Jumento do Dia
Há tanto por onde Rio fazer oposição que esta ideia de se aproveitar dos incêndios até cheira a queimado. Ainda por cima o líder do PSD, precisando de valorizar a sua visita a Arganil, deu um tiro no pe´ao desvalorizar a campanha do governo e de Marcelo para a limpeza das matas. A sua crítica caiu tão mal que a visita Arganil acabou por ser vítima do seu próprio fumo.
Rui Rio insiste em marcar a sua liderança com asneiras sucessivas, algumas delas revelando alguma falta de inteligência. A continuar assim há mesmo uma grane probabilidade de não se aguentar até ás legislativas e pela pontaria que tem na escolha de secretários-gerais a probabilidade disso suceder é mesmo grande.
«O presidente do PSD, Rui Rio, visita esta segunda-feira zonas ardidas nos incêndios de 2017 no distrito de Coimbra, naquela que é a sua primeira visita a localidades vítimas dos fogos do ano passado. Rui Rio será acompanhado pelo líder parlamentar, Fernando Negrão, bem como pelos deputados Rubina Berardo, Margarida Mano, Maurício Marques e outros eleitos pelo círculo eleitoral de Coimbra. A visita começa de manhã na Biblioteca Municipal de Arganil. Rui Rio reunir-se à com a Associação de Produtores Florestais e com os Bombeiros de Arganil.
Sexta-feira, reagindo ao relatório da Comissão Técnica Independente sobre os incêndios de Outubro, referindo-se à acção de limpeza das matas realizada pelo Governo e pelo Presidente da República, o líder do PSD reconheceu que a acção “tem mérito”, acrescentando porém, que “perante um relatório que responsabiliza o Governo, o Governo faz uma acção de marketing”.
No sábado, o primeiro-ministro reagiu afirmando tratar-se de uma “acção de comunicação” e o Presidente retorquiu: “Quem quer que seja governo hoje ou daqui a 4, 8, 12, 16 anos seja governo só ganha com a vitória neste combate. Quem achar o contrário é porque não tenciona ser governo tão depressa.”
Na conferência de imprensa de sexta-feira, Rui Rio afirmou, por outro lado, que o papel da oposição “é pressionar o Governo a fazer direito o que até agora fez torto”. Já sobre as conclusões do relatório advogou que elas mostram que “as populações foram deixadas ao abandono” e que “pior, ainda não foram disponibilizados os meios solicitados”. Concluindo: “Este é um ponto muito sério, morreu muita gente”.» [Público]
E a culpa foi do Putin?
«A 23 de junho de 2016, mais de 17 milhões de britânicos [17,410,742] votaram a favor da saída do Reino Unido da União Europeia. Num referendo que teve 72,21% de participação, cerca de 16 milhões de britânicos [16,141,241] disseram o contrário. Para Christopher Wylie, o homem que denunciou a história da Cambridge Analytica, “o Brexit nunca teria acontecido sem a Cambridge Analytica” (disse o ex-funcionário da empresa em entrevista ao El País). Mas porquê?
O ex-colaborador da polémica empresa de análise de dados diz que ajudou Donald Trump a vencer as eleições com dados de mais de 50 milhões de perfis de Facebook. Este sábado, o The Observer divulgou que Shahmir Sanni, um britânico eurocético que foi voluntário de uma associação pró-Brexit, foi usado como testa de ferro pela associação “BeLeave” para canalizar dinheiro para a canadiana aggregateIQ, uma empresa criada pelo grupo SCL (o mesmo grupo que detém a Cambridge Analytica).» [Observador]
Parecer:
Parece que as acusações a Putin estão servindo para esconder a utilização das redes sociais em importantes actos eleitorais, até agora já elegeram o presidente dos EUA e forçaram a saída do Reino Unido da UE.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Investigue-se..»
