Jumento do Dia
Compreende-se que Manuel Monteiro admita e até mesmo deseje regressar a um partido que presidiu e de onde saiu depois de Paulo portas ter decidido chegar a sua hora de ambicionar ser ministro. Mas o lógico seria que em vez de se oferecer e passar a imagem de andar a mendigar um convite, esperar que o convidem. Não faz sentido admitir o regresso a um partido que na hora de homenagear o ex-presidente Adriano Moreira se tenha esquecido de o convidar.
Sugerir que pode regressar ao CDS quando este é presido à consignação por uma das mulheres de Paulo Portas foi um erro amargo de Manuel Monteiro.
«A dias do 26.º Congresso do CDS-PP, marcado para 10 e 11 de Março, em Lamego, o ex-líder Manuel Monteiro, que em 2003 se afastou para fundar o Partido Nova Democracia, disse esta terça-feira na SIC Notícias que admite voltar ao CDS após uma “conversa serena” com algumas pessoas importantes na sua vida.
“Põe de parte a hipótese de um dia voltar ao CDS?”, questionou o jornalista Pedro Cruz, no programa Dez Minutos da SIC Notícias. “Não”, respondeu Monteiro. “E é a primeira vez que falo disto em público.” O jornalista insistiu, para clarificar: “Não põe de parte?” E o entrevistado repetiu: “Não. Há pouco, quando vinha para cá, calculei que me fizesse essa pergunta. Já sei que vou ouvir muitas críticas logo à noite, em casa, com esta minha resposta...”
Manuel Monteiro acrescentou, então, que tem dias em que gostaria de voltar. “Tenho dias. Se o fizer, ou se algum dia decidir fazê-lo, a primeira coisa que teria de fazer era rumar a Braga e conversar com um conjunto significativo e muito importante de pessoas na minha vida, que estiveram comigo no CDS e que saíram comigo. Nunca faria uma coisa dessas sem estar em Braga e ter uma conversa serena com um conjunto de pessoas”, disse, assumindo que, se fosse hoje, provavelmente, já não teria fundado o Nova Democracia.» [Público]
Finalmente
Finalmente a justiça portuguesa faz alguma coisa contra a violação do segredo de justiça! Mas a PGR está também de parabéns porque desta vez e apesar do envolvimento de centenas de pessoas, o competentíssimo diretor da revista Sábado mão conseguiu saber com antecedência os locais das buscas.
Cinismo
Álvaro Dâmaso, diretor da Sábado, comenta o caso e-toupeira na CM e manifesta-se indignado com a violação do segredo de justiça, diz o preocupado jornalista que esta violação põe em causa a segurança de pessoas e, em particular, de funcionários do Estado. Até desafia os defensores do segredo de justiça a virem a público para se manifestarem.
Finalmente a justiça portuguesa faz alguma coisa contra a violação do segredo de justiça! Mas a PGR está também de parabéns porque desta vez e apesar do envolvimento de centenas de pessoas, o competentíssimo diretor da revista Sábado mão conseguiu saber com antecedência os locais das buscas.
Cinismo
Álvaro Dâmaso, diretor da Sábado, comenta o caso e-toupeira na CM e manifesta-se indignado com a violação do segredo de justiça, diz o preocupado jornalista que esta violação põe em causa a segurança de pessoas e, em particular, de funcionários do Estado. Até desafia os defensores do segredo de justiça a virem a público para se manifestarem.
Notícia da TVI24
Grande parte das ondas tem sobrevoado o barco encalhado no Bugio. Ondas aviadoras no Tejo.
Fruta da época
Em ano de eleições é certo e sabido que se repetem as inaugurações. Agora .parece que em ano de nomeação ou (por alguns desejada) recondução da procuradora-Geral chovem casos judicias, é quase um por semana. Esperemos que quando chegar a data da nomeação ainda haja um português em liberdade para poder assinar o despacho.
Grande parte das ondas tem sobrevoado o barco encalhado no Bugio. Ondas aviadoras no Tejo.
Fruta da época
Em ano de eleições é certo e sabido que se repetem as inaugurações. Agora .parece que em ano de nomeação ou (por alguns desejada) recondução da procuradora-Geral chovem casos judicias, é quase um por semana. Esperemos que quando chegar a data da nomeação ainda haja um português em liberdade para poder assinar o despacho.
Anedota
«Os três funcionários judiciais investigados na operação 'e-toupeira' terão recebido bilhetes para os jogos do Benfica no estádio da Luz e diverso tipo de merchandising, como camisolas dos atletas. Seria esta a forma de pagamento realizado por Paulo Gonçalves, assessor jurídico do clube e uma das figuras influentes na atual direção do Benfica, que foi detido esta terça-feira pela PJ.
Em troca, os funcionários de Justiça, um deles um técnico informático do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça que também foi detido no âmbito desta operação, entrariam no Citius, sistema informático da Justiça, para acederem a informações confidenciais, nomeadamente a investigações da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ que se têm realizado nos últimos meses e que envolvem o clube encarnado.
Uma informação avançada pelo "Correio da Manhã" e confirmada pelo Expresso junto de fonte da investigação.
Em relação à identidade do empresário de futebol que é arguido no caso trata-se de Óscar Cruz, de acordo com o "CM" e com a SIC Notícias.» [Expresso]
Parecer:
Quando se investiga um ministro por nada não admira que há quem considere que alguém põe em risco tudo na vida a troco de uma t-shirt.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
O crime ao serviço da justiça
«A operação e-toupeira, que envolveu desde esta manhã cerca de 50 elementos da Polícia Judiciária, um juiz de instrução criminal e dois magistrados do Ministério Público em “30 buscas nas áreas do Porto, Fafe, Guimarães, Santarém e Lisboa que levaram à apreensão de relevantes elementos probatórios”, levou à detenção de duas pessoas, Paulo Gonçalves (assessor jurídico da SAD) e José Silva (técnico de informática do Instituto de Gestão Financeira e Equipamento da Justiça), e à constituição de mais dois arguidos. Um dos funcionários judiciais suspeitos será Júlio Loureiro, que tem uma ligação a Paulo Gonçalves que já antes tinha sido revelada por emails tornados públicos nos últimos meses.» [Observador]
Parecer:
A justiça tem uma nova ferramenta de investigação, os resultados de crimes informáticos.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
Grandes malandros
«Por ano, os portugueses passam em média mais três semanas no trabalho do que alemães ou holandeses. Também têm menos dias de férias: 22 dias contra 30 dias dos alemães e os 25 dias dos holandeses. A média europeia (com 28 países da UE) está nos 24,6 dias de férias por ano. Os números são de um estudo do Observatório das Desigualdades do ISCTE-IUL, que irá ser apresentado na quarta-feira, e já citado pela TSF.
Por semana, um português com um contrato de trabalho a tempo inteiro passa em média 41 horas no trabalho – mais uma hora do que passava em 2008. Este é o quinto valor mais elevado da União Europeia. Contas feitas, passamos 1797 horas por ano no trabalho, mais 77 horas do que a média europeia. E gozamos, em média, menos 2,6 dias de férias do que a média comunitária (24,6 dias por ano).
O estudo O mercado de trabalho em Portugal e nos países europeus, feito a partir dos dados recolhidos pelo Eurostat e pela Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho, indica também que os portugueses têm mais feriados – dez no total, contra os 9,2 da média europeia.» [Público]
Parecer:
Esperemos que nas suas aulas de economia o catedrático Passos Coelho explique estes dados aos portugueses.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao ilustre académico.»
O Portas anda muito ocupado
«Paulo Portas gravou uma mensagem em vídeo que será partilhada com os delegados ao 26º Congresso do CDS-PP no momento da homenagem a Adriano Moreira, marcada para o próximo sábado, em Lamego. Assunção Cristas tentou reunir os ex-presidentes do partido na cerimónia dedicada ao dirigente histórico mas não conseguiu. Ao que o PÚBLICO apurou, José Ribeiro e Castro recusou ir ao congresso depois de saber que tanto Manuel Monteiro como Freitas do Amaral não tinham sido convidados por já não serem militantes do partido.
O ex-líder do CDS Paulo Portas não estará no país no próximo fim-de-semana por motivos profissionais e gravou um vídeo que vai ser exibido durante a homenagem a Adriano Moreira. A tentativa de reunir antigos presidentes do partido no conclave em que Assunção Cristas vai ser reeleita acabou, assim, por falhar. O encontro dos antigos líderes já era difícil dadas as relações tensas entre Paulo Portas e Manuel Monteiro, como este último acabou por admitir esta terça-feira em entrevista à SIC Notícias.» [Público]
Parecer:
A vida dos negócios é muito exigente.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»