Para ganhar ao PSD em Lisboa bastou a Cristas dar beijinhos a uma boa parte dos velhinhos dos lares, apoiada pela sua máquina bem implantada no setor. Não precisou de ter qualquer programa, já ninguém se lembra da sua proposta de muitas dezenas de estações de metropolitano. Concorreu sem alternativas no eleitorado da direita e com muitos eleitores sabendo que o seu voto no CDS tinha um impacto reduzido ao nível nacional.
Mas para conseguir crescer ao nível nacional não basta uma estratégia de beijinhos, como se percebe pelas sondagens, ainda que estas não sejam de confiança nos tempos que correm. Para se ganhar votos nas legislativas não basta imitar Marcelo Rebelo de Sousa e desatar a dar beijinhos às velhinhas e tirar selfies. É preciso ter consistência nas propostas e um discurso capaz de atrair votos e é nestes pontos que Assunção Cristas falha.
Alguma direita portuguesa é incapaz de ter uma cultura política que gere um discurso abrangente, formada na adoração privada do salazarismo e com um ódio mal-escondido à esquerda, acaba por ter um discurso incapaz de atrair votos ao centro e muito menos à esquerda. O CDS é demasiado salazarista, monárquico e conservador em privado, para que a sua falsa modernice em público convença alguém. Não basta esconder Paulo Portas, como sucedeu no último congresso, se não se conseguir deixar de passar a imagem de um portas de saia azul.
Se a imagem não é grande coisa o discurso é pior, na ânsia de mostrar serviço Crista dispara propostas às dezenas de cada vez, sabendo que não vão ser discutidas por falta de seriedade quer passar a mensagem de faz muitas propostas ma a esquerda não lhes liga. Ainda recentemente mal foi aprovado um pacto da justiça promovido por Marcelo, o CDS antecipou-se a tudo e a todos, pegou na sua metralhadora legislativa e disparou dezenas de propostas para o setor.
Este discurso é tão oportunista e tem sido tão repetido que retira qualquer credibilidade ao que Assunção Cristas propõe ou venha a propor, começa-se a perceber que as propostas servem apenas para guerra política e que não são feitas a pensar nos problemas ou no país. Se Cristas não mudar é bem provável que em vez de crescer eleitoralmente venha a encolher, ficando a dirigir o CDS até que os de Paulo Portas achem oportuno livrarem-se dela.
Os de Rui Rio apoiaram Cristas nas autárquicas, mas é pouco provável que tenha essa sorte nas legislativas. Ganhar as autárquicas com o apoio de Rui Rio foi mais fácil do que ganhar nas legislativas com o apoio dos de Passos Coelho, por mais que Cristas se assuma como herdeira do seu governo.
Mas para conseguir crescer ao nível nacional não basta uma estratégia de beijinhos, como se percebe pelas sondagens, ainda que estas não sejam de confiança nos tempos que correm. Para se ganhar votos nas legislativas não basta imitar Marcelo Rebelo de Sousa e desatar a dar beijinhos às velhinhas e tirar selfies. É preciso ter consistência nas propostas e um discurso capaz de atrair votos e é nestes pontos que Assunção Cristas falha.
Alguma direita portuguesa é incapaz de ter uma cultura política que gere um discurso abrangente, formada na adoração privada do salazarismo e com um ódio mal-escondido à esquerda, acaba por ter um discurso incapaz de atrair votos ao centro e muito menos à esquerda. O CDS é demasiado salazarista, monárquico e conservador em privado, para que a sua falsa modernice em público convença alguém. Não basta esconder Paulo Portas, como sucedeu no último congresso, se não se conseguir deixar de passar a imagem de um portas de saia azul.
Se a imagem não é grande coisa o discurso é pior, na ânsia de mostrar serviço Crista dispara propostas às dezenas de cada vez, sabendo que não vão ser discutidas por falta de seriedade quer passar a mensagem de faz muitas propostas ma a esquerda não lhes liga. Ainda recentemente mal foi aprovado um pacto da justiça promovido por Marcelo, o CDS antecipou-se a tudo e a todos, pegou na sua metralhadora legislativa e disparou dezenas de propostas para o setor.
Este discurso é tão oportunista e tem sido tão repetido que retira qualquer credibilidade ao que Assunção Cristas propõe ou venha a propor, começa-se a perceber que as propostas servem apenas para guerra política e que não são feitas a pensar nos problemas ou no país. Se Cristas não mudar é bem provável que em vez de crescer eleitoralmente venha a encolher, ficando a dirigir o CDS até que os de Paulo Portas achem oportuno livrarem-se dela.
Os de Rui Rio apoiaram Cristas nas autárquicas, mas é pouco provável que tenha essa sorte nas legislativas. Ganhar as autárquicas com o apoio de Rui Rio foi mais fácil do que ganhar nas legislativas com o apoio dos de Passos Coelho, por mais que Cristas se assuma como herdeira do seu governo.