorizados pro Durão Barroso, quee ninguém via a Ana Gomes tão empertigada. Personagens como bruilhante Dias e Beleza siaram da penumbra e até o Zorrinho, um conhecido apreciador de carros de luxo que deve a sua existência a Sócrates, apareceu a dizer coisas que ninguém percebeu pois o coitado queria apoiar o Seguro sem saber como dizer mal de Costa.
  
Se fosse um mafioso a querer destronar o padrinho o curso normal dos acontecimento seria uma reunião no decuros da qual o candidato ou o padrinho seria eliminado e se isso não sucedesse o padrinho reunia os seus capos e matariam o adversário e todos os seus apoiantes num massacre da noite de São Valentim. Por cá sucedeu o mesmo, também houve uma reunião em que Costa sobreviveu e ouviram-se raladas como se fosse a Noite de São Valentim. 
  
Seguro sabe que enquanto passar a ideia de que sai vitorioso terá o apoio dos seus capos, dos homens que ao longo de quase uma década arregimentou com promessas de acesso ao pote. É natural que com o pote à vista aqueles que se dedicaram ao líder durante anos, alguns há décadas manter-se-ão fiéis ao líder, estão tão envolvidos que se Seguro sair derrotado nem terão condições para mudar de casaca. Mas como Costa não fugiu desta tentativa de massacre vamos assistir ao espectáculo triste de serem os apoiantes de Seguro os primeiros a ataca-lo e a atirar-lhes as culpas. Não aceitarão que depois de tanta dedicação e com a direita a fazer tantas asneiras Seguro foi incapaz de se afirmar. Os mesmos que tentaram massacrar António Costa serão aqueles que irão pendurar Seguro.

 
 

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Pormenor do Quiosque Tivoli, Av. da Liberdade, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
António José (in)Seguro

Desde o primeiro momento que a equipa de Seguro considera a moção de censura apresentada pelo PCP como um frete ao governo, mas mesmo assim o PS decidiu logo pela sua aprovação, mesmo sem ler o seu conteúdo, seguindo um critério oposto ao seguido em anteriores moções de censura.

Mas Seguro não assume com frontalidade o combate à provocação que o PCP fez ao PS e em vez de estar no debate para enfrentar o governo e o PCP, opta por se ausentar do debate, aparecendo apenas na votação. Seguro é o líder a oposição a quê?

Aprova sem ler, vota a favor do que discorda, desaparece na hora de defender a posição que decidiu, é caso para perguntar "você entregaria os destinos de Portugal nas mãos deste homem?»

Como se tudo isto não bastasse o dia acabou com um Seguro que mais parecia um galo-da-Índia, percebendo o dia desastroso Seguro preparou com muita antecedência um discurso agressivo de aproveitamento do eventual chumbo constitucional das medidas orçamentais. Mal o presidente do TC acabou o esclarecimento já discurso estava a ler uma extensa intervenção que só poderia ter sido preparada com muita antecedência, evidenciando uma manobra oportunista.
 
O Seguro que nada dizia quanto a impostos parecia o Jerónimo de Sousa a recusar aumentos de impostos, o mesmo Seguro que não garantiu a reposição dos vencimentos dos funcionários públicos apareceu a vociferar contra os cortes do orçamento. Só se esqueceu de comentar a aceitação pelo TC dos cortes dos complementos de reforma nas empresas do Estado, sobre esses cortes não teve qualquer opinião ou, o que pareceu mais evidente, a intervenção estava preparada para o que era mais óbvio.
 
O mesmo Seguro que durante três anos dada fez contra este governo apareceu agora armado em Arnaldo de Matos a liderar a oposição ao governo, agora já só falta imitar o banho de Mao no Rio Yangtse e ir a nado até Cacilhas!

«António José Seguro considera a moção de censura ao Governo apresentada pelo PCP "um frete ao Governo", motivo pelo qual não marcará presença no debate desta sexta-feira que decorre no Parlamento. Fonte da direção socialista diz que a ausência "tem esse sentido político" e que o líder do partido "rosa" comparecerá no hemiciclo para votar a moção "por coerência", isto é, "para censurar o Executivo".» [DN]
 
 Seguro ou Abono de Família?

