sexta-feira, abril 05, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
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Beja
   
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Porto de Mós [A. Cabral]

Jumento do dia

Vítor Bento, cavaquista
 
Quem ouve Vítor Bento falar dos políticos do passado até pensa que este conservador que não se percebe porquê tem vindo a ser tratado na comunicação social como um economista de vulto, até pode pensar que estamos perante alguém do futuro ou apoiante de novas gerações políticas. Não, Vítor Bento deve muita da sua notoriedade a Cavaco Silva em cuja sobra tem ganho notoriedade.

Compreende-se bem que alguém tão cavaquista como Vítor Bento e com uma idade que já aconselha alguns cuidados geriátricos fale de políticos do passado para atacar o político mais odiado pelo seu jovem Cavaco Silva.

Começa a ser enjoativo ouvir algumas personalidades falarem ao país como se tivessem o estatuto de grandes filósofos da nação. Se Vítor Bento tivesse pensado nestes termos quando os políticos do PSD controlavam em exclusivo o comentário político, como é o caso de outro Conselheiro de Estado do PSD, ainda se compreenderia, mas ver este substituto de Dias Loureiro no Conselho de Estado vir agora a dar lições de moral ao país até cheira mal, digamos que não será um grande exemplo de honestidade intelectual, qualidade que fica bem a um economista que se preze e goste de falar em público.
 
«O economista Vítor Bento considerou ontem que falta a Portugal uma sociedade civil forte, acusando a comunicação social de ter responsabilidades nesta área e ilustrando com os convites feitos a antigos políticos para serem comentadores nas televisões.

"O que nos falta é uma sociedade civil forte. A comunicação social tem muita responsabilidade nisso. Por exemplo, quando as televisões convidam políticos do passado para serem comentadores políticos. O que interessa em Portugal é o espetáculo", criticou Vítor Bento.» [DN]

 A demissão de Miguel Relvas
 
Foi um cheirinho a Abril ainda que não passe de uma manobra de diversão, Relvas faz de boi da piranha para que a manada governamental passe incólume o rio. Este governo é o Gaspar e enquanto este estiver até a demissão de Passos Coelho seria indiferente.
 
 Curtas sobre a demissão de Miguel Relvas

 
CDS 1 - 0 PSD.
  
Vamos sugerir que Relvas vá para comentador da CM TV.
  
Cá se fazem, cá se pagam, gozaram tanto com Sócrates que inauguram a queda governamental com a promoção de Relvas a burro. Resta saber se também não terá pedido equivalência a burro.
  
Cavaco terá escrito alguma coisa sobre isto no passado que justifique o seu silêncio sobre o tema Relvas?
  
O encobridor Crato não se demite nem é demitido?
  
Passos e Relvas são inseparáveis, um sabe escrever e o outro sabe falar. E agora?
  
Relvas estava à espera de ter Sócrates como comentador para se demitir?
  
Relvas vai seguir a filosofia do seu governo e aproveita este despedimento para emigrar e ir em busca de uma zona de conforto?
  
Já vimos primeiros-ministros demitirem-se com meno pompa e cagança do que se viu com este Relvas.

Barco de quatro ao fundo!

Relvas escolheu a Quinta para evitar a moção de censura, para se antecipar ao acórdão do Constitucional ou para apanhar o país distraído com o Benfica?

É uma perda irreparável, depois da demissão de Relvas este governo só conseguirá dar vontade de chorar.

Relvas fez questão de se demitir com um discurso maior do que o da tomada de posse de Obama que aproveitou para transformar o Passos Coelho na versão política da Santinha da Ladeira, depois do discursos se Passos fosse a eleições teria maioria absoluta.

Miguel Relvas ter-se-á despedido de Paulo Portas?

Passos Coelho devia declarar o dia 4 de Abril como feriado nacional.

A decisão de Relvas foi discutida no grupo de coordenação da coligação criado depois da crise política do OE2012?

 Governo em remodelação permanente

Este governo é remodelado de forma original, até parece que Passos pediu um empréstimo e está a pagar a remodelação às prestações.
  

  
 "É o capitalismo, estúpido!"
   
«Já se sabe que a ideologia neoliberal não respeita nem as leis da economia nem as obrigações do direito. Os enredos governamentais apoiam-se na espontaneidade dos mecanismos económicos e na natureza dos acasos. Economistas ilustres como Daniel Bessa ou Ferreira do Amaral e professores universitários como Paulo Morais têm--no dito, incansavelmente, acentuando as características complexas do poder e das liberdades. As consequências são claras: a democracia, tal como a concebemos e foi estruturada na Europa Social, está desfigurada e, por este caminho, condenada a desaparecer. Quando Viriato Soromenho-Marques escreve que a Europa morreu em Chipre, ele adverte-nos de que o intervencionismo económico, tal como aconteceu naquele país, constitui uma ameaça às liberdades.
  
