domingo, agosto 30, 2009

Semanada

A semana trouxe-nos o programa eleitoral do PSD e a primeira conclusão que se pode tirar é que os assessores de Belém são gente muito mais fraquinha, mais vocacionados para a calhandrice do que para elaborar programas eleitorais, o que explica o fraco desempenho oratório do marido da dona Maria. Convenhamos que para fazer aquele programa nem era preciso ajuda dos assessores canídeos de Belém, bastaria a Manuela Ferreira Leite pedir ajuda a Sócrates que o resultado seja o mesmo. O programa eleitoral do PSD não só é um elogio a Sócrates como se trata de um grande frete ao PS.

O marido da dona Maria falou finalmente, mas para dizer que nada diria, o que se entende, o homem não tem nada para dizer e a concluir pelas suas últimas intervenções ou sai mosca ou sai asneira. Agora deixou de fazer insinuações, passa o tempo a ameaçar que vai falar aos portugueses se necessário. O problema é que o faz como ameaça e com tiques de paternalismo, parece que o marido da dona Maria acha que o país é um imenso infantário onde lhe cabe o papel de educadora.

Inesperadamente, o programa eleitoral ganhou um admirador, o antigo delfim de Álvaro Cunhal que parece apostar em conquistar a simpatia do PSD. Depois de a Iberdrola ter perdido alguns concursos e de ter permitido a Manuela Moura Guedes atirar-se a Sócrates, compreende-se que Pina Moura tente conquistar as graças da direita. Poder-se-ia dizer que os ratos são os primeiros a abandonar o navio, mas neste caso é possível que se venha a aplicar a velha máxima de que Roma não paga a traidres.