FOTO JUMENTO
Janela de Óbidos
IMAGEM DO DIA
[D. Staples]
«Des spectatrices déchaînées au courses à Epsom, Grande-Bretagne, le 6 juin 2008. » [20 Minutes]
JUMENTO DO DIA
Confirmada a jogada de Santana Lopes no Casino Lisboa
Agora que se fala na hipótese de Santana Lopes se candidatar à CM de Lisboa, provavelmente para comprar um Bugatti Veyron com o dinheiro da autarquia, soube-se que a Procuradoria-Geral da República considerou que o seu governo (e do PSD) lesou gravemente o Estado no Casino Lisboa.
O que será necessário para mandar um político incompetente para a reforma?
NO AVANTE
Já entrevista patrões:
Se há sector onde os trabalhadores foram e são mais explorados é o da pesca, mas isso pouco importa ao PCP se derem uma ajuda, os patrões ajudam a direita e os pescadores o PCP, uma estranha aliança no sector das pescas. É curioso que o PCP não refira que o que sucedeu foi um lockout já que os trabalhadores, tanto quanto se sabe não fizeram qualquer pré-aviso de greve, limitaram-se a servir de tropa de choque dos patrões.
O Avante só teve um pequeno azar, no dia em que era publicado e prometiam a continuação do lockout os patrões decidiram ir para o mar:
«Desde 30 de Maio que os pescadores e armadores impedem a entrada nas lotas e a saída do mar de qualquer pescado para comercialização e garantem que assim continuará até que o Governo PS tome medidas efectivas que ajudem a enfrentar o vertiginoso aumento do combustível. Em Sesimbra e em Peniche, garantiram ao Avante! que estão em luta pela sobrevivência.» [Avante]
Já agora, valeria a pena dizer aos especialistas do PCP em pesca que o facto de termos a maior zona económica exclusiva pouco tem a ver com a pesca, esta realiza-se na placa continental que nalguns casos é bem estreita.
A irritação com Manuel Alegre:
Este ataque a Manuel Alegre vale pelo descuido do articulista que acha que o mundo não se muda com votos, o que no PCP não é nada de novo, a democracia só é util enquanto não for possível dispensá-la:
«É claro que seria manifestamente injusto não reconhecer que eventos destes têm a capacidade de atrair também os desiludidos da política, seja porque nunca meteram a mão na massa da luta de classes, seja porque ainda acreditam que para transformar o mundo basta ir periodicamente a votos.» [Avante]
Enfim, a caneta fugiu-lhes para a verdade.
Sócrates é o jardineiro da chancelaria:
Adorei esta tirada de baixo nível. no melhor estilo do Luta Popular, num artigo onde se citar a Birmânia se tenta justificar a decisão dos amigos ditadores (aqueles que a seguir ao desastres foram rápido a a tomar medidas e mandaram limpar os seus bairros residenciais) de impedir a entrada de ajuda humanitária, algo que a China não fez:
«É profundamente lamentável que Sócrates tenha virado as costas ao povo do seu País transformando-se num moço de recados da presidência alemã da UE, ao ponto de Ângela Merkel tratar o primeiro-ministro de Portugal por «oh José», como se este fosse o jardineiro da chancelaria. » [Avante]
PEPE
Pepe não era obrigado a ser português para aceder aos grandes palcos do futebol mas optou por o ser, não era obrigado a falar de Portugal como pátria mas optou por o fazer, não era obrigado a cantar o hino mas optou por o fazer, como defesa não era obrigado a marcar mas tudo fez para o conseguir.
Oxalá fosse muito os portugueses que nas suas actividades "comessem a relva" como o faz Pepe.
HERÓIS DO MAR
«Com grande entusiasmo, a imprensa noticiou que a ‘Operação Furacão’ chegou à Madeira. “Às primeiras horas da manhã” e numa “operação desencadeada em completo sigilo”, como habitualmente, os investigadores invadiram os escritórios das empresas dos senhores Berardo, Horácio Roque e Jaime Ramos, mais uns quantos, para apreenderem computadores, documentos e o mais necessário para esclarecer devidamente este mistério: aquelas fortunas serão isentas de mácula?
À ‘Operação Furacão’, que, se a memória não me falha, já dura há quase uns dois anos, falta apenas ir aos Açores e às Berlengas, para completar a ronda nacional das suspeitas sobre fortunas súbitas e grandiosas a que não corresponde o respectivo encaixe financeiro para o Estado. Sem dúvida que a operação já teve alguns méritos, como o de recuperar algumas dívidas fiscais, cujos titulares preferiram liquidar em lugar de discutir e arriscar procedimento criminal. Mas isso é o mais que se deve esperar: se a ‘Operação Furacão’ fosse até às últimas consequências, caía o regime, morria o sector empresarial mais ‘pujante’ do país e seria preciso criar um estabelecimento prisional só para empresários e comendadores. O destino desta grande canseira investigatória deve estar assim traçado à partida: ou o arquivamento ou a prescrição. Será, sobretudo, mais uma excelente oportunidade para os grandes escritórios da advocacia de negócios.
Na Madeira, parece que os investigadores estão particularmente desconfiados da «off-shore» que o Governo português criou há anos no Funchal. Depois das ainda só parcialmente reveladas aventuras do Millennium bcp nas «off-shores», o Ministério Público passou a suspeitar das virtudes da coisa. É como se tivessem passado a suspeitar que o Elefante Branco não é uma casa de chá onde os cavalheiros se reúnem ao final do dia para discutir assuntos de trabalho ou para tomar a bica a seguir ao jantar e encontrar velhos amigos.
De facto, para que serve uma «off-shore»? Para esconder dinheiro - nada mais. E porque se quer esconder dinheiro? Por más ou menos boas razões. As más são para ajudar governantes corruptos a roubar os respectivos países ou branquear lucros de actividades criminosas, tais como droga, contrabando de armas, de meninas do Leste ou compras e vendas de jogadores de futebol por valores diferentes dos declarados. A razão menos boa é, singelamente, para fugir ao Fisco. Parece que os muito ricos sofrem de uma síndroma incurável, que é uma natural repulsa em compartilhar parte da sua fortuna com o Estado, por via fiscal. E o Estado, compreensivo, aceita a sua repulsa de acordo com o princípio patriótico de que mais vale um rico que foge ao Fisco do que um rico que foge ao país. O «off-shore» da Madeira foi criado em obediência a esta fatalidade: “Se o não fizermos, eles põem o dinheiro no Luxemburgo ou nas ilhas Caimão”. Eis porque é uma hipocrisia o Ministério Público andar agora desconfiado do «off- -shore» da Madeira. Desconfiado de quê - de que ele serve para o que serve?
E o mesmo em relação à Fundação do comendador Berardo, também, ao que parece, alvo de suspeitas. Para que serve uma Fundação? Serve para aplicar um património doado pelo fundador em benefício público, com intenções altruístas que justificam que o Estado lhe reconheça um estatuto de utilidade pública. Ora, todos nós crescemos com a imagem mítica da Fundação Gulbenkian - uma ilha de excelência e de seriedade que orgulha o país e o nome do seu fundador. Mas quantas mais há assim? A grande maioria da profusão de Fundações surgidas nos últimos tempos visam, como todos sabem, apenas um fim: fugir ao Fisco. Porque, se o leitor se chamar José da Silva e se comprar uma casa, um carro ou um par de calças, o Estado vai-lhe cobrar implacavelmente todos os impostos que perseguem qualquer um dos seus actos. Mas, se tiver a esperteza de mudar o seu nome para Fundação José da Silva, pode morar num palacete, estacionar um Porsche e um Ferrari à porta e vestir-se na Armani que estará isento de todos os impostos aplicáveis às suas compras.
Não quero, note-se, nem sequer sugerir que seja o caso da Fundação Berardo. Decerto que ela algum altruísmo há-de praticar - bolsas de estudo para estudantes madeirenses no continente, um chafariz aqui ou ali, etc. Mas, seguramente por ignorância minha, não tropeço em nenhuma grande obra visível da Fundação que esteja adequada ao imenso património que lhe julgo afecto. A todo o tempo, constato que nunca é o sr. Berardo, pessoalmente, que compra propriedades, vinhas, quadros ou acções na Bolsa, mas sim a Fundação com o seu nome - tudo isento de impostos. Mas não conheço um hospital ou um asilo de velhos, uma faculdade ou um laboratório de investigação, um jardim público ou uma ala de museu pagos pela Fundação Berardo.
Perdão, conheço, claro, a Colecção Berardo, gentilmente emprestada por dez anos ao CCB. Mas aqui, salvo melhor opinião, foi o Estado que fez um favor ao comendador e não o contrário. Porque o actual primeiro-ministro, com medo que o acusassem de desprezar a ‘cultura’, aplicou ao caso o mesmo raciocínio que um seu antecessor aplicou à criação do «off-shore» da Madeira: “Se não lhe emprestamos o CCB para guardar os quadros, ainda se vai embora com eles para outro lado”. (E o resultado é que, como a arrecadação dos quadros do sr. Berardo ocupa toda a área de exposições do CCB - que os contribuintes pagaram, entre outras coisas, para ver outras exposições de vez em quando - agora vai ser preciso fazer outro módulo para exposições eventuais. E, como não há dinheiro para tal, pretende-se fazer ainda outro módulo onde se instalará um hotel que, espera-se, possa pagar o custo do anterior - ou seja, possa pagar o custo de ter a Colecção Berardo no CCB. Não é uma gestão brilhante?)
O ‘Furacão’ pode, pois, deixar também em paz a Fundação. Aliás, nestes tempos de crise à solta, o melhor que o ‘Furacão’ pode fazer é transformar-se em leve brisa, que recupere uns milhõezitos de alguns arrependidos e não incomode a nata do nosso empresariado - ou eles vão todos para Angola, onde as coisas são mais simples e as aparências não iludem.
O país está cheio de heróis institucionais, que só por loucura alguém se atreveria a arredar do seu pedestal. Poucos países do mundo terão tantos generais e almirantes cobertos de medalhas de feitos heróicos e tantos comendadores de mérito da sociedade civil. Por estes dias até, o país lá está outra vez repleto de bandeirinhas nacionais e devastado de patriotismo por 23 ‘heróis do mar’ que, a troco de muito bom dinheiro, dão chutos na bola e representam o melhor da nação, segundo nos garantem. Como pode alguém não se comover com a onda de patriotismo incontrolável que transporta ao colo aqueles nobres rapazes da Selecção, a quem o Presidente convidou a contemplarem por uma última vez o Tejo, antes de se lançarem na empreitada heróica da descoberta do caminho marítimo para a Suíça? Eles que voltem com a taça e tudo ficará esquecido.» [Expresso assinantes]
Parecer:
Por Miguel Sousa Tavares.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
O FIM DE UMA ÉPOCA
«Toda a gente julga que vive o fim de uma época ou, pelo menos, de uma "época de transição". É muito difícil pensar que o nosso tempo não passa de um pequeno ponto da história, sem particular importância ou significado. Mas, de há vinte anos para cá, vivemos de facto o fim de uma época: a época do Estado-Providência. O Estado-Providência, o "Estado do berço à cova", apesar de ter raízes no século XIX, nasceu muito recentemente. Na "Europa", depois da II Grande Guerra. Em Portugal, depois do "25 de Abril". Em 1945, o Exército Vermelho estava em Berlim e o comunismo do Ocidente na sua máxima força. E mesmo onde não havia comunismo, havia um sentimento igualitário, irresistível e geral, que vinha do sofrimento e do sacrifício. Nenhum governo se atreveria a refazer a sociedade "velha".
De resto, a América e a Europa (reconstruída com a ajuda americana) dominavam o mundo. A energia era barata e o "crescimento" contínuo. Foi nessa altura que o Estado-Providência começou a crescer. Não faltava dinheiro nem aos "privados", nem ao Estado e, para diluir o comunismo (principalmente em França e em Itália), nada melhor do que fornecer ao cidadão comum, além de um emprego seguro e regulado, ensino gratuito, saúde gratuita e uma reforma completa numa idade, digamos, "razoável". A esquerda e a direita (o socialismo e a democracia-cristã) não diferiam nisto. Pelo contrário, concorriam entre si para trocar sempre mais "direitos" pelo voto de que precisavam. Apesar da descolonização (excepto no caso de Portugal), as coisas correram bem até ao primeiro "choque petrolífero", em 1973. Dali em diante, o limite do exercício ficou à vista.
Não vale a pena falar aqui das distorções que o Estado-Providência provoca: desde um enorme aparelho administrativo, que não funciona ou funciona mal, à irresponsabilidade do indivíduo. O problema é que o dinheiro deixou de chegar para a espécie de vida que ele instaurara e se tomava agora por garantida. Na "Europa" inteira (menos na América) governo atrás de governo tentou reduzir ou "racionalizar" o "monstro", para ser logo vilificado e expulso. Os serviços pioraram, a carga fiscal aumentou. Mas ninguém conseguia conceber que a "idade de ouro" acabara de vez. Para os portugueses, que verdadeiramente não a conheceram, a renúncia é ainda pior. E a resistência, contra a lógica e a realidade, será também por isso muito pior.» [Público assinantes]
Parecer:
Por Vasco Pulido Valente.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
ALEGRE, O BLOCO, A POESIA E A FATAL IGUALDADE NA POBREZA
«Não há nada como passar uns dias num país nórdico, como a Suécia, para perceber que o problema português é exactamente o oposto daquele que, em nome de uma autoproclamada "esquerda", se defendeu esta semana no comício do Teatro da Trindade, em Lisboa.
No evento, onde Manuel Alegre se juntou a dirigentes do Bloco de Esquerda, este disse que ser de esquerda "é uma imprudência", mas que era imprudente "desde a juventude" e que isso, enfim, era "uma festa". Por isso Portugal precisaria de "mais esquerda" para fazer "renascer a esperança", "a alegria" e as "canções cantadas em comum". Tudo porque "as pessoas gostam de estar juntas".
É difícil imaginar um discurso mais vácuo e sem significado concreto. Na verdade, se Alegre quiser encontrar, todas as semanas, lugares onde se juntam mais de 500 pessoas para "estarem juntas", celebrarem a "alegria", falarem de"esperança" e entoarem canções "em comum" bastar-lhe-á ir a uma missa católica. Em boa parte delas, sobretudo em algumas paróquias, é exactamente isso que acontece. E mais depressa se ouve lá o Hino à Alegria do que estrofes como as entoadas naquele teatro: "Quando a corja topa da janela/Quando o pão que comes sabe a merda/O que faz falta..." e por aí adiante. É provável que encontre lá mais "festa" e letras menos agressivas.
O exemplo serve apenas para sublinhar o vazio de uma mensagem que pode ser servida por uma voz tonitroante ou até pela poesia, mas que não ultrapassa, em última análise, o círculo vicioso de uma autoproclamada esquerda que, como disse outro companheiro de comício, José Soeiro, este dirigente do Bloco, tudo se centraria em garantir a justiça social e a igualdade. Ora, sucede que justiça social só rima com igualdade se, no discurso político, à permanente invocação de direitos se acrescentar a defesa da responsabilidade e se entender a solidariedade não como uma missão longínqua do "Estado" antes como algo que integra o dia-a-dia. Uma noite com os colaboradores da Comunidade Justiça e Paz a distribuir comida pelos sem-abrigo de Lisboa ou um dia nos armazéns do Banco Alimentar contra a Fome seriam por certo menos in do que uma noite no Lux, mas muito mais instrutivos sobre o outro Portugal que não aparece nem nas bancadas da Assembleia da República, nem nas manifestações da CGTP, muito menos nas celebrações, ou "actos culturais", do Teatro da Trindade.
Aquilo que na Suécia, só para citar um exemplo, podemos encontrar é uma sociedade onde os elevados níveis de equidade social (uma formulação mais rica e mais progressiva do que a velha "igualdade social") caminharam sempre a par com a liberdade e a responsabilidade. É por isso que custa ver Manuel Alegre sentado ao lado de militantes, como os que vieram dos partidos fundadores do Bloco de Esquerda, para quem sempre se pode sacrificar a liberdade em nome da igualdade. Em Dezembro de 1974 Alegre teve, no primeiro Congresso do PS após o 25 de Abril, um papel central na separação de águas entre os que defendiam o socialismo antes de tudo o mais e os que só entendiam o socialismo "em liberdade". O facto de estes mais de 30 anos terem demonstrado, à saciedade, que a ideia original do socialismo é incompatível com a de liberdade - ao contrário da ideia de social-democracia ou de social-cristianismo, os dois pilares sobre os quais assentou a construção europeia -, ainda há quem não entenda que "uma sociedade que coloca a igualdade à frente da liberdade acaba por ficar sem nenhuma delas, ao passo que uma sociedade que coloca a liberdade à frente da igualdade acaba por ter um grau mais elevado de ambas".
Apesar desta frase ser de um autor que dificilmente associaríamos à Suécia (Milton Friedram), a verdade é que se algo diferenciou a Suécia da maior parte dos países do Velho Continente foi o seu pioneirismo na defesa da liberdade. A Suécia já tinha uma lei que garantia a liberdade de imprensa antes de estalar a Revolução Francesa (o Reino Unido não tinha uma lei, mas tinha a prática), a Suécia esteve entre os primeiros países europeus a reconhecer os direitos da mulher e a permitir uma liberdade sexual só possível porque acompanhada por um elevado sentido de responsabilidade. Um exemplo anedótico: no Aeroporto Internacional de Gotemburgo não há casas de banho separadas para homens e mulheres, mas também não há atropelos nem abusos. E se tudo está organizado e limpo, isso não sucede porque prevalece a autoridade, mas porque não se imaginam irresponsabilidades que ultrapassem os excessos alcoólicos de sábado à noite. E a naturalidade com que, no dia seguinte, muitos se juntam numa igreja, não longe do relvado onde muitos se estendiam, em fato de banho, para beneficiar de um raro dia de calor, para contribuírem para uma obra social. Tudo antes de, segunda-feira, se apresentarem na fábrica da Volvo de forma pontual para trabalharem com rigor e elevada produtividade.
Não se pode ter sol na eira e chuva no nabal, razão pela qual enquanto se pedir apenas igualdade sem ao mesmo tempo fazer a pedagogia da responsabilidade, do trabalho e da exigência não é apenas querer-se poesia no lugar da política: é deixar-se levar em nome da poesia para a alegre pobreza. E o tempo dos pobretes mas alegretes já lá vai, felizmente.» [Público assinantes]
Parecer:
Por José Manuel Fernandes.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
JÁ É MAIS FÁCIL MUDAR DE SEXO DO QUE SAIR DE CUBA
«O Governo cubano legalizou as operações cirúrgicas de mudança de sexo, anunciou na sexta-feira o Centro Nacional de Educação Sexual (Cenesex). Trata-se de mais uma medida que sinaliza a liberalização do regime.» [Correio da Manhã]
Parecer:
O regime cubano começa a ser ridículo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Denuncie-se a ditadura da família real Castro.»