Estamos no interior de uma nova guerra, cujas conclusões são imprevisíveis. Parafraseando o outro: "É o capitalismo, estúpido!" Do ponto de vista desta irracionalidade política, não há lugar para o sujeito plural, para a diversidade de opiniões. "Não há alternativa", frase tão ao gosto de Pedro Passos Coelho, não lhe pertence em sistema de exclusividade: faz parte do breviário da "nova" doutrina, agora, embora tardiamente, condenada pela Igreja católica.
  
"É o capitalismo, estúpido!", decorre da circunstância de não se lhe haver opositor, e as críticas conhecidas (Badiou, por exemplo, L'Hypothèse Com- muniste) encontrarem pela frente um concerto de estipendiados, bem pago e bem organizado, o qual faz eco da frase "Salvemos os bancos!", salvaguarda de um sistema que incorporou "o fim das ideologias" como teoria. É desolador o deserto de ideias à nossa volta. A paixão pelo pensamento crítico parece ter desaparecido; e as páginas dos jornais, habitualmente portadoras de sugestões, incentivando à leitura e ao debate, consagram-se à superfície das coisas, às futilidades e ao desprezo pelas causas. O ser humano está concebido como homo oeconomicus, e a sua existência regida pela rendibilidade e subordinada aos grandes interesses económicos.
  
Uma certa Europa do humanismo e da solidariedade morreu em Chipre, como acentuou Soromenho-Marques. E talvez para sempre, porque a capitulação daquele pequeno país prova que a mutação do ideal social em um Estado omnipotente e autoritário (a Alemanha é que manda, até por interpostas economias) não é capricho do acaso, sim um projecto hegemónico e perigosíssimo, que pode conduzir à guerra (avisou Jean-Claude Juncker).
  
Mas há uma pergunta a formular: alguma vez essa Europa do humanismo e da solidariedade existiu? É o capitalismo que ordena as coisas e a própria vida das pessoas. O capitalismo que chegou excessivamente longe, com o apoio das irresponsabilidades e das cedências de quem devia ter uma posição moral irredutível. Nesta conjuntura avultam muitas traições e imprevidências. Chegámos a esta miséria. E agora?» [DN]
   
Autor:
 
Baptista-Bastos.   

 Vítor Gaspar no Bundestag
   
«Com o seu habitual zelo religioso (mesmo que seja a um deus desconhecido), Vítor Gaspar falou quarta-feira aos deputados em Lisboa, como se estivesse no Bundestag, com Merkel a seu lado. Foi incapaz de reconhecer o caminho suicidário do "ajustamento". Incapaz de compreender que a raiz do mal que poderá matar a Europa reside no carácter monstruoso da arquitectura da Zona Euro (que combina perigosamente união monetária com fragmentação orçamental, sem cuidar da união política). Pelo contrário, essa arquitectura é tida como um inalterável fim da história. Custe o que custar, doa a quem doer. Aconselho a Vítor Gaspar a leitura de vozes sensatas e sábias que, na Alemanha, alertam para a catástrofe em que Berlim nos ameaça mergulhar a todos. O grande sociólogo Ulrich Beck, num ensaio com o título significativo de "A Europa Alemã", chama a atenção para o modo como Merkel rompeu as regras do jogo na Europa, passando da cooperação para a imposição: "Porém, este jogo de soma positiva da cooperação transformou-se, ao longo da crise do euro, num jogo de soma nula e alguns participantes têm de se conformar com perdas enormes de poder." Do mesmo modo, o jornalista e editor Jakob Augstein alertava para o egoísmo da chanceler: "A ideia de Merkel para a integração europeia consiste em simplesmente afirmar que a Europa se deve inclinar à vontade política alemã." Tudo isso conduz, segundo U. Beck, a uma encruzilhada: "(...) a crise do euro tirou definitivamente a legitimidade à Europa neoliberal. A consequência é a assimetria entre o poder e a legitimidade. Um grande poder e pouca legitimidade do lado do capital e dos Estados, um pequeno poder e uma elevada legitimidade do lado daqueles que protestam." A Europa só se salvará quando a legitimidade se tornar poder. Mas para isso não basta citar Tito Lívio. É preciso compreendê-lo.» [DN]
   
Autor:
 
Viriato Soromenho-Marques.
      
