terça-feira, março 06, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Sérgio Sousa Pinto, deputado vitalicio


Este senhor deputado acha que as pessoas não podem opinar se o fazem ele diz que estão vomitando, mas quem é este senhor para se referir aos outros desta forma?

Este apalermado confunde experiência governamental com currículo académico que permite alguém ensinar economia. Confunde um conhecimento que serve para uma conferência com o ensino de conhecimentos científicos que habilitarão os alunos com um diploma académico que deverá ser reconhecido como tal.

Não vale a pena dizer quem é que às vezes está com cara de parecer estar à beira do vómito, mas não seria má ideia explicar a este senhor que o que está em causa não é Passos Coelho ensinar, ma sim o fato de ensinar matérias para as quais não está habilitado e a estudantes que estão academicamente acima dele, bem como o fato de ir ensinar com o estatuto de catedrático.

«“A experiência de um ex-primeiro-ministro, qualquer que seja, é única e valiosa”. Arranca assim o texto escrito pelo deputado do PS Sérgio Sousa Pinto, na rede social Facebook, partilhando e comentando a notícia de que Pedro Passos Coelho será professor do ISCSP. O texto é uma defesa da opção do ex-primeiro-ministro, contra os “insultos vomitados” por alguns e contra a “indignação de meia dúzia de pessoal menor da Academia”.

O deputado do PS diz que Passos Coelho foi “testemunha privilegiada e ator de um período crítico da vida nacional — a avaliação que fazemos dele não é para aqui chamada” e foi nessa condição que “decidiu dar aulas”. É algo que Sérgio Sousa Pinto considera normal, porque pessoas com experiências políticas comparáveis às de Passos “são disputadas pelas melhores universidades dos seus países”. “Poucos aceitam, preferindo a liberdade e o proveito do circuito de conferências remuneradas a peso de ouro”, assinala Sérgio Sousa Pinto, lamentando que, em Portugal, “como é de regra, é tudo ao contrário”, nota.

Passos Coelho “podia ser sido cooptado pelos ‘donos disto tudo’, como consultor, lobista ou ornamento. Mas não, decidiu ensinar e ser professor”.

A pátria, chocada, vomita insultos. Meia dúzia de pessoal menor da Academia, devidamente encartada de títulos e graus, inchou de indignação. A universidade, desviada por instantes do negócio dos doutoramentos, habituada a debitar doutores como salsichas rugiu. Acham, certamente, que Passos não é um Vitorino Magalhães Godinho ou um Lindley Cintra. É certo. E dos atuais doutores encartados, quantos são?”» [Observador]

      
 A vitória das mulheres feias
   
«Por muitas novidades que o Salão Automóvel de Genebra possa trazer este ano, há pelo menos uma que vai desagradar a alguns visitantes: desaparecem as modelos, que desde sempre – ou pelo menos assim parece – atraíam as atenções para os veículos expostos, com as poses sensuais e roupa a condizer. Nesta edição do certame suíço, muitos são os construtores a anunciar que contrataram profissionais do sector que, se não alegram a vista, compensarão ao ser capazes de esclarecer todas as dúvidas que os visitantes possam ter.

Esta opção não estará de todo dissociada do escândalo protagonizado pelo produtor de Hollywood, Harvey Weinstein, na sequência do qual se instalou um clima – que muitos poderão mesmo apelidar de pavor –, que pode transformar até práticas com muitos anos de existência, num caso de assédio ou exploração sexual. Assim, depois de a Fórmula 1 ter banido as modelos da grelha de partida nos Grande Prémios, eis que muitos fabricantes de automóveis optaram por alinhar pela mesma bitola.

De acordo com a Fortune, Renault, Peugeot, Fiat, Nissan, Lexus e SsangYong já anunciaram que não vão ter modelos com pouca roupa nos seus stands, substituindo-os por homens e mulheres escolhidos não pelo seu aspecto, mas sim pelos seus conhecimentos técnicos e pela capacidade de explicar as características dos veículos em exposição. Quanto à roupa dos “profissionais”, os fabricantes prometem desde já menos pele à vista, optando uns por trajes desportivos, enquanto outros dão preferência a uma indumentária mais formal.» [Observador]
   
Parecer:

Um dia destes será a vez de só aparecerem caras feias na publicidade. Enfim, o mundo está a ficar feioso.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Os fins justificam os meios?
   


«O presidente da comissão instaladora da Agência Gestão Integrada dos Fogos Rurais (AGIF), que está a preparar o Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais, afirma, sobre a obrigação das pessoas de limparem as matas à volta das suas propriedades, que “haveria formas diferentes de fazer a comunicação”. Mas, para Tiago Oliveira, o que é importante também é que “se perceba que a situação é de risco, que o país está colocado perante uma urgência e todos somos parte da solução“.» [Observador]
   
Parecer:

Parece que a forma infeliz como o fisco fez chegar e-mails ameaçadores a todos os contribuintes não foi um mero acaso, pela forma como defende o que foi feito parece que para Tiago Oliveira, O presidente da comissão instaladora da Agência Gestão Integrada dos Fogos Rurais (AGIF), o risco de incêndios justifica que se façam, ameaças sobre cada cidadão, usando para isso um e-mail para endereços que os contribuintes deram no pressuposto de que não serviria para spam governamental. 
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se um curso acelerado de cidadania a este senhor.»