quinta-feira, maio 08, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Flor do Jardim Botânico de Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Passos Coelho

Ainda a campanha não começou e já Passos Coelho recorre ao jogo sujo, tenta esconder o segundo memorando que assinou com o FMI em total segredo e, ao mesmo tempo, emporcalhar os que legitimamente exigem a sua divulgação.

Seria muito interessante saber se Cavaco também deu cobertura ao segundo memorando e se concordou que o memorando fosse enviado para o FMi a dois dias de eleições para que os portugueses deconhecessem o seu conteúdo até às eleições.

«O primeiro-ministro garantiu hoje em Braga que a carta de intenções que o Governo vai enviar à 'troika' "não tem" novos compromissos e disse esperar que o PS encontre uma "forma limpa" de fazer campanha sem "aterrorizar" os portugueses.

"Creio que é possível a todos os partidos disputarem as eleições sem usarem os portugueses e a incerteza sobre o futuro para ganhar votos. Espero que o PS encontre uma forma limpa de fazer a campanha eleitoral", disse, quando confrontado com a insatisfação do PS sobre o facto de o Governo não ter ainda revelado o conteúdo da carta que vai enviar ao FMI, a propósito da ultima avaliação incluída no programa de assistência externa.

Em Braga, para a inauguração do StartUp Braga, Pedro Passos Coelho disse que a carta "não está concluída" e apontou novamente o dedo aos socialistas dizendo que o PS "sabe muito bem" que a revelação do conteúdo daquela missiva depende do FMI porque essas são "as regras do jogo".» [DN]
 
 Conspiração contra a soberania nacional

A carta de intenções de que se fala não passa de um segundo memorando em que o país é envolvido sem o governo ter negociado o que quer que seja. Partindo do princípio de que Cavaco Silva só não sabia destas coisas no tempo do "amaldeçoado" Sócrates, há sérias razões para recear que a troika de presidentes do PSD formada por Coelho, Barroso e Cavaco, está armadilhando a história próxima do país.

A direita quer governar contra a vontade do povo recorrendo ao FMI para se assegurar que a sua política tem continuidade mesmo depois de os portugueses se terem livrado desta filoxera que se instalou em Belém e São Bento.

 Há imagens que valem por mil palavras

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Na página da PR
 
 Kit Saída Limpa

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 Um "Palito" atravessado na garganta de Miguel Macedo

Manuel Baltazar, o homicida de São João da pesqueira conhecido pelo "Palito" anda a gozar com Miguel Macedo e com a Paula Teixeira Pinto há 21 dias, nem a polícias do primeiro nem a da segunda conseguem apanhar o homem.
 
 Passos pede campanha limpa ao PS

Está com receio que o PS use os métodos do PSD ou que peça a Cavaco Silva que lhe empreste o Fernando Lima.

Enfim, Passos Coelho começa a campanha suja e tenta esconder o segundo memorando:

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 Limpa, suja ou encardida?
   
«Uma pessoa de recta consciência não pode deixar de se indignar, com nojo e abominação, ante o cerimonial em que o inexcedível Passos Coelho anunciou a "saída limpa" da nossa subalternidade. A comunicação social e os comentadores estipendiados usaram, como na Idade Média, tubas e atabales de regozijo perante tão fausto acontecimento. E o primeiro-ministro, useiro e vezeiro em manter com a verdade uma relação conflituosa, disse a um país perplexo a seguinte bojarda: "A liberdade de decisão foi reconquistada."

A simulação da realidade brada aos céus. Portugal continuará, por mais algumas décadas, sob vigilância apertada, e a gulodice daqueles indicados nossos "credores" não se apaziguará. Os portugueses não sabem a quem devem dinheiro; mas, parafraseando a frase imortal daquele banqueiro impante, agressivo e tolo, lá que devem, devem.

Continuamos, pois, imersos na miséria, na fome e no desespero sem esperança. Um pequeno grupo de burocratas ignorantes prosseguirá na tarefa infame de dar ordens a quem quer que esteja no Governo. Nada sabe da nossa história, da nossa cultura, das idiossincrasias que, apesar de tudo, nos diferenciam. Um deles fez uma declaração comovente: iria voltar a Portugal, como turista, por causa dos pastéis de nata de Belém! A rede foi estendida com sagaz competência, e as estruturas do capitalismo tornaram-se cada vez mais vorazes, porque não confrontadas com um antagonismo competente e sólido. O "socialismo democrático" é uma desgraça por toda a Europa; há governos que o são sem estar avalizados pelo voto, como acontece em Itália. A indigência moral, política e ideológica da "esquerda moderada" abriu caminho à avalancha da extrema-direita, cuja soberba começa a ser assustadora.

Os partidários desta política, caso de Passos Coelho e dos que tais, presos na insanidade de um suicídio colectivo, já não constituem uma decepção permanente porque tornaram "natural" a aberração histórica sob a qual vivemos. Manifesta--se uma ofensiva ampliada contra o ideal democrático, e a sub-reptícia proposta de despersonalização ética, substituída pela ordem que inculca a ideia da desnecessidade de governos eleitos. O "Estado mínimo" e a entrega da representatividade política e social aos privados, tão do agrado da catequese neoliberal, não encontra resposta nos partidos "socialistas", os mais próximos de uma confrontação urgente e fundamental.

Hollande é um desgraçado sem tino, que colocou nas funções de primeiro-ministro um direitinha contumaz. Nós, por cá, tudo mal ou embezerrado. Os reforços de Jorge Coelho e José Sócrates, assomados para socorrer António José Seguro da flexibilidade demonstrada, não chegam para "dar a volta" a um partido que perdeu há muito as distintivas de "esquerda."» [DN]
   
Autor:
 
Baptista-Bastos.
      
 Descobrimento dos Pequeninos
   
«Seis homens e outras tantas gravatas, entre empresário, primeiro-ministro, secretário de Estado da Cultura, guarda-costas e desconhecidos, encafuados numa caravela do tamanho de um táxi não dão boa imagem. Havia também quedas de água que pareciam poupar na água e um elefante e um rinoceronte também minorcas a ponto de poderem ter saltado para o táxi mas que, não o tendo feito, não justificam o guarda-costas e retiraram emoção à visita de Passos Coelho, ontem, ao novo Museu dos Descobrimentos no Porto. Se uma foto vale por mil palavras, as três ou quatro fotografias que farão a alegria dos jornais e blogues vão garantir, hoje, que ali não houve grandeza. E, no entanto, o primeiro-ministro fez bem em se mostrar naquela visita. Aquele museu é tão incipiente como chegar à costa da Mina quando a intenção era ir buscar pimenta à Índia - mas o bolinar das caravelas (e dos museus) faz-se caminhando. E a verdade é que se o Porto tem aquele Museu dos Descobrimentos, Lisboa não teve nenhum para mostrar aos 18 mil turistas dos seis navios de cruzeiro que ontem fundearam no Tejo. Assim é de aplaudir o museu do Porto e eu só não aplaudo mais por ele vir na esteira do Portugal dos Pequeninos que hoje nos tolhe como nunca. Receio que ontem se tenha celebrado ali a impossibilidade de Portugal (Portugal!) não poder ter o rasgo e grandeza de um Museu do Vasa em Estocolmo. Parece que também nisso de Descobrimentos temos de ser modestos.» [DN]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.
     

   
   
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