 Ainda há duas portuguesas felizes
   
«O que é uma mentira? Uma necessidade, para fintarmos as nossas limitações e faltas. Fizeste os deveres? Sô professor, eu fiz, mas ao vir p'ra escola um cão fugiu-me com o caderno. O carro está pronto? Está, mas falta vir uma peça do armazém. Andas com ela? Credo, só tenho olhos para ti... Uma mentira é sempre um pedido de socorro. Fizeram bem os que mandaram comunicados falsos do Governo, no 1.º de abril, ao se darem por nome Mayday Lisboa. "Mayday", pelo Código Internacional de Sinais, lançam os dos barcos a naufragar e os dos aviões a cair. "Ajudem-me", "ajudem-me", era o que diziam, afinal, os comunicados falsos, assinalando coisas que o Governo estaria a fazer, contratar professores, enfermeiros, isto e aquilo, quando a época é mais de nem isto nem aquilo. Logo no dia seguinte o Governo desmentiu e os do Mayday Lisboa assumiram a autoria desiludida. Eis o que define bem os nossos tempos: o 1.º de abril, porque de mentiras, passa a ser o único dia em que os portugueses podem ter ilusões... O dia 2 e seguintes já são para ser vividos na vil tristeza. Por todos? Não! Ainda ontem, a 3 de abril, na comissão parlamentar de Saúde, duas deputadas, Isabel Galriça (CDS-PP) e Laura Esperança (PSD), recusaram esmorecer. Discursaram elas a Paulo Macedo: "Sr. ministro, parabéns por contratar 600 novos enfermeiros!" Tinha sido a notícia do Mayday... Caridoso, o ministro não desmentiu, deixou-as viver felizes mais uns instantes.» [DN]
   
Autor:
 
Ferreira Fernandes.
   
  
     
 Cavaco esqueceu-se do que fez
   
«O Presidente da República sublinhou hoje a necessidade de "produzir mais para exportar mais e importar menos", considerando que a agricultura e a pecuária podem dar um contributo significativo para reduzir o endividamento em relação ao exterior.

"Portugal no ano que terminou importou cerca de sete mil e 100 milhões de euros de produtos alimentares de origem agrícola, exportou quatro mil e 200 milhões de euros de exportações de origem agrícola. Portanto, nós temos de conseguir produzir mais para exportar mais e importar menos", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, durante a apresentação da nova plataforma Peço Português.» [i]
   
Parecer:
 
Ouvir Cavaco falar de aumentar a produção agrícola só pode suscitar uma gargalhada.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Cavaco se esqueceu o que fez quando foi primeiro-ministro.»
      
 Pobre Relvas, entra cavalo e sai asno
   
«O gabinete do primeiro-ministro acaba de confirmar que o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, apresentou a sua demissão ao primeiro-ministro. O PÚBLICO confirmou que o ministro da Educação vai anular a licenciatura do agora ex-ministro.

Tal como o PÚBLICO havia noticiado na quarta-feira, o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, vai deixar o Governo.

Miguel Relvas marcou uma conferência de imprensa para falar sobre a sua demissão, mas não disse uma única palavra sobre o caso da sua licenciatura. "Sei que só a história me julgará convenientemente e com distância", afirmou o ministro demis~sionário.» [Público]
   
Parecer:
 
E parte armado em Fidel Castro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   
 Sem vergonha na cara
   
«O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, afirmou nesta quinta-feira, em Viena, que os Estados-membros que enfrentam crises financeiras não devem culpar os outros pelos seus problemas e apelou à solidariedade das economias mais fortes.

“Os países que enfrentam dificuldades pelos erros do sector financeiro devem mostrar mais responsabilidade, devem mostram que levam a sério a análise e correcção dos erros, sem culpar os outros”, disse José Manuel Durão Barroso, numa conferência de imprensa conjunta com o chanceler austríaco, Werner Faymann.» [Público]
   
Parecer:
 
Há momentos em que se sente vergonha de se ser português.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
   
 Cavaco junta-se a Passos
   
«O Presidente da República escusou-se hoje a falar sobre as acusações e críticas que o antigo primeiro-ministro José Sócrates lhe deixou na semana passada, frisando que um chefe de Estado nunca comenta comentadores.» [DN]
   
Parecer:
 
De certeza que Cavaco não comenta comentadores? Até h´um que está a aguardar julgamento por ter escrito um artigo de opinião acerca dos investimentos imobiliários de Cavaco.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   

   
   
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