Nos seus momentos de humor o Tozé gosta muito de brincar com o seu apelido apresentando-se como um seguro para o país. Depois das últimas eleições Seguro pode voltar a brincar dizendo que vai mudar de apelido para António José Abono de Família, teve uma grandiosa vitória e os eleitores do PS ainda sobraram para o PCP aumentar a sua representação e o MPT eleger dois deputados, isto para não dizer que a única vitória da direita na noite do passado domingo foi, precisamente, a grande vitória de Seguro. EM português a isto se chama o abono de família e o Tozé podia muito bem ter previsto uma medida a acrescentar às sessenta que apresentou, a criação do abono de família eleitoral para todos os partidos menos o PS.
 
 A vitória eleitoral de Seguro e Assis

Com vitórias destas não há que temer as grandes derrotas.
 
  Coisa estranha

No meu circulo de amigos ainda não ouvi nenhum simpatizante ou eleitor do PS ser partidário e defensor da continuidade de Seguro na liderança do PS.
 
 Porta-te com juízo Paulinho!

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Já começa a ser um hábito sempre que Paulo Portas tem uma posição divergente ou quando existem condições que o podem levar a fazer tremer o governo surgem notícias ameaçadoras na comunicação social. Será chantagem ou mera coincidência?
 
 zzz

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 Alta traição
   
«Se for ao Google e colocar a expressão do título, a segunda entrada, a seguir a um filme com Steven Seagal, é relativa ao PS e a António Costa. O emissor da qualificação é um Pedro Coimbra, presidente da Federação socialista da cidade do mesmo nome. E que alega ele para a justificar? Que "há pouco mais de um ano Costa e Seguro assinaram em Coimbra um documento de linhas programáticas para o PS nos próximos anos".

Para o coimbrão Pedro, ter assinado com um líder um documento genérico para um partido e um ano e duas eleições nacionais depois considerar que esse líder pode não ser a melhor opção para a liderança, propondo um confronto de ideias e votos, é equivalente a uma ação criminosa contra o Estado - definição comum de "alta traição", associada a tentativa de assassinato de um soberano, espionagem a favor de nações inimigas e "venda de segredos" - perpetrada por alguém com uma obrigação de lealdade para com o mesmo. Apunhalar "o nosso lado" e favorecer o inimigo, resumindo - ato desprezível historicamente punido com a morte.

Não, não desconsideremos já Pedro e a sua asserção como produtos de uma ridícula dramatização da normalidade democrática. Investiguemos. Para começar, que faz "o inimigo"? É Nuno Melo, o eurodeputado que sobra ao CDS/PP após a histórica derrota da coligação, a dar o tiro de partida da reação da direita. Logo após o anúncio da disponibilidade de Costa, acusa-o no seu Facebook de ter "feito o que podia para a vida correr mal a Seguro nas europeias e agora (...) apresenta-se como o salvador disponível para juntar os cacos" - ou seja, de deslealdade e traição (lembra alguma coisa?). Ontem à noite, Menezes, reputada autoridade em boas contas autárquicas que a direção do PSD apoiou na candidatura (falhada) à Câmara do Porto, acusava Costa de - custa a crer mas sucedeu - ter "uma grande dívida na CML". Sem qualquer dúvida, PSD e CDS estão encantados com a ideia de Costa assumir a liderança do PS: os ataques são uma sofisticada estratégia de disfarce.

Quanto ao líder tão cruelmente atraiçoado, que faz? Decreta o voto do partido numa moção de censura do PCP que diz o que seria expectável, e dizia já a que o PCP apresentou em 2012 - que os últimos 37 anos em Portugal (desde que há eleições livres) foram "um retrocesso económico e social" devido "à política de direita executada por sucessivos governos". Um líder de um partido democrático a decretar o apoio a uma moção que insulta a democracia e o seu partido: eis algo que a ninguém passaria pela cabeça chamar traição, muito menos alta. Como a ninguém ocorrerá qualificar como usurpação que esse mesmo líder invoque o voto de "mais de um milhão de portugueses" no PS, nas europeias, como votos em si. Porque é só desespero. E estupidez. Baixa.» [DN]
   
Autor:
 
Fernanda Câncio.
      
