domingo, abril 14, 2013

Semanada


O pensamento político de Passos Coelho está ao nível do velho anúncio da aguardente nova, ai não há aldeia Nova? Então saia um pastel de bacalhau. Sempre que de alguma forma o país rejeita um dos pontos do programa do Estado Novo de Vítor Gaspar e do BCE avança logo com outra medida que já estava em carteira. Se o país não aceitou o golpe da TSU levou um aumento brutal do IRS, se o TC rejeitou o corte dos subsídios recorre-se a um corte de salários equivalente que no passado já foi considerado inconstitucional. O país deixou de ser governado pelos portugueses, o governo português não passa de uma seita de capatazes do BCE que aceitam trair o seu país para salvar o euro.
 
Num governo de um primeiro-ministro verde fica bem um ministro Maduro, o problema é que neste governo não faz sentido um ministro com funções de coordenação política, neste governo há uma coordenação financeira e quem manda não é o primeiro-ministro mas sim o Gaspar. Aliás, a escolha de Maduro é interessante pois não é o oposto do Relvas como muitos dizem, o novo ministro é o oposto do Gaspar, é mesmo tudo o que o Gaspar gostava de ser, um tem classe, o outro não passa de um funcionário bem sucedido com algumas cunhas no BCE. O Maduro brilha, o Gaspar é uma lamparina. O problema vai ser quando Maduro perceber que está a mais num governo onde todos deverão ser ou parecer imbecis para que a lamparina possa brilhar na escuridão que a rodeia.
 
Vítor Gaspar está à beira de se transformar no caso Gaspar, é detestado no país, no governo e no PSD mas é mantido no governo como se fosse um guarda-livros designado pelo imperador César para a Lusitânia ocupada. Outra personalidade que começa a ser um caso é Cavaco Silva, depois do desaparecimento multiplicaram-se as aparições dos discípulos de Belém  a desancar num governo que se assume como sendo afilhado presidencial.
  
Depois de ter pedido uma remodelação no governo que se saldou pela multiplicação dos pãezinhos, com um Relvas falso doutor a ser substituído por dois doutores a sério, Paulo Portas achou que tinha mai que fazer do que ir à posse dos relvinhas, até porque corria um sério risco de ter ao seu lado o seu grande amigo Álvaro. Fica-se à espera de saber o que diz o senhor da Unicer.