domingo, março 28, 2010

Semanada

Com a derrota do cavaquismo ruralista representado nas directas do PSD por Paulo Rangel, o tal ganhador de que Manuela Ferreira Leite falava, respira-se melhor no país, está um lindo dia de sol e a líder do PSD desapareceu sem se ter dado ao trabalho de dar os parabéns (em público) ao novo líder do partido que dirigia. Até Cavaco se esqueceu de que foi um derrotado e (talvez por isso mesmo) esqueceu o protocolo e veio a público e de sua iniciativa felicitar o novo líder do PSD, algo de que não me recordo de ter feito em relação aos seus antecessores.

A liderança de Passos Coelho é um sinal de mudança, aliás, mal fez o seu discurso de vitorio o novo líder já tinha mudado de posição, agora fala de responsabilidade e de estabilidade estatísticas, quando há uns dias parecia querer derrubar o PS no dia seguinte. Pelos vistos Ângelo Correio aconselhou-o melhor do que tinha feito durante a campanha.

Se o PSD se parece ter visto livre da sarna cavaquista o mesmo não se pode dizer do PS em relação a alguns militantes que viveram e vivem graças às benesses públicas e que insistem em ganhar espaço mediático à custa do seu próprio partido, foi o caso de Manuel Alegre, agora candidato da extrema-esquerda, e de Cravinho que deve ter vindo a Lisboa em viagem de classe executiva para pelos contribuintes para dizer as banalidades do costume sobre a corrupção.

Para tranquilidade de Sócrates o parlamento votou favoravelmente o PEC, um documento com quem ninguém concorda mas em relação ao qual nenhum dos muitos comentadores que o criticaram apresentaram qualquer alternativa. É ridículo ver as organizações internacionais a aprovarem o documento e os nossos comentadores a criticarem-no, incluindo os certificadores de esquerda do PS, com Manuel Alegre à cabeça.