 Os ucranianos mortos são todos eurocépticos
   
«A Europa procura com contas de merceeiro quem será o seu próximo presidente, que será quem quer que seja, mas pouco. E, entretanto, em noticiário só de pequenas linhas, a guerra civil instala-se na Ucrânia. É a Jugoslávia Parte II. Ainda não tão emocionante mas lá chegaremos, as imagens da anarquia em Donetsk, homens musculados e loiras de camuflado, confirmarão que as guerras civis mais populares no prime-time são das terras com gente bonita. Espetáculo que deveria envergonhar-nos porque a tragédia, a poucas semanas da magna tragédia que vai ser, é também culpa nossa. Dessa, dita em cima, falta de Europa. Se nos tivéssemos ocupado menos com as medidas das sanitas e mais com o tamanho e a profundidade da Europa, não tínhamos chegado aqui. Era claro que não devíamos ter acirrado a Ucrânia contra a Rússia. Devíamos, se fôssemos europeus, ter pensado Ucrânia e Rússia. E porque éramos os menos envolvidos deveríamos ter sido os que agiram de cabeça fria. Chama-se política, que é coisa que devia ser entregue só a grandes, não a amanuenses de geoestratégia. Em 1959, ainda a URSS tinha 30 anos para viver, De Gaulle definiu o nosso espaço numa frase: "Do Atlântico aos Urais." Ele percebeu, quando ainda só se podia adivinhar, que a Rússia é nossa ou somos pouco. Hoje, com ela aí, a Europa tratou-a como inimiga e, cobardemente, por interposto e fraco país. Ucrânia, mais um dano colateral da falta de Europa.» [DN]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.
   
   
 É preciso coerência, diz o incoerente Seguro
   
«Foi um António José Seguro cáustico e particularmente crítico para com o PCP que falou hoje aos jornalistas à chegada ao parlamento para a votação da moção de censura. Seguro não marcou presença no debate optando apenas por participar na votação.

Aos jornalistas, Seguro afirmou que “é preciso haver coerência na vida pública do nosso país”, adiantando que foi precisamente por uma questão de coerência que falhou o debate embora vote a favor da moção de censura. Seguro defende a ‘queda’ do Executivo mas discordou do facto de o PCP ter escolhido este dia para o debate da moção de censura. Na perspetiva do líder do PS, o “primeiro-ministro quer transformar esta moção de censura em moção de confiança”.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Coerência é umas vezes não tomar posição ante de ler a moção de censura e depois aprová-la sem a ler? Coerência é pedir eleições antecipadas e depois falar da legitimidade democrática da sua liderança?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Ofereça-se um dicionário a Seguro, está precisando de estudar o significado da palavra coerência.»
  
 Os disparates que Clinton diz
   
«"Se querem que as companhias estrangeiras invistam em Portugal, agora que saíram do colete-de-forças financeiro, têm que arranjar forma de reestruturar toda a vossa dívida", afirmou Bill Clinton, antigo Presidente norte-americano, na conferência sobre economia global que proferiu esta tarde na Universidade Europeia, em Lisboa.

"Portugal tem que arranjar forma de reestruturar a dívida para conseguir que o crescimento económico passe de 1% para os 3%", acrescentou.» [DE]
   
Parecer:

Mais um que não percebe o brilhantismo intelectual de Passos Coelho.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
     

   
   
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sexta-feira, maio 30, 2014

Saída limpa, política suja

O Tribunal Constitucional declarou inconstitucionais três normas do orçamento de Estado para 2014, precisamente as normas com mais impacto financeiro. Isso significa que a saída limpa tão apregoada se baseou em política suja.
  
Deixar passar um Orçamento inconstitucional quando se tem a obrigação de cumprir e fazer cumprir a Constituição é fazer política suja.
  
Sacrificar alguns grupos sociais e profissionais por questões de ódio ideológico ou por oportunismo eleitoral com fundamento em falsos pressupostos e em conclusões de estudos que ninguém fez para conseguir equilibrar as contas públicas desprezando as normas constitucionais é fazer política suja.
  
O que o Tribunal Constitucional acabou de declarar foi a inaptidão de Cavaco Silva para exercer condignamente as funções de Presidente da República e a ilegalidade de um governo que não representa quase ninguém e que governa contra a vontade dos portugueses e contra a ordem constitucional estabelecida.
 
Aditamento:
 
O mesmo Seguro que não se comprometeu a repor os vencimentos dos funcionários públicos apressou-se a aparecer na televisão tentanto antecipar-se a tudo e a todos. No dia em que fez uma figura triste no parlamento Seguro aproveita-se do acórdão do Tribunal Constitucional para se armar no líder da oposição que não foi nem quis ser. Ridículo demais para ser verdade.

