segunda-feira, março 26, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
José Silvano (futuro) secretário-geral do PSD

O novo secretário-geral teve uma entrada de leão, depois de ter garantido a coragem com a condição de transmontano, agora enterra o seu antecessor dizendo que não embelezou o currículo, razão pela qual este é simples. O homem parece ignorar que há quem tenha bons currículos sem necessidade de os embelezar e que há quem tenha currículos pouco eruditos porque são personagens sem nada que cheire a erudição. Enfim, uma es colha de Rui Rio que promete.

«José Silvano, o sucessor de Feliciano Barreiras Duarte, não embelezou o currículo nem é “demasiado erudito”. Diz-se simples e pragmático. E elogia o atual “contexto mais favorável” para a regionalização.» [Expresso]

      
 Campos sem aves?
   
«Não o perceberemos nas cidades onde a maioria das populações passa grande parte das suas vidas. Mas sabem os que habitam as zonas rurais, e irão percebê-lo os que as visitam regularmente. Irão perceber como, se nada for alterado, se tornarão progressivamente menos ricos em diversidade e menos variados os sons que enchem o ar. Esta semana foi dado o alerta: a biodiversidade das zonas rurais europeias está ameaçada. Nas últimas três décadas, os 28 países da União Europeia viram a sua população de pássaros nessas áreas sofrer um decréscimo de 55%. Em Portugal, os dados recolhidos apontam para o mesmo fenómeno. As causas? Os pesticidas, a agricultura intensiva e as monoculturas promovidas pela Política Agrícola Comum da União Europeia.

Na terça-feira, o Le Monde dava a notícia. Dois estudos franceses, um do Museu Nacional de História Natural, outro do Centro Nacional de Pesquisa Científica, feitos de forma independente e aplicando metodologias diferentes, apontavam para as mesmas conclusões. Nos últimos 15 anos, desapareceu um terço da população de aves nas zonas campestres do interior do país - a perdiz registou um decréscimo de 80%, a migratória petinha-dos-prados diminui a sua presença em 70% e um quarto das cotovias também desapareceu. Em Inglaterra, noticiava o Guardian na quarta-feira, a situação é igualmente alarmante: 56% da população de pássaros rurais perdida entre 1970 e 2015. A situação é descrita no jornal inglês como "catastrófica", o francês alerta para a "proximidade de uma catástrofe ecológica".» [Público]
   
Parecer:

Não seria ma´ideia se o ministro do Ambiente se preocupasse com estes problemas.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sugira-se.»
  
 Alguém quer "fazer a cama" a Cândida Almeida
   
«Cândida Almeida, ex-diretora do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que foi a primeira testemunha a depor na operação Fizz, que envolve o ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente, terá levado para casa caixotes com dezenas de investigações sobre este processo, quando ainda estava a decorrer. No texto integral da inspeção a que a TVI teve acesso, descreve-se que no tempo em que Cândida Almeida estava à frente do DCIAP este departamento vivia uma situação caótica, com vários processos desaparecidos, alguns deles que a própria diretora teria levado para casa em caixotes. Segundo a TVI, foram 35 dossiês, que acabaram por chegar às mãos dos inspetores, em janeiro de 2014.

Parte desta auditoria já era conhecida, mas, verifica-se agora pela notícia da TVI, tinham sido omitidas pasagens do documento com situações que punham em causa a conduta de ex-diretora do DCIAP.

Para além dos 15 dossiês que a inspeção anotou como faltosos e com informação que estaria em poder da procuradora do Ministério Público, havia ainda 22 documentos que dizem respeito aos rendimentos do ex-vice-Presidente de Angola.» [Expresso]
   
Parecer:

Esta justiça portuguesa começa a estar putrefacta, parece que nesta luta sem quartel pelo lugar de Procurador-Geral da República vale tudo.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»

 Quem diria?
   
«A presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP), Teodora Cardoso, admite que o Governo liderado por António Costa tem "boas condições" para ser reeleito, desde que continue no mesmo caminho e evite medidas que desfaçam os resultados alcançados.

Numa entrevista à agência Lusa, Teodora Cardoso considera que a opinião pública "evoluiu bastante, no sentido de perceber que houve medidas que eram necessárias e que foram tomadas [durante o período da 'troika'] e que agora convém não estragar".

É nesse sentido que a presidente do CFP afirma que "o Governo tem boas condições para ser reeleito, continuando neste caminho e não fazendo coisas que o desfaçam", mostrando-se confiante de que o executivo de António Costa "percebe isto" e que "agora é uma questão de gerir bem este caminho até lá".» [Expresso]
   
Parecer:

Esta senhora continua a surpreender.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»