A coisa está feia para a "família real" angolana
«O filho do ex-Presidente angolano, José Filomeno dos Santos, e o ex-governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Valter Filipe, foram constituídos arguidos pela justiça angolana pela prática suspeita de crimes de defraudação, peculato e associação criminosa, entre outros.
De acordo com a informação transmitida pelo subprocurador-geral da República de Angola, Luís Benza Zanga, em causa está “uma transferência ilegal de 500 de milhões de dólares de Angola para o exterior [um banco britânico], consubstanciada no crime de burla e peculato”, que, além de José Filomeno dos Santos e Valter Filipe, levou à constituição de outros três arguidos, um dos quais, Jorge Gaudens Pontes Sebastião, sócio do filho do ex-Presidente angolano.
"Foram constituídos arguidos e ouvidos nessa qualidade, acerca dos crimes de burla por defraudação, peculato, associação criminosa, tráfico de influências e branqueamento de capitais”, explicou o subprocurador-geral que anteriormente tinha já revelado que José Filomeno dos Santos tinha sido constituído arguido e estava impedido de sair do país."
“Deriva do facto de ter havido , explicou Luís Benza Zanga, que é também diretor da Direção Nacional de Investigação e Ação Penal (DNIAP) de Angola.» [Observador]
Parecer:
OP aviso para que Eduardo dos Santos abandone a liderança do MPLA parece estar dado.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pela demissão de Eduardo dos Santos.»
Ritual diplomático
«O número de países que anunciaram a expulsão de diplomatas russos na sequência da tentativa de assassínio do antigo espião Sergei Skripal, no Reino Unido, continua a crescer – são já 19, num grupo em que, no entanto, Portugal está de fora.
Numa declaração no Parlamento britânico, Theresa May disse que esta é “a maior expulsão colectiva de agentes de espionagem russos na História”. A primeira-ministra britânica diz que Londres tem “provas de que a Rússia investigou maneiras de distribuir agentes de nervos para assassínios”, e acrescentou que não há nenhum outro país além da Rússia “com uma combinação da capacidade, intenção e motivo para levar a cabo o ataque de Salisbury”.» [Público]
Parecer:
A última vez que a Europa boicotou as trocas comerciais quem se tramou foram os produtores europeus, a começar suinicultores portugueses.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Pergunte-se se algum país vai boicotar o Reino Unido pela ajuda da extrema-direita ao Brexit..»
É possível lançar um novo partido?
«Mendo Henriques foi reeleito presidente do Nós, Cidadãos!, partido fundado há três anos, numa altura em que troika e austeridade eram denominadores mais do que comuns no país. Desde então, houve “pequenas melhorias”, mas as “grandes ameaças” continuam, analisa Mendo Henriques em entrevista ao Notícias ao Minuto.
De acordo com a sua visão, os indicadores económicos, todos eles agora positivos, “não contam a verdade toda”. Sobre o Nós, Cidadãos!, que está já de olhos postos nas próximas eleições, Mendo Henriques sublinha que o eixo principal é reformar aquilo que dá força à democracia: a participação cívica e a proximidade às pessoas”, sem nunca desligar a realidade política portuguesa da tendência a nível europeu.
Quanto ao programa, refere que está a ser afinado, com base em “três ingredientes”: a social-democracia, o liberalismo social e a democracia cristã. São estes os ingredientes que vão permitir o partido apresentar “propostas inovadoras” em prol do bem comum.
O Nós, Cidadãos! não afasta a possibilidade de se coligar, no futuro, com qualquer que seja o partido, da Direita à Esquerda, e lamenta que a comunicação social dê voz, maioritariamente, às grandes forças políticas, PS e PSD. “O resto é mais ou menos paisagem”, crítica. » [Notícias ao Minuto]
Parecer:
A não ser quando amparados por uma grande dose de populismo, de preferência promovido a partir de Belém, os novos partidos criados t~em sido condenados ao fracasso. É um tema que merece reflexão.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Analise-se.»