Aconteceu em Portugal na semana passada

Vejamos o que aconteceu na semana passada, Francisco Assis fez uma grande campanha demonstrando ser um candidato muito diferente de Rangel e aproveitando a oportunidade para mostrar aos eleitores que o PS e o seu líder não só têm ideias para a Europa como demonstraram que têm um projecto consistente para governar Portugal. No seu discurso de vitória o cabeça de lista do PS fez o discurso memorável onde de forma humilde ignorou a sua grande vitória para elogiar os vencidos, reafirmou o projecto do PS para Portugal, criticou de forma consistente a direita e abriu espaço para diálogos à esquerda e com independentes.
  
Seguro aproveitou de forma brilhante a campanha paa as europeias para, finalmente, mostra de forma clara as portugueses aquilo que sempre disse, quando confrontado com a necessidade de mostrar as soluções  Seguro sempre disse que elas estavam na Europa, foi por isso que aproveitou esta campanha para mostrar como as suas propostas para a Europa são viáveis e solucionam os problemas nacionais. As questões ficaram tão claras que Seguro aproveitou para empolgar os portugueses com as suas propostas para Portugal, depois dos 101 Dálmatas de Rangel e Melo o líder do PS avançou com 80 das suas centenas de soluções e medidas para o país.
  
Se Seguro já era o líder mais desejado pelos portugueses saiu desta campanha transformado num homem de Estado, ficando claro para todos os portugueses que concordando-se ou não ele tem um projecto para Portugal. Seguro sabe o que quer e tem a maioria dos portugueses do seu lado. Foi por isso que estas europeias acabaram por ser uma eleição nacional, uma primeira volta das próximas legislativas, sendo clara a vitória de Seguro, não restando grandes dúvidas de que o PS voltará a ter maioria absoluta, uma prova de que Seguro nada fica a dever a Sócrates, um líder contra o qual se bateu durante anos, sempre de forma elegante e sem dividir o seu partido.
  
Este apego de Seguro ao respeito pelos princípios e regras estatutárias e, principalmente, as regras constitucionais é que sempre o impediram de pedir eleições antecipadas e à cabeça das suas primeiras 60 medidas estava a revogações de todas as decisões governamentais que suscitaram dúvidas constitucionais. Não admira que ao seu lado estejam personalidades que sempre deram tudo pelo seu partido mesmo não concordando com as lideranças, é o caso de uma tal Ana Gomes que como se sabe usou os voos da CIA para confrontar Durão Barroso com a suas responsabilidades em vez de se atirar ao governo de Sócrates.

Como era de esperar o discurso de vitória na noite eleitoral foi um discurso de fazer o Obama roer as unhas de ciúmes, foi um discurso mobilizados com que todos os eleitores, mesmo aqueles que não votam PS, aplaudiram. Por todo o país sentiu-se o seu apelo à mobilização nacional e o seu parido esteve unido em torno de uma vitória eleitoral que foi uma esperança para todos os portugueses.
  
Compreende-se agora que o percurso de Seguro tem sido e vai continuar a ser vitorioso, até já há quem pense que vai fazer no país e em especial à direita e ao PCP o que já conseguiu na capital nas últimas autárquicas, uma vitória esmagadora sobre a direita e sobre a esquerda mais conservadora. Seguro ´o líder carismático que faltava ao PS e à sua volta tem quadros de primeira água para assumirem cargos governamentais. Personalidades como Beleza na Saúde, Brilhante na Presidência ou Ana Gomes nos Negócios Estrangeiros dão-nos a certeza de que Portugal vai mesmo sair da crise e livrar-se deste governo de  Passos Coelho.
 
 

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Espantalho, Carvalhal (Grândola)
  
 Jumento do dia
    
Marinho Pinto

O Obama e a Hillary Clinton que se cuidem, o nosso Marinho ainda pede a nacionalidade americana e concorre à Casa Branca.

«Entrevistado pelo DN, o vencedor surpresa das europeias admite outros voos políticos, designadamente nas presidenciais: "Na altura própria, se for caso disso, farei as avaliações e ponderações que essa possibilidade exigirá."» [DN]
 
 Pedido: não precisam de me mandar mais esta imagem

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Ainda que se pudesse também ligaria para a Marta.
 
