quinta-feira, março 29, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Fernando Negrão, galo-da-Índia disfarçado de falcão laranja

O PSD decidiu usar a política externa e tomar posição contra o governo numa matéria que, como é sabido, é também competência do Presidente da República. Talvez por Rui Rio estar cheio de vontade de ir servir cafés às Lages, o seu líder parlamentar tomou o papel de galo-da-Índia e exigiu a expulsão de diplomatas líbios.

Para o PSD a regra é a da invasão do Iraque, invade-se primeiro e encontram-se as provas depois. Só que no caso do Iraque a mentira era sustentável porque as provas estariam supostamente escondidas naquele país. Agora, as provas estão no Reino Unido e cabe à incompetente Theresa apresentá-las, antes de envolver os mundo num conflito que foi criado em função das suas ambições pessoais.

«O PSD acusou o Governo nesta quarta-feira de ter uma posição "tímida e condicionada" pelo PCP e BE no caso Skripal e defendeu a expulsão imediata de diplomatas russos, tal como fizeram a maioria dos países da União Europeia.

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, o líder da bancada do PSD, Fernando Negrão, anunciou ainda que o partido vai pedir uma "audição urgente" do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, para dar esclarecimentos sobre esta matéria na Assembleia da República.

Sobre a posição do Governo português, Fernando Negrão classificou-a de "tímida", porque se limitou a condenar o envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal no Reino Unido — cuja responsabilidade Londres atribui a Moscovo — e também "condicionada".

"A única explicação que encontro, num PS que foi sempre atlantista, é de se sentir condicionado pela aliança com PCP e BE", afirmou.

Questionado se o PSD defende a expulsão imediata dos diplomatas russos, Fernando Negrão respondeu afirmativamente. "A posição do PSD é que devemos alinhar com a maioria daqueles com quem temos estado sempre e devemos recomendar ao Governo que expulse os diplomatas russos da sua embaixada", afirmou.» [Público]

      
 Haja vergonha na cara!
   
«O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) autorizou a sua diretora adjunta, Cristina Gatões, a usar carro e motorista do serviço nas deslocações para casa, em Coimbra, uma situação não prevista na lei. A direção deste serviço de segurança, liderado por Carlos Moreira, paga ainda hotel, ajudas de custo e horas extraordinárias ao motorista para que a dirigente vá de Oeiras, onde se encontra a sede do SEF, pernoitar a sua casa durante a semana de trabalho. O Ministério da Administração Interna (MAI) tem conhecimento da situação e apoia a decisão. Os sindicatos do SEF estão divididos: o dos inspetores concorda, o dos funcionários considera a situação, que dura desde que a diretora tomou posse, em novembro passado, "no mínimo, moralmente discutível".

Questionado pelo DN, o SEF confirma as despesas em causa, que "reportam ao alojamento do motorista que acompanha a diretora nacional adjunta à sua residência oficial" e alega que se trata de uma medida provisória até que as Finanças autorizem, excecionalmente, a atribuição a Cristina Gatões de uma casa de função, em Oeiras. A dirigente, inspetora do SEF desde 1992, explica o Serviço, "tem residência oficial em Coimbra, pelo que foi necessário adotar esta solução em virtude de se encontrar ainda em curso o procedimento para a atribuição da casa de função, o qual foi despoletado no final de novembro junto da Unidade de Gestão Patrimonial da SGMAI e posteriormente na Direção-Geral do Tesouro e Finanças do Ministério das Finanças". O DN contactou o gabinete de Mário Centeno para saber do estado do processo, mas este ainda se encontra em análise pela referida Unidade de Gestão, segundo fonte oficial.

No entanto, se derem luz verde a esta pretensão, as Finanças estarão a abrir uma exceção. De acordo com o estatuto de pessoal do SEF, só "têm direito a habitação por conta do Estado ou atribuição de um subsídio de residência o diretor-geral e os diretores regionais". Nada previsto para os adjuntos.» [DN]
   
Parecer:

Haja vergonha! Há outros dirigentes do Estado que estão nas mesmas condições.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Impeça-se o abuso dos dinheiros públicos, se as senhoras não podem assumir os cargos que não os assumam.»
  
 Site da Worten foi visitado por piratas da criptomoeda
   
«Durante uma parte da tarde de terça-feira, quem visitou o site da Worten teve, sem saber, o seu computador a ser usado para participar em extração de criptomoeadas, para benefício de alguém que terá introduzido conteúdo malicioso nos servidores da retalhista. A empresa diz que não houve um “ataque informático” mas, sim, “um acesso não autorizado” — e garante que a situação foi “imediatamente” detetada e resolvida, não “afetando” os clientes.

A criptomoeda em causa terá sido a “monero”, a mesma que também esteve a ser extraída a partir da página oficial do futebolista Cristiano Ronaldo, em outubro. Já em janeiro, outro caso semelhante foi a utilização do site do jornal Dinheiro Vivo para, também, aproveitar a capacidade computacional dos utilizadores que acedem ao site para, sem terem consciência disso, fazerem o que se chama a “extração”, ou “mineração”, de moedas digitais — em benefício de quem violou o código dos sites.

Para os utilizadores, isso significa que o computador fica mais lento, com o browser (como o Google Chrome, por exemplo) a ser utilizado com maior intensidade do que seria normal, por estar a correr um processo intensivo. A introdução desse código malicioso pode, também, revelar vulnerabilidades na segurança de alguns sites — e, segundo a SimilarWeb, o site da Worten é o 44º site mais visitado em Portugal (um ranking que inclui os sites estrangeiros).» [Observador]
   
Parecer:

Digamos que serviu de mealheiro.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

 E viva o ensino privado
   
«O dinheiro pago a colégios do grupo GPS, no âmbito dos contratos de associação com o Estado, serviu para pagar férias, carros, bilhetes para o mundial de futebol de 2006, jantares, vinhos e até seguros pessoais, segundo o Ministério Público.

O Ministério Público (MP) acusou dois ex-decisores públicos, o ex-secretário de Estado Adjunto e da Administração Educativa José Manuel Canavarro e o ex-diretor regional de educação de Lisboa José Maria de Almeida e cinco administradores do grupo GPS por corrupção, peculato, falsificação de documento, burla qualificada e abuso de confiança no caso dos colégios privados/grupo GPS, informou a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) na sexta-feira

Na acusação do Ministério Público (MP), a que a Lusa teve acesso, são descritas várias situações de uso indevido de verbas provenientes dos contratos de associação com o Estado — celebrados para colmatar falhas da rede escolar pública e permitir a frequência escolar em colégios privados em zonas com carência pública. Segundo o MP, os arguidos terão alegadamente feito uso indevido de 30 milhões de euros dos mais de 300 milhões pagos pelo Estado no âmbito deste contrato.» [Observador]
   
Parecer:

O que será feito dos defensores dos subsídios aos colégios privados, que costumam ser tão animados e agora desapareceram?
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Procurem-se.»

 Ryanair
   
«A Ryanair ameaça reduzir o número de aviões nas bases que tem em Portugal se a greve dos tripulantes de cabine no período da Páscoa avançar, num memorando enviado aos trabalhadores, a que a agência Lusa teve acesso.

“Se estas greves desnecessárias avançarem, vão perder salário, prejudicar o bom nome dos tripulantes de cabine da Ryanair junto dos nossos clientes e teremos que rever o número de aeronaves actualmente baseadas em Portugal”, lê-se no documento assinado por Eddie Wilson, responsável pelos recursos humanos da companhia aérea.

O Sindicato Nacional Do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) convocou uma greve de tripulantes de cabine da Ryanair para quinta-feira, domingo de Páscoa e quarta-feira (dia 4 de Abril), porque as conversações com a transportadora de baixo custo “verificaram-se infrutíferas”.» [Público]
   
Parecer:

É a primeira vez que os sindicatos dos transportes aéreos enfrentam uma ameãça frontal.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»