segunda-feira, maio 12, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Flor silvestre do Estádio Universitário, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Cavaco Silva

Cavaco Silva diz que as boas atitudes levam tempo a instalar-se. Disse isso a propósito da sua evangelização do consenso, concluindo mais uma vez que sobre a necessidade de uma cultura de consenso.

Se considerarmos a evolução de Cavaco Silva temos de concordar que o senhor tem razão, se considerarmos o seu comportamento no passado, como primeiro-ministro, teremos de concluir que só no seu caso pessoa essa evolução demorou cerca de 19 anos e já como presidente foi necessário perceber que o governo que ajudou a eleger enfrentasse dificuldades nas sondagens, sendo evidente a sua derrota.

É caso para dizer "mas que grande cultura de compromisso!". Veremos se na próxima legislatura Cavaco continuará a pregar a sua cultura de compromisso ou se isso não passa de fruta da época em tempo de eleições.

«O Presidente da República voltou hoje a insistir na importância da cultura do compromisso, sustentando que "há certas boas atitudes" que levam tempo até se instalarem no funcionamento normal da democracia. 
  
"A cultura do compromisso que predomina na maioria dos países da União Europeia, tem tido dificuldade em instalar-se na nossa democracia. Mas, eu considero que é preciso insistir e todos aqueles que estejam conscientes de que a cultura do compromisso é essencial para o nosso futuro coletivo não devem deixar de insistir", disse o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, numa breve intervenção no encerramento da conferência "Portugal: Rotas de Abril", que decorreu desde sexta-feira na Fundação Champalimaud, em Lisboa.» [CM]

 
 Dúvida

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A lista da Aliança às eleições europeias é formada pelos membros do governo ou pelo Rangel e os seus dálmatas? Na campanha o papel activo é do governo e o Rangel só aparece para parecer um caniche a rosnar ao PS.
 
 O Governo abandonou o sadomasoquismo

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 O irregular funcionamento da Presidência
   
«O que mais me vem à memória, no dia de hoje, são as afirmações peremptórias de agentes políticos, comentadores e analistas, nacionais e estrangeiros, ainda há menos de seis meses, de que Portugal não conseguiria evitar um segundo resgate. O que dizem agora?"

Não, quem escreveu isto não foi um militante mais excitado de uma juventude partidária. Talvez a um jotinha qualquer a reflexão sobre o significado da chamada "saída limpa" e os riscos a que Portugal está sujeito seja algo desprezível. Talvez, para essa rapaziada, seja mais importante celebrar uma pirrónica vitória sobre os adversários políticos, reais e imaginários, do que refletir sobre uma Europa que deixou de olhar para si mesma como uma comunidade, e deixa um dos seus mais frágeis parceiros à mercê de uma qualquer crise política interna ou internacional ou de um especulador de ocasião (nem o mais crédulo dos apoiantes do Governo acredita que a "saída limpa" foi uma opção governamental). Talvez, para essa gente, perdida na intriga partidária, seja mais apropriado esfregar na cara de alguém uma patranha qualquer do que constatar que nada no nosso sistema produtivo mudou ou que a crucial reforma de Estado continua por fazer.

É uma afirmação que também parece extraída de um qualquer discurso em que o Governo celebrou a despedida de uns senhores que o primeiro-ministro declarou serem os guardiões da verdade; uns que tinham uma política tão boa, tão boa, que era preciso ir além dela. Mas não, não foi nenhum membro do Executivo a proferi-la. Nem esta inacreditável - apesar de eleitoralmente compreensível - euforia governamental, que comemora o não se ter atingido um único objetivo do memorando, que levou a uma emigração sem memória desde os anos 1960, a um desemprego estrutural e jovem destruidor da comunidade, a um crescimento de impostos imoral, a um patamar de investimento que bloqueará o nosso desenvolvimento por décadas, a cortes em salários e pensões, conseguiu atingir o alheamento do cavalheiro que abriu o Facebook para desabafar.

Pode ser que a um indivíduo que não consegue ver a política para além de uma guerra de trincheiras, lhe venha mais depressa à memória afirmações peremptórias e comentários de agentes políticos do que soluções para sairmos da espiral de empobrecimento em que nos encontramos. É natural que esteja mais preocupado com analistas do que com a situação real das pessoas. Até pode acontecer que um personagem desse calibre passe mais tempo a atirar umas setas a fotografias de pessoas de que não gosta do que a criar um clima em que os vários atores políticos se possam entender.

Havia uma última hipótese. Seria um cavalheiro tão certo de que se ia chegar a este ponto, ou seja, que não teríamos segundo resgate, nem um plano cautelar, e que repetiu tantas vezes essa sua certeza que, num assomo de raiva impensada, teria tido um desabafo celebratório da sua infalibilidade. Não é, outra vez, o caso. É alguém que defendeu com unhas e dentes outro tipo de saída, que pôs variadíssimas vezes em questão as políticas suicidas prosseguidas, que chegou mesmo a afirmar que estávamos numa espiral recessiva ou num círculo vicioso que se tinha de interromper. Apetecia-me muito, por ser essa a minha opinião, dizer que o cavalheiro tinha toda a razão na questão do círculo vicioso, mas não se pode dar razão a quem diz tudo e o seu contrário, que tem mesmo o descaramento de mandar as pessoas lerem o que escreve como se lá estivesse outra coisa qualquer.

