sexta-feira, abril 12, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
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Castro Marim
   
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Elevador de Santa Justa [A. Cabral]

Jumento do dia
  
Vítor Gaspar
 
Há ministros infalíveis e Gaspar é um deles, foi preciso ir ouvi-lo à Irlanda para saber que nunca errou qualquer previsão nos orçamentos que fez, há em matéria de previsões um pecado original que é o memorando original em que ele não tem responsabilidades. É por causa dessa previsão de um memorando que ele alterou sem dar cavaco a ninguém que agora temos um ministro que não acerta em nada.

Parece que em Vítor Gaspar a escassez não se fica pela competência. O que terão aprendido os estudantes de Dublin? Que a política económica é um exercício de falta de honestidade intelectual.
 
«"A atividade económica baixou mais do que as estimativas do programa [de ajustamento] original e o desemprego aumentou", disse Vítor Gaspar.» [DN]
   

 Pedido de autorização ao senhor Ministro das Finanças

Dá-me licença de ir mijar podendo acender a luz e descarregar  autoclismo daqui resultando duas despesas, uma de electricidade e outra de água?

 Conclusão óbvia
 
O impacto na actividade económica do ambiente de ataque terrorista que resulta do discurso de Passos Coelho e da actuação do ministro das Finanças tem um impacto nas contas públicas, por via do pessimismo económico que daí resulta, do que o acórdão do Tribunal Constitucional. Estes Goebelzinhos da propaganda não descansarão enquanto não destruírem o país convencidos de que depois será o boche coxo a designar o Gaspar como salvador da pátria e refundador do novo Estado Novo.
 
 A troika não deixa substituir o Gaspar

A substituição de Vítor Gaspar teria consequências graves para a troika e, designadamente, para o Durão Barroso e para o seu comissário finlandês dos assuntos monetários, co-responsáveis pela condução forçada da economia portuguesa à ruina e por uma experiência económica digna do Joseph Mengele. Demitir o Gaspar é pôr a responsabilidade desta gente em evidência.
 
 A carraça portuguesa
  
E se o governo irlandês tivesse o mesmo nível ético do governo português e começasse a dizer em todo o lado que a Irlanda não é como Portugal, imitando gente como o Passos e o Gaspar que não se cansam de ofender a dignidade da nação grega? A diferença está no nível e educação dos irlandeses.

 Belo governo

No Passos manda o Gaspar, no Gaspar manda o boche coxo, do Portas nada se sabe, da Assunção não se sabe se é menina ou menino, do Miguel diz-se que vai substituir o Relvas, este vai ficando e delega a pasta ministerial na chefe de gabinete, o Álvaro vai-se aguentando e para a semana vai aos pasteis de Belém, do Miguel dizem que vai substituir o Relvas, do Macedo que dava um belo Gaspar. Mas que belo governo nos vais salvar.
 
 Remodelação 
 
Passos Coelho não fez uma remodelação, limitou-se a aparar a relva do jardim do governo e a plantar um par de novas jarras. De qualquer das formas os novos governantes estão de parabéns, é preciso uma boa dose de loucura e uma grande vocação para o voluntariado para entrar para um governo que evidencia estar numa fase adiantada da lepra, cai aos bocados.
 


  
 Que se lixe a economia
   
«Há surpreendentes notícias em Portugal. O Governo está convencido de que consegue cumprir à força a legislatura. Não interessa para onde vai e não lhe importa que só descubra inimigos por toda a parte. A lista é extensa. Consumidores, professores e outros funcionários públicos, militares, polícias e agora os juízes do Tribunal Constitucional. Mas também empresários - vários empresários e gestores -, padres, bispos. Na lista negra há ainda sociais-democratas, democratas-cristãos, reitores, bastonários, até certos ministros e secretários de Estado. Cá dentro, Passos e Gaspar já não confiam em ninguém: jovens, velhos, além do milhão de desempregados que deambula por aí.
  
Para Gaspar somos uma soma lamentável: há portugueses por todo o lado. Demasiados portugueses. O ministro das Finanças vê-se cercado por um povo que não capta a magnífica ciência económica e que só reclama e importa coisas que já não consegue pagar. É malta não transacionável. Como não pode desvalorizar a moeda, desvaloriza as pessoas, as instituições e a confiança. Evidentemente, Durão subscreve e Cavaco dá a outra face para tentar evitar o que é cada vez mais provável. O Governo esperneia - é a nova técnica para tranquilizar os mercados... - e cheira a fraqueza.
  
Não tinha de ser assim. O chumbo do Tribunal Constitucional podia ter sido o derradeiro impulso para reformar o Estado, a única saída que nos resta, além da contínua renegociação das condições dos empréstimos com a troika e com outros credores e rendistas. O melhor momento para mudar o Estado (devia ser um processo, não uma bomba) teria sido há dois anos, com o PIB ainda não reduzido a pibinho e com o desemprego longe dos 20%. Mas isso já não existe. A última oportunidade deste Governo era, portanto, esta. Agora.
  
Mas para a aproveitar, o Governo não podia hostilizar o País. Não podia ser incompetente. O despacho que congela a despesa, assinado por Gaspar, é a prova do desvario: deixou as empresas privadas que fornecem o Estado no limbo financeiro, além de ter criado espaço para que surgisse todo o tipo de demagogia sobre fornecimentos hospitalares, etc. Bastava ter acrescentado uma data (os gastos ficam bloqueados um mês, o que seria adequado face às dúvidas orçamentais ), em vez de remeter os detalhes do despacho para um Conselho de Ministros em data incerta. Que falta de sentido de Estado, que impulso destrutivo. Nem a economia privada respeitam. Grandes liberais.
  
A eleição deste Governo revelou-se um erro trágico. Paradoxalmente, é a brutalidade da crise que o segura. Só um louco pode não ter medo da incerteza: os juros a galope, o pouco crédito que desaparece, os bancos que tremem, o segundo resgate que Passos tanto negou (e trabalhou para evitar), mas que agora usa como arma de manipulação maciça. Somos reféns de um primeiro-ministro perdedor e de uma oposição perdida. Assim estamos hoje, ninguém sabe onde estaremos amanhã.» [DN]
   
Autor:
 
André Macedo.
   
  
     
 Vítor Gaspar ajudou Sócrates
   
«Mