segunda-feira, abril 15, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
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Alcochete
   
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Tejo [A. Cabral]

Jumento do dia
  
Passos Coelho
 
O primeiro-ministro que seguia a cartilha do seu príncipe regente e revelava um desprezo total pela temática do crescimento, até se estava lixando para as eleições, começa a dar sinais de desespero pois percebe que não só vai perder todas as próximas eleições como corre um sério risco de transformar o PSD no partido do taxi, o que depois dos negócios de um seu ex-ministro na Suíça nem é novidade.

O problema é que o liberal Passos Coelho quando está desesperado perde o tino e fala como o falecido Hugo Chavez. Os banqueiros que se cuidem, Passos Coelho e Gaspar estão de olho neles.
 
«O primeiro-ministro afirmou hoje que o Estado vai atuar para que a banca reanime o crédito à economia, depois de assinalar o apoio à recapitalização de alguns bancos e os meios dados à Caixa Geral de Depósitos.

"O Estado - que, de resto, suportou a recapitalização de alguns bancos privados e que dotou a Caixa Geral de Depósitos dos meios necessários, de rácios de capital necessários para exercer esse papel - não deixará de ativamente, junto dessas instituições, garantir que tudo o que elas podem fazer para reanimar o crédito à economia seja feito", declarou Pedro Passos Coelho aos jornalistas, no final de uma reunião do Conselho Nacional do PSD, em Lisboa.

Pedro Passos Coelho disse ter sido essa a posição que assumiu nesta reunião do órgão máximo do PSD entre congressos sobre o papel da banca.» [Expresso]

 A propósito do despacho de Vítor Gaspar
 
 
Começam a haver semelhanças entre o PREC do Gaspar e o PREC de 1975, Pinheiro de Azevedo paralisa o governo fazendo greve, o Gaspar paralisa o Estado fazendo greve aos pagamentos.
 
 Paulo Portas

Paulo Portas não só faltou ao funeral de Miguel Relvas como está cada vez mais activo num momento em que o seu ventrioquo Pires de Lima sugeriu que o ministério da Economia ganhasse estatuto, passando o governo a contar com um ministro de  Estado e da Economia, ao menso nível que o Gaspar. É evidente que Portas é cada vez mais ministro da Economia e mais os ministro dos Negócios Estrangeiros e quer que o seu estatuto na coligação partidária tenha expressão no governo.

 A recessão desnecessária e a recessão necessária
 
No momento em que Passos Coelho decidiu assumir um estatuto de Kim Jung-un em relação à banca com aquele ar cagão que todos lhe conhecemos teve um detalhe que passou despercebido. Ao referir-se à recessão provocada pela falta de crédito à economia considerou-a como "recessão desnecessária". Isto é, temos a recessão desnecessária, a provocada pelos agentes económicas, e a necessária e tem fundamento nos desvios colossais inventados ou provocados pela incompetência ou má fé do governo.   

 E o Banco de Portugal

Os capatazes locais informaram os patrões da troika que vão transformar o estado num modelo social típico do comunismo, usando médias vão reduzir a média salarial dos funcionários públicos à do sector privado, pouco importando as funções ou categorias, a média salarial do hospital de Santa Maria deve ficar ao nível de uma carpintaria.
  
Resta saber se o governo vai seguir o modelo das instituições europeias onde os funcionários do BCE têm o estatuto dos restantes funcionários das outras instituições europeias ou se vai continuar a tratar o Banco de Portugal como uma off-shore suíça instalada em Portugal.
 
 Ministro do Estado e da Economia

Faz todo o sentido, por causa do "estado" a que chegou a economia.

 Este precisa de ir ao otorrino
 
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 Gaspar, "victor"
   
«1 Durante estes quase dois anos, o primeiro-ministro defendeu Miguel Relvas contra tudo e contra todos. Não houve incompetência grosseira que Passos Coelho não avalizasse, não houve mentira descarada que lhe não perdoasse, não houve equivalência académica suspeita que o preocupasse. Felizmente, o não-assunto académico chocou com um ministro corajoso e não houve maneira de Passos Coelho segurar a sua alma gémea no Governo.

Com Vítor Gaspar é a mesma coisa: não há clamoroso erro, não há falha gritante no atingir de metas, não há desvio colossal, não há disparar do desemprego, não há agravamento do buraco nas contas públicas, não há recessão, não há teimosia contra a Constituição que não aumente o poder do revolucionário ministro. E como Vítor Gaspar precisou de fazer exame a mais de três cadeiras para se licenciar, vamos continuar, contra todos os factos, contra todas as evidências, a ver o seu poder crescer. Pode o primeiro-ministro ver as pessoas a desesperar sem emprego e sem dinheiro, a miséria a crescer nas ruas, em resultado da política criminosa de Gaspar e camaradas troikanos, que não o deixará de acompanhar de lira em punho enquanto o País arde aos seus pés. Talvez até convide os ministros alemães, finlandeses e outros tratantes europeus para assistir ao espectáculo. Os tais que se atrevem a mandar bitaites sobre os nossos assuntos, sem que o nosso primeiro-ministro ou o nosso Presidente da República se indignem e os mandem abaixo de Braga.

Depois de mais um chumbo no Constitucional e quando já toda a gente sabe da catástrofe na execução orçamental do primeiro trimestre que será anunciada dia 23, nada melhor que mais uma exibição do poder de Gaspar.

Começou com a ida de Passos Coelho e de Vítor Gaspar a Belém. A que propósito foi também o ministro das Finanças? Passos Coelho não era capaz de explicar a posição do Governo? Quem foi cobrir quem? Passos Coelho, Vítor Gaspar ou Vítor Gaspar, Passos Coelho?

Depois, a comunicação ao País do primeiro-ministro em que este, de forma cristalina, explicou que estava tudo a correr às mil maravilhas, mas que o Tribunal Constitucional tinha estragado a fantástica obra feita e a fabulosa em preparação. Um discurso para a história, aliás. Mentir descaradamente aos portugueses e fazer do guardião da Constituição o principal inimigo é obra. Talvez tentar negociar, talvez aproveitar estes dinheiritos e devolvê-los à economia. Nada disso. A cartilha de Gaspar não deixa e essa é sagrada.

Para concluir a gloriosa semana de Gaspar tivemos o já famoso despacho em que todas as despesas do Estado não contratadas (também era melhor) ficam dependentes da autorização do ministro até ver. Ou seja, um verdadeiro estado de excepção.

Claro que ninguém acredita na parte do despacho em que se refere que ficava tudo suspenso por causa do acórdão do Tribunal. Se houvesse um despacho destes por cada desvio orçamental já nem respirar se podia sem a autorização de Gaspar. Em frente, as mentiras já são tantas que para a nossa sanidade mental é melhor esquecermos algumas.

Compreende-se o despacho: os outros ministros são incompetentes e precisam de ser levados pela mão pelo infalível Gaspar. Entende-se: os camaradas europeus do ministro, os revolucionários que vão construir o homem novo, precisam de saber que é ele que manda para aliviarem os prazos de pagamento da dívida.

E ainda havia quem julgasse Gaspar remodelável.

2 Se o impressionante curriculum de Miguel Poiares Maduro como académico e conselheiro lhe tiver dado capacidade para executar políticas no terreno, para coordenar politicamente o Governo, para negociar com as autarquias, para tratar da comunicação do Executivo, para implementar o QREN, para tutelar a comunicação social e mais umas tantas tarefas, o Governo fez uma excelente aquisição.

Se o novo ministro conseguir mudar a opinião de Gaspar e Passos sobre o caminho que a Europa deve tomar - é defensor, por exemplo, dos eurobonds - e conseguir impor algumas das suas ideias sobre comunicação social - defende que devemos conhecer os verdadeiros donos dos media - já não era nada, mesmo nada, mau.

Que o Governo ganhou com a troca não há dúvida. Que é o oposto total a Relvas também. Já não é pouco.

Digamos que para um homem com muita experiência política e habituado a gerir dossiers complicados não seria nada fácil; para alguém que vai ter esse tipo de experiências pela primeira vez, ainda para mais nas presentes circunstâncias, será ainda mais difícil.

3 Como seria de esperar não houve remodelação. Mais uma vez o CDS ficou a falar sozinho.» [DN]
   
Autor:
 
Pedro Marques Lopes.
   

   
   
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