segunda-feira, agosto 24, 2009

Ineficácia

Num país sem recursos significativos e com grandes problemas estruturais graves seria de esperar uma aposte forte na eficácia. Infelizmente isso não sucede, ainda que nos últimos anos algo tenha sido feito nesse sentido na Administração Pública.

Somo ineficazes na forma como utilizamos a energia, no aproveitamento que fazemos dos recursos ambienteis, na forma como exploramos a terra ou os recursos do mar, enfim, somos ineficazes em quase tudo. Se algumas destas ineficácias resultam do atraso tecnológico, outras resultam da forma de estar dos portugueses, diria mesmo da falta de sentido de Nação de muitos portugueses.

Se os recursos são escassos resta-nos utilizá-los da forma mais eficiente possível, mas não é isso que fazemos. Temos um défice público que nos oprime há décadas mas é ver possível ver, mesmo a olho desarmado, dezenas de situação de esbanjamento dos impostos cobrados aos portugueses. Precisamos de promover o investimento e a criação de emprego mas a burocracia asfixia a vontade de investir, os investimentos protegidos pelo Estado andam sobre rodas, mas as iniciativas empresariais do comum dos portugueses esbarra numa burocracia corrupta e oportunista.

É verdade que muitas fontes de ineficácia só serão eliminadas com investimento, mas também é verdade que uma boa parte delas resulta de maus hábitos culturais, da preguiça de muitos, dos esquemas montados para obter ganhos ilegais ou legais, como muitas das pequenas taxas cobradas pelos serviços públicos, destinadas a pagar mordomias ou benesses corporativas.

O combate total à ineficácia deveria ser um dos grandes objectivos de qualquer governo que venha a sair das próximas eleições, um combate que elimine definitivamente muitos obstáculos artificiais ao desenvolvimento.