Jumento do Dia
O mínimo que se pode dizer de Santana Lopes é que com aliados como ele ninguém precisa de adversários políticos. Depois de no passado se ter queixado das facadas que levou e de terem tentado matar a criança na incubadora, parece que agora é ele que dá as facadas e quer matar a nova liderança do PSD ainda no berço.
«Pedro Santana Lopes diz que não dá explicações a ninguém sobre os seus comentários políticos e contraria a versão da conversa entre ambos divulgada na manhã desta quinta-feira por Rui Rio sobre a “inauguração da liderança” do partido. “Foi ele que me ligou ontem ao meio-dia, num telefonema simpático”, revela Santana ao Observador. “Eu tinha uma chamada não atendida dele. Mas já não fui a tempo, liguei em seguida e tivemos uma conversa cordial, como sempre”. Segundo Santana, o líder do PSD telefonou-lhe para dizer que concordava com as críticas feitas por si no comentário aos membros da direção do partido que, nos jornais, pressionaram a demissão de Feliciano Barreiras Duarte. Mas desmente que, durante a conversa, tivesse dito que inaugurar a liderança era uma referência à oposição interna.
"Disse-lhe que esperava agora que ele criasse as condições para começar a fazer o trabalho de oposição que os militantes esperam. Não falei em oposição interna. Disse: ‘Espero que possas começar a fazer o trabalho que queres fazer, que inaugures a liderança. Agora tens condições para começares a trabalhar’. Deve ter havido uma má interpretação qualquer das palavras”.
Na manhã desta quinta-feira, em Bruxelas, antes de entrar para a cimeira do PPE, Rui Rio foi confrontado pelos jornalistas com o comentário de Santana sobre a necessidade de o presidente do partido “inaugurar a liderança” do PSD e respondeu:
"A crítica não era exatamente para a direção nacional. É para quem internamente está mais apostado em destruir do que a ajudar a construir. Interpretei assim e o próprio já teve a oportunidade de me explicar que era essa a ideia que queria transmitir”, revelou Rui Rio."» [Observador]
Veteranos da treta
«Um grupo de antigos estudantes de Coimbra juntou-se para defender o “espírito democrático” da academia e exigir respeito pelo referendo que determinou o fim da garraiada. Entre os 118 subscritores do texto intitulado “Carta Aberta pela Preservação da Tradição” estão ex-dirigentes estudantis bem como ex-elementos de órgãos de gestão de diversas faculdades.
O documento foi enviado ao PÚBLICO na sequência da decisão do Conselho de Veteranos (CV) da Universidade de Coimbra, que inverteu a escolha da larga maioria dos estudantes nas urnas. 27 Membros do CV decidiram na noite de quarta-feira manter a realização do evento tauromáquico, depois de 70,7% dos estudantes ter votado a sua abolição. No referendo participaram 5638 alunos.
Na carta, os antigos estudantes apelam a que o Conselho de Veteranos respeite o referendo e “reconheça o seu resultado como vinculativo”, bem como sugerem que sejam tomadas “todas as acções legalmente aceites” para que o nome ou recursos da universidade e da Associação Académica de Coimbra, não sejam utilizados neste evento.
O repto também é lançado às autarquias de Coimbra e da Figueira da Foz (onde tem lugar a garraiada), para que “não compactuem com este ataque a uma decisão democrática” e não colaborem “com a realização deste eventual acontecimento tauromáquico”.
O referendo em que os estudantes decidiram acabar com a garraiada teve lugar a 13 de Março e foi proposto pelo Conselho Geral da Queima das Fitas, entidade responsável pela organização da festividade e na qual estão representados o Conselho de Veteranos, a direcção-geral da AAC e os representantes dos conselhos cultural e desportivo da AAC. Teve um carácter consultivo.» [Público]
Parecer:
Tenham mas é juízo.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Mandem os veteranos da treta à bardamerda.»
Enquanto não ganha o país Cristas vai perdendo o partido
«A advogada Isabel Menéres Campos, que esta quinta-feira à noite foi eleita presidente da concelhia do CDS do Porto com uma candidatura anti-sistema, apontou como primeira medida "convidar a lista adversária para a concretização de um projeto que una o partido".
