Os portugueses foram a banhos para onde puderam, mas não foram todos, um grupo de portugueses heróicos vestiram fato e gravata e foram para Guimarães discutir a última banalidade do professor Marcelo. É, de facto, um exemplo de capacidade de sacrifício ir tão longe ouvir os discursos de uma Manuela Ferreira Leite que não só discursa para assegurar aos atentos ouvintes que nada diz, como, ainda por cima, sugere que não vale a pena lerem nas entrelinhas, ou seja, nem as linhas, nem as entrelinhas se aproveitam. Limita-se a desancar em Sócrates, o mesmo Sócrates que elogiou até que o preço do petróleo animou as suas hostes.
Quem também poderia ter ido para banhos porque nada teriam perdido, são os funcionários do ministério da Agriculturas que foram colocados na mobilidade. Ao fim de um ano seria suposto terem recebido formação que os habilitasse a serem colocados noutros serviços, mas ninguém se lembrou deles. Aprenderam tanto durante este ano como os engravatados militantes do PSD terão aprendido nas linhas ou entrelinhas dos discursos de Manuela Ferreira Leite.
Numa semana enfadonha em que nada se aprendeu coube a Santana Lopes a tarefa de nos fazer sorrir lembrou-se de dizer que no próximo “Dia da Raça” gostaria que o português mais raçudo de todos lhe desse uma daquelas medalhinas que nem para o prego servem. Por falar em medalhinas, quem deveria levar uma é o presidente da ERSI, a entidade estatal que parece ter como função cuidar dos interesses da EDP, que teve a brilhante ideia de serem os consumidores a pagarem as facturas ds que se esqueceram de pagar as dívidas à EDP.