 Eleições antecipadas sim, mas para o governo

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Para Seguro é mais importante o que está nos estatutos do PS do que o que determina a Constituição?
   
   
 Manhoso
   
«A estratégia de António José Seguro aposta claramente na fragilização de António Costa. Ao que o Expresso apurou, a direção do PS acredita que, nesta altura, o autarca de Lisboa "dificilmente" conseguirá reunir os apoios exigidos pelos Estatutos para a marcação de um Congresso extraordinário. "A única forma de haver diretas e um Congresso será só através do secretário-geral, por vontade expressa da Comissão Nacional, das federações e dos militantes o Costa não consegue", diz fonte da direção, lembrando: "Ele teve duas oportunidades e não avançou porque não quis". Depois do ataque de Costa, anunciando a vontade de concorrer a líder e fazendo saber que a contagem de espingardas estava a começar a ser-lhe favorável, Seguro e os seus apoiantes respondem agora. À letra. » [Expresso]
   
Parecer:

Seguro usa promessas de pote para tentar vencer Costa antes de o enfrentar.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Seguro que não seja cobarde.»
     

   
   
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quinta-feira, maio 29, 2014

A abstenção nas eleições europeias

Começa a ser irritante ouvir os nossos políticos a verterem lágrimas de crocodilo por causa dos números supostamente elevados da abstenção quando, na verdade, estes números são extremamente baixos face ao que poderia e seria lógico suceder. O cinismo é tanto que alguns políticos até se mostram pesarosos porque os portugueses não entendem a importância do parlamento europeu.
  
Depois de Seguro ter feito à pressa um programa para as legislativas e o tivesse apresentado de forma irresponsável e oportunista a meio da campanha das europeias o mais lógico é que muitos eleitores optassem pela abstenção. Se um líder partidário dá tanta importância ao parlamento europeu que aproveita a ocasião para propor a discussão da redução do IVA sobre as bicas não faz qualquer sentido votar nas europeias.
  
Mas ser recuarmos no tempo até à ocasião em foram escolhidas as listas de candidatos chegaremos à conclusão de que a preparação dos candidatos para defenderem os interesses nacionais ou europeus nem foi preocupação, aliás, alguns devem falar tão bem francês como o Jesus fala português e o seu conhecimento de cultura europeu faz lembrar os conhecimentos de pintura do treinador do Benfica.
  
Sejamos honestos, aquilo a que se assistiu foi a uma luta por tachos bem remunerados, os lugares no parlamento europeu servem para recompensar amigos e o resto é conversa. Não são a dúzia de deputados europeus que vai mudar o que quer que seja na Europa e a maioria deles está feliz porque a sua condição económica vai ter uma melhoria sensível. Nalguns casos, como sucede com Marinho Pinto até arranjaram um bom emprego pois estavam no desemprego.
  
Pedir a cidadãos que ganham um salário mínimo e que andam a ser gozados na concertação social com o eterno debate em torno de uma aumento miserável de 6 cêntimos por hora para escolherem quais os políticos que vão ganhar mais de dez mil euros por mês é gozar com a miséria. Se todos os portugueses se tivessem apercebido desta realidade miserável a abstenção não se ficava pelos 65%, ultrapassaria os 95%.
  
  

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Última ceia na Festa do Avante (2005)
 
   Fotos dos visitantes d'O Jumento


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Estaline (A. Moura)


 Jumento do dia
    
Miguel Laranjeiro, deputado Seguro

ao ver este deputado aproveitar a saída do parlamento para se atirar contra António Costa perguntei a mim próprio «mas quem é este gajo»? Deve ser da pequena burguesia partidária e certamente um companheiro de luta de Seguro. Nunca o vi, nunca vi nada escrito por ele, não lhe conheço grande currículo político e pelo currículo parlamentar fiquei a saber que o único emprego que teve fora da política foi numa empresa pública.

O Laranjeiro lá teve o seu momento mediático de apoio ao chefe, a esta hora já ninguém se elmbra dele nem do que ele disse. Veremos daqui a dois meses de que lado está.

