segunda-feira, março 12, 2018

IDAS ÀS PERNAS E GOLOS EM FORA DE JOGO

Teria sido um grande golo, não só daria a vitória como também o campeonato, era um golo que levaria o melhor jogador adversário para a segunda divisão e o treinador para o desemprego. Mas o golo foi anulado por fora de jogo e poucos dias depois ninguém fala disso. É o que acontece todos os dias no mundo da bola, grandes golos que não chegam a ser, grandes defesas, num momento a equipa é campeã, no outro derrotada e o treinador passa de herói a incompetente.

Mas o mundo das bola está a contaminar a sociedade portuguesa e, em particular a justiça. na primeira metade da semana discutimos os jogos do domingo, analisamos as jogadas, analisamos cada decisão da arbitragem, fazemos previsões para o campeonato, analisamos o calendário dos jogos que faltam. Na outra metade da semanas esquecemos a jornada da bola e fazemos o mesmo em relação á jornada da justiça, com casos judiciais a um ritmo semanal, parece que há um campeonato na justiça, até parece que a taça a entregar ao campeão será o cargo de Procurador-Geral da República.

Se o Mário Centeno fosse ponta de lança e a justiça fosse a equipa adversária o seu "caso de corrupção" é o equivalente a uma tentativa de partir a perna ao melhor jogador do adversário, seria motivo para a expulsão do adversário e de um castigo tão grande que se este estivesse em fim de carreira iria logo para a aposentação, digamos que seria "jubilado". Mas como é ministro e a violenta canelada foi-lhe dada por jogadores que são modelos de humildade e acima de qualquer suspeita, o ministro que fique agarrado à perna e outros que se cuidem pois vão ter o mesmo destino.

A violenta canelada, que ia pondo fim ao campeonato da equipa do António Costa, passou em claro, o perigoso jogador continua impune e pode continuar por aí a dar mais caneladas e a marcar golos em fora de jogo, é esta a verdade e a justiça desportiva dos nossos campeonatos da bola. Todas as semanas temos jogo, quando não é o Centeno é o Rangel e ao mesmo tempo destes e de muitos outros temos o Luís Filpe.

Ainda esta semana vimos um golo em fora de jogo que nenhum VAR, nem mesmo algum árbitro zarolho deixaria escapar, mas a verdade é que passou em claro e contou para o campeonato. Ao que parece um perigoso bandido de de Guimarães foi preso, roubou uma password e com esta conseguiu ver os entrefolhos do rabo de muitos processos, tendo andado a vender segredos a troco de valiosas camisolas. O homem entrou nos ficheiros informático  ultra secretos dos processos mais sensíveis do campeonato.

Mas o mais divertido é que a capitã da equipa da apanhou o comboio na estação da SIC e com o Expresso da Meia (SIC) noite quase a chegar ao destino descuidou-se e disso algo muito engraçado, que na fase do inquérito a utilização do CITIUS não é obrigatório e acrescentou "O DCIAP não usa o CITIUS!" (53´02´´). Ora, se nada dos tais processos vasculhados pelo bandido de Guimarães não está no CITIUS o que é que o homem roubou e vendeu a troco de camisolas? Como é que o ladrão está em prisão preventiva se no galinheiro não havia galinhas?

Foi uma viagem de comboio desastrosa em que ficámos a saber que se a pobre capitã da equipa das caneladas sabe tanto de futebol como de informática aquilo é ainda pior do que o Clube Futebol Canelas 2010, por este mandar ainda o “Macaco” lá do sítio consegue chegar a campeão e leva a taça como o cargo de Procurador-Geral lá dentro.