OPEL CONDENADA A DEVOLVER INCENTIVOS
«A General Motors (GM) foi condenada a pagar uma indemnização, no valor de 17,7 milhões de euros, pelo encerramento da fábrica da Opel na Azambuja com mais de um ano de antecedência sobre o termo do contrato de investimento celebrado com o Estado português. A empresa actuou “em claro desrespeito das suas obrigações contratuais e com grave violação dos mais elementares deveres de boa-fé”, pode ler-se no texto do acórdão proferido pelo Tribunal Arbitral, no passado dia 26 de Maio.
“Ao ter encerrado a fábrica do modo como o fez, o Grupo General Motors quebrou a confiança do Estado português aquando da celebração do contrato e comprometeu os efeitos macroeconómicos que se pretendiam atingir. Consequentemente, há lugar ao reembolso integral dos incentivos financeiros recebidos”, conclui o acórdão. Acrescidos dos juros à taxa de 2% que se vencerem, decorrido o prazo de 40 dias contados da data de citação (21 de Fevereiro de 2007) até à data do acórdão, estima-se que o valor final da indemnização ascenda a mais de 18 milhões de euros. Confrontada com o referido acórdão, a General Motors decidiu acatar a decisão do Tribunal Arbitral, que não é passível de recurso.» [Expresso assinantes]
Parecer:
Uma decisão inédita que faz todo o sentido.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento do acórdão aos sacanas da General Motors.»
AMOR COM AMOR SE PAGA
«Na quinta-feira da semana passada, Sá Fernandes participou numa reunião da concelhia de Lisboa do PS, no Largo do Rato. Os bloquistas foram apanhados desprevenidos. “Os órgãos nacionais do Bloco não foram chamados a pronunciar-se”, afirma Soares. Reconhece, no entanto, que Sá Fernandes “tem a liberdade” para actuar como o fez.
O dirigente do BE soube da iniciativa, “em primeira mão”, por Miguel Coelho, líder do PS/Lisboa. “Dentro do espírito de lealdade política, esperava que fosse Sá Fernandes a dar conta do que iria passar-se”. O vereador desdramatiza. “Não infringi nenhuma norma”, diz, considerando “insignificante” a questão. “Acho uma coisa normal, dar conhecimento do trabalho que estou a desenvolver ao outro partido com pelouros”.» [Expresso assinantes]
Parecer:
É curioso como o BE é menos tolerante com Sá Fernandes que até é independente, do que com Manuel Alegre que milita no PS.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Louçã se tenciona recandidatar Sá Fernandes.»
ASAE: A CULPA É DOS INSPECTORES FUNDAMENTALISTAS
«“Estou aqui para levar pancada. Estão à vontade!”, disparou para a plateia, olhos nos olhos, António Nunes, o inspector-geral da ASAE. Na sua frente estavam cerca de 200 empresários de restauração, que aguardavam com expectativa a intervenção do polémico dirigente, que tantas dores de cabeça lhes anda a causar. As perguntas a Nunes não embaraçaram e, já no final da sessão, seria o líder da ASAE a surpreender, ao admitir que dentro da força que dirige existem inspectores “fundamentalistas” na aplicação das leis.» [Expresso assinantes]
Parecer:
Ridículo e cobarde.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se o pobre homem.»
SANEAMENTO NA ASAE
«A mudança não surpreendeu os meios ligados à ASAE, uma vez que eram conhecidas divergências entre Fátima Araújo e o inspector-geral, relacionadas com as orientações estratégicas, designadamente quanto aos "exageros" da aplicação da directiva HACCP na restauração e cafetaria e quanto ao facto de o rigor inspectivo não ser acompanhado de informação aos agentes económicos. » [Jornal de Notícias]
Parecer:
Deixem-se de conversa fiada, estamos perante um saneamento motivadas pela divergência com o inspector-geral vaidoso que ao mesmo tempo que afirma que os excessos da ASAE se devem a inspectores fundamentalistas saneia os que o acusam de excessos. Resta saber o que está a fazer o inspector-geral se permite que os tais inspectores fundamentalistas actuem com excesso lançando o pânico junto dos pequenos comerciantes. Não terá sido um excesso fundamentalista a sua afirmação de que mais de 50% dos restaurantes iriam fechar.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Saneie-se o sr. antónio sousa.»
SANTANA LOPES LESOU O ESTADO
«A Procuradoria-Geral da República critica a Lei do Jogo, aprovada em 2005, pelo Governo de Pedro Santana Lopes. Segundo o jornal Correio da Manhã, que cita um parecer da Procuradoria, o Estado foi gravemente lesado com a mudança da lei, que dá literalmente o edifício e o parque de estacionamento do Casino de Lisboa à sociedade Estoril-Sol, e levanta muitas dúvidas sobre a legalidade da Lei do Jogo. » [Portugal Diário]
Parecer:
Não é nada de novo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «E não há quem o mande andar por aí?»
HILLARY CLINTON: "YES, WE CAN!"
«Con gran expectación en el National Building Museum en Washington, y con un retraso de casi una hora, la senadora demócrata Hillary Clinton se despidió este sábado de sus seguidores tras ofrecer su apoyo al candidato demócrata Barack Obama para unir fuerzas contra el republicano John McCain y dijo que "vamos a hacer historia juntos".
"Esta fiesta no era la que yo había planeado". Así inició Clinton su discurso de despedida en la que anunció que la manera de continuar "nuestra lucha" y "conseguir nuestros objetivos" es "poner nuestra pasión y fortaleza" en apoyar "intensamente" a Obama. Tras agradecer el apoyo a todos sus seguidores que le han "entregado su corazón", y ante la presencia de su familia, reconoció la victoria de Obama como vencedor en la carrera demócrata a la presidencia. » [20 Minutos]
PROTESTO CONTRA O USO DO AUTOMÓVEL
«Miles de ciclistas desnudos han rodado hoy por Madrid, A Coruña, Valladolid y otras ciudades para reivindicar un mayor uso de la bicicleta y mejores infraestructuras destinadas a este medio de transporte.» [20 Minutos]
FISCO AMEAÇA OPORTUNISTAS COM PRISÃO
«O fisco deu um ultimato de uma semana a 50 mil contribuintes para pagarem mais de 1,3 mil milhões de euros em IVA cobrado a clientes e IRS retidos de salários ou de prestações de serviços. "Uma última oportunidade" a partir da qual as Finanças ameaçam milhares de devedores com prisão até três anos ou multas até 360 dias por "crime de abuso de confiança fiscal", de acordo com comunicado ontem divulgado pelo ministério de Teixeira dos Santos. A fuga foi também detectada no IRC, o imposto sobre os lucros, e no imposto de selo.» [Diário de Notícias]
Parecer:
Se é o que a lei prevê já devia ter sido feito.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Reserve-se uma ala do Estabelecimento Prisional de Lisboa.»
JÁ SE FALSIFICA COMBUSTÍVEL
«O destacamento operacional do Porto da Brigada Fiscal da GNR desmantelou anteontem, em Lousado, Famalicão, uma unidade que se destinava ao fabrico clandestino de um combustível alternativo à gasolina, que era vendido a um euro por litro. Na busca às instalações foram apreendidos 19.030 litros de carburante, tendo os militares procedido à selagem dos armazéns e equipamentos. A firma foi constituída arguida, através do respectivo responsável, por suspeita de fraude fiscal e de introdução fraudulenta no consumo.» [Público assinantes]
Parecer:
Com o aumento do preço dos combustíveis o negócio torna-se tentador.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Reforce-se a fiscalização.»
O JUMENTO NOS OUTROS BLOGUES
- O "Kafe Kultura" pescou as imagens de Saturno.
- O "Colheita 63" também acha que o presidente da GALP é um brincalhão.
- O "Homem ao Mar" concorda com o post "assalto ao orçamento":
FOTOGRAFIAS CLÁSSICAS COM LEGOS [Flickr]
FLORIDA: MIGRAÇÃO DE RAIAS
QUEDA DE UM B2
AZAR PUBLICITÁRIO
AMNISTIA INTERNACIONAL