«À saída do Parlamento, Miguel Laranjeiro lançou algumas farpas à iniciativa de António Costa para assumir a liderança do Partido Socialista (PS) e frisou que “Seguro tem legitimidade para continuar”.» [Notícias ao Minuto]
 
 Umas quantas perguntas a António José Seguro

Se a actual liderança é tão defensora das regras estatuárias em relação ao PS porque razão não revelam os mesmos bons princípios em, relação ao país e andaram meia legislatura a exigir a realização de eleições antecipadas, aceitando Seguro participar em negociações com o PSD que tinham como contrapartida a realização de eleições antecipadas à margem dos princípios constitucionais?

Se António José Seguro é tão defensor das regras como explica que tenha ido ao Tribunal Constitucional pedir que este declarasse os cortes dos vencimentos inconstitucionais e depois tenha apresentado um programa de governo ridículo em que mantém os cortes mesmo depois de declarados inconstitucionais e quando o próprio governo já programou a sua eliminação progressiva?

Se no passado António José Seguro defendeu a participação dos simpatizantes do PS na eleição do líder porque razão blindou os estatutos para proteger a sua liderança e agora esconde-se atrás doesses estatutos para manter a liderança sem ter de enfrentar os adversários?

Qual é a razão ideológica que leva Seguro a defender a manutenção dos cortes inconstitucionais dos vencimentos dos funcionários públicos para que dessa forma baixe o IVA nas vendas das empresas do sector campeão nacional da evasão fiscal?

António José Seguro acha normal o partido que durante a campanha eleitoral foi mais atacado pelo mesmo PCP que se aliou à direita para derrubar o seu governo decidir agora anunciar o voto favorável a uma moção de censura onde se combate aquilo que se designa como «o retrocesso económico e social a que conduziu a política de direita executada nos últimos 37 anos por sucessivos governos»? É normal aprovar moções de censura antes da ler?

O que mudou desde 2012 para que naquele ano antes de votar a moção de censura Seguro convocou um conselho nacional para discutir as moções apresentadas pelo PCP e pelo BE e agora decidiu votar favoravelmente a moção do PCP sem sequer a ter lido?

O que mudou na política do governo ou nas moções do PCP para que no passado o PS se tenha abstido na votação e agora se decida pela aprovação ainda antes da divulgação dos seus fundamentos?
 
 Seguro inseguro

A posição de Seguro de tentar a todo o custo impedir a realização de um congresso do PS nada tem que ver com princípios ou estatutos, se Seguro estivesse convencido de uma vitória ou se fosse o político corajoso que não é teria sido o primeiro a assumir o confronto com António Costa.

Mas Seguro sabe que já perdeu o país e muitos dos eleitores tradicionais do PS preferiram votar no Marinho Pinto a votar num Rangel do PS apoiado por um sucedâneo de Pedro Passos Coelho. Seguro sabe que perdeu o país e mais tarde ou mais cedo perderá o PS pondo fim à sua ambição de chegar ao poder, já que é óbvio que aquilo a que neste momento pode ambicionar é substituir Paulo portas no estatuto de vice-primeiro-ministro.

Seguro pode adiar uma vitória de António Costa mas não conseguirá adiar o seu fim político, tudo o que neste momento o país não precisa é de políticos cobardes que se escondem atrás de estatutos para tentarem sobreviver no poder a qualquer custo. Seguro é cada vez mai o género de político qu os portugueses detestam, de nada lhe tendo servido o tempo que anda por aí armado no político honesto que cumpre as suas promessas.

 Finger foof with fingers

 
 Passos Coelho e Seguro

Seguro não é mais do que um Passos Coelho Light.

 A vaga de apoio a Seguro

Até parece que a equipa de Seguro não dormiu a noite passada para telefonar aos amigos para virem para a comunicação social apoiar o glorioso vencedor das europeias. Curiosamente, a direita que é quem mais deseja a manutenção de Seguro ficou em silêncio, não alguém perceber os desejos dos seus líderes.
 
 Fixem o nome deles

Daqui a uns tempos estarão na fila da frente para lamberem as botas a António Costa.

 Campanha suja

A luta pelo poder no PS vai ser a luta política mais suja na democracia portuguesas, quem viu o programa "Opinião Pública" na SIC Notícias deixou de ter dúvidas. Seguro pode vencer, mas o PS vai desaparecer e o aparelho oportunista não ter as mordomias que pensa obter nas próximas legislativas.
 
      
 E se o PS insistir, olhem, paciência ...
   