Aquele comentário revanchista, ressabiado, digno de um jotinha, normal em alguém que olhe para a política como um campo de vitórias e derrotas pessoais, foi feito, como é do conhecimento geral, por Cavaco Silva na sua página de Facebook. Afirmações ao nível do discurso de vitória na noite da sua reeleição, e que fez, logo ali, ferver de arrependimento tantos que votaram nele.

São, mais uma vez, declarações indignas de um Presidente da República. Declarações que servem para ajudar a cavar fossos entre os portugueses numa altura em que os entendimentos são tão importantes. Frases que bloqueiam posições, que fazem que o Presidente deixe de ser um mediador, um balanceador, uma válvula de escape do sistema, para ser um representante acirrado de uma fação, um dos que não hesitam em apoucar os adversários. Como é possível o Presidente da República achar que o podemos levar a sério, quando terça-feira comporta-se como um agente da dissensão, da crispação, da revanche, do ressabiamento, e sexta-feira apregoa a "cultura de compromisso"?

Mal estamos quando até a instituição que deve zelar pelo regular funcionamento das instituições democráticas teima em não funcionar regularmente. Mas a que deuses fizemos tão mal?» [DN]
   
Autor:
 
Pedro marques Lopes.
   
   
 Infarmed faz negócio com concurso de novas farmácias
   
«Já começaram os sorteios para 14 novas farmácias, cada uma com uma média de 240 candidatos. Zonas carentes são as privilegiadas. Infarmed encaixou 850 mil euros com o concurso e espera abrir mais um este ano.

São mais de três mil (3400) os candidatos aos sorteio de 14 farmácias. O jogo de sorte e azar começou há três dias, havendo uma média de 240 candidatos por cada farmácia, segundo dados facultados ao DN pelo Infarmed. Para uns, é um sinal de que este setor ainda é apetecível; para outros, sinónimo de uma incessante procura de trabalho por farmacêuticos mas não só, já que a lei permite que qualquer pessoa se candidate.

Os sorteios que começaram no dia 8 - os primeiros desde que estão previstos como forma de desempate na lei - permitiram ao Infarmed encaixar "850 mil euros só nas candidaturas às farmácias", disse ao DN o presidente Eurico Castro Alves, já que cada candidatura implicava um pagamento de 250 euros. Os primeiros 13 sorteios estarão concluídos até dia 27, faltando apenas agendar o 14.º» [DN]
   
Parecer:

E os doentes é que vão pagar.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Infarmed qul o destino dado aos lucros.»
  
 PCP com saudades da direita no Porto
   
«A CDU considera que o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, tem sido "uma desilusão e uma deceção" e o PSD diz que a autarquia "está parada", críticas que vão fazer na Assembleia Municipal agendada para segunda-feira.

O social-democrata Luís Artur disse à agência Lusa que o executivo "nem sequer tem projetos" e acrescentou que Rui Rio (anterior presidente) deixou a Câmara Municipal com uma "situação financeira equilibrada".» [DN]
   
Parecer:

É bom recordar que a direita governou o Porto com o apoio do PCP.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Quem quer umas cuecas autografadas pelo Ronaldo?
   
«"Olá a todos! Têm, agora, a oportunidade de ganhar uma cuecas da marca CR7 Underwear autografadas. Existem apenas cinco exemplares. Juntem-se à competição, respondendo a uma simples pergunta", lê-se na página oficial do Facebook do futebolista do Real Madrid.» [DN]
   
   
 Kiev vota com tiros
   
«Um intenso combate na periferia da cidade de Slaviansk, este da Ucrânia, entre forças ucranianas e milícias pró-russas, está a decorrer ao mesmo tempo que as urnas para o referendo de independência, no leste do País, estão abertas, revelou a agência russa RIA Novosti.» [Expresso]
   
Parecer:

Isto vai acabar mal para os "eurodemocratas" de Kiev.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
   
 Sacrificados para salvar bancos alemães
   
«O ex-conselheiro de Durão Barroso Philippe Legrain dá hoje uma entrevista ao Público em que garante que a recessão e a crise que hoje se vive na Europa poderiam ser minimizadas se não se colocassem os interesses dos bancos alemães à frente dos interesses dos cidadãos europeus.

Tudo começou quando “surgiram os problemas da dívida pública na Grécia”. A violação da regra do ‘no bailout’ (que proíbe a assunção da dívida dos países do euro pelos parceiros) terá estado na génese da crise que a Europa vive, de acordo com Philippe Legrain.

O ex-conselheiro de Durão Barroso, que acompanhou por dentro a gestão da crise, sugere que deveria ter sido o FMI a intervir imediatamente na reestruturação da dívida grega, algo que não aconteceu por “orgulho” dos países da zona euro, “sobretudo por causa do poder político dos bancos franceses e alemães”.

A este, garante o economista, junta-se um outro problema: “o setor bancário dominou os Governos dos países e as instituições da zona euro. Por isso, quando a crise financeira rebentou, foram todos correr salvar os bancos, com consequências muito severas para as finanças públicas, e sem resolver os problemas do setor bancário”.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Digamos que os governos que alinharam estiveram ao serviço dos alemães.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vote-se contra o governo.»
     

 
 Kim effect

Só para fazer ciúmes ao Jerónimo de Sousa!

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