"Manifesto satisfação pela forma como decorreu o ato eleitoral. Há mais de 20 anos que não se via uma mobilização desta envergadura e as nossas primeiras medidas passarão por convidar os membros da outra lista para colaborarem no nosso projeto. Queremos unir o partido, em particular o CDS do Porto", disse à agência Lusa.
A advogada e professora universitária, que era vogal da comissão política concelhia que desempenhou funções até ao ato eleitoral que decorreu na quinta-feira, liderava a lista B, enquanto a lista A era encabeçada pela vereadora da câmara do Porto, Catarina Araújo. Ou seja, a lista associada à direção do partido, que integrava o secretário-geral adjunto no Norte, Manuel Gonçalves, e tinha como mandatária a vice do CDS Cecília Meireles perdeu.» [Expresso]
"Manifesto satisfação pela forma como decorreu o ato eleitoral. Há mais de 20 anos que não se via uma mobilização desta envergadura e as nossas primeiras medidas passarão por convidar os membros da outra lista para colaborarem no nosso projeto. Queremos unir o partido, em particular o CDS do Porto", disse à agência Lusa.
A advogada e professora universitária, que era vogal da comissão política concelhia que desempenhou funções até ao ato eleitoral que decorreu na quinta-feira, liderava a lista B, enquanto a lista A era encabeçada pela vereadora da câmara do Porto, Catarina Araújo. Ou seja, a lista associada à direção do partido, que integrava o secretário-geral adjunto no Norte, Manuel Gonçalves, e tinha como mandatária a vice do CDS Cecília Meireles perdeu.» [Expresso]
Parecer:
Parece que a líder do CDS é incapaz de manter o partido unido.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
É agora que as matas vão ficar limpinhas!
«Assim, já amanhã, o primeiro-ministro António Costa e mais de duas dezenas de membros do Governo irão participar em ações de limpeza florestal em vários distritos do país de norte a sul.
“Assumindo a limpeza das florestas como uma prioridade para o sucesso da estratégia de prevenção e combate aos incêndios, o Governo procura, desta forma, mobilizar o País para esta importante causa nacional, colaborando diretamente no esforço que está a ser desenvolvido pelos municípios, empresas e cidadãos para reduzir o risco de incêndio”, pode ler-se numa nota do Governo difundida ontem ao final do dia.
Assim sendo, o primeiro-ministro e membros do Governo das várias áreas governativas irão deslocar-se a várias regiões do Minho ao Algarve, para participarem num conjunto de iniciativas organizadas em parceria com a Associação Nacional dos Municípios Portugueses. Estão previstas ações no terreno de limpeza de mato e ainda a apresentação de planos e projetos no âmbito da prevenção.» [Expresso]
Parecer:
A limpeza das matas está a transformar-se numa paranóia nacional.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Aguarde-se por umais um ano seco seguido de um verão quente para ver se esta limpeza tem resultados.»
Liberdade de expressão censurada
«Numa carta dirigida aos militantes do seu partido, e reproduzida na íntegra pelo jornal digital espanhol "eldiario.es", Rovira explica os motivos que a levaram a tomar esta decisão. "Hoje empreendo um caminho duro, um caminho que, infelizmente, tantos outros que nos precedem tiveram que empreender. O caminho do exílio".
A independentista catalã desabafa que "não se sentia livre" e que sentia a sua "liberdade de expressão censurada" devido às constantes "ameaças judiciais arbitrárias" pelo que opta pela "única forma de recuperar a minha voz política": o exílio.» [Expresso]
Parecer:
Durante os últimos anos quase era crime falar espanhol na Catalunha, nem os estrangeiros se escapavam à antipatia quando tentavam expressar-se em espanhol, já que catalão não é prrpriamnte uma língua que se fale no estrangeiro, a não ser por Guardiola. Nas empresas todos os que vinham de Madrid trabalhar na Catalunha eram maltratados. Quem promoveu este ambiente e depois de meses em que se passava a ideia de uma quase unanimidade em torno da independência e de um referendo com resultados esmagadores dizem agora que não podem expressar as suas opiniões em Espanha?
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»