«O espanhol PP, no poder, teve um péssimo resultado. Mas não se demitiu. O mesmo aconteceu com o PS francês. Nem o espanhol Rajoy nem o francês Hollande foram aconselhados a sair. É, há países em que o trabalho das legislativas não se confunde com o conhaque das europeias (ou vice-versa). Porém, qualquer eleição deve ser considerada como um teste. Afinal, é sempre uma extraordinária sondagem que ausculta milhões de pessoas. É por isso que, ao ter maus resultados, o líder espanhol da oposição, o socialista Rubalcaba, se demitiu. O falhanço nas europeias augurava um fracasso certo nas próximas legislativas e Rubalcaba tinha a obrigação, com o seu partido, de lhe dar oportunidade de encontrar líder melhor. Sintomaticamente, aconteceu o mesmo em França: também se demitiu o líder da oposição, Jean-François Copé, porque o UMP teve uma má votação, apesar de ter estado melhor que os socialistas do Governo. Perdedores, Rajoy e Hollande ficam porque têm um contrato com o seu país. Perdedores, Rubalcaba e Copé demitem-se porque, não tendo esse contrato, cada um deles tem um dever com o seu partido. Passos, continuando, não engana os portugueses (é só tolo se não ouvir o aviso que eles lhe deram). Já Seguro, não indo embora, engana os socialistas. A única alternativa decente é arrastar o PS nessa irresponsabilidade. Ir a um congresso e dizer: "Agora que me conhecem como fraco líder, insistem mesmo em mim?" E se o PS insistir, olhem, paciência.» [DN]
   
Autor:
 
Ferreira Fernandes.
   
   
 A PSP no seu melhor
   
«O automóvel em que se deslocavam os agentes da Polícia Judiciária na operação que culminou com a detenção do antigo dirigente do Ministério da Administração Interna João Correia, a 29 de Abril passado, foi rebocado pela PSP em pleno serviço. Quando chegaram ao carro na companhia do detido, após várias horas de buscas, os inspectores encontraram-lhe o lugar.

Noticiado pelo Correio da Manhã, o caso insólito foi confirmado pelo porta-voz da PSP, Paulo Flor – que nega, porém, que o veículo estivesse devidamente identificado. “Se estivesse, a PSP não o teria tirado do local”, o Largo das Portas do Sol, em Lisboa, assegura Paulo Flor, desvalorizando o episódio e explicando que a questão já foi resolvida a nível institucional entre as duas polícias. “Lamentamos o sucedido”, acrescenta Paulo Flor.» [Público]
   
Parecer:

Um dia destes ainda rebocam um carro de recolha de lixo!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 Terá sido um contributo intelectual de Luís Arnaut?
   
«O "talento excecional" de Cristiano Ronaldo será insuficiente para levar Portugal para além dos oitavos de final no Mundial2014 de futebol, no Brasil, estima o banco de investimento Goldman Sachs num estudo divulgado hoje.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Este Golddman Sachs anda, anda e ainda passa a emitir boletins meteorológicos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Arnaut se foi contratado pelo banco para dar pareceres sobre futebol.»
   
 O fantoche já está à venda
   
«Casa de apostas online vende boneco do primeiro-ministro. Dez dias para licitar Passos e levá-lo para sua casa. Dinheiro reverte a favor de associação de solidariedade designada pelo "dono" do fantoche.

Uma casa de apostas online abriu um leilão em que está a licitar um "fantoche de dois metros e meio" do primeiro-ministro. Segundo um comunicado divulgado esta quarta-feira, a Unibet quer "vender Pedro Passos Coelho", depois de ter realizado idênticas iniciativas no Europeu de futebol, na Áustria, e nas comemorações do 5 de Outubro.» [DN]
   
Parecer:

A seguir vende-se a personagem original.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proponha-se o leilão de Passos Coelho.»
   
   
 A caca dos cavalos sai-nos cara
   
«A GNR gastou quase meio milhão de euros com a limpeza das cavalariças da Unidade de Segurança e Honras do Estado (USHE) em 2013, indica o relatório de atividades da corporação do ano passado.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Ainda assim a caca dos cavalos da GNR fica-nos muito mais barata do que a caca feita pelo governo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte ao ministro quanto custou o seu passeio de charrete na cerimónia da GNR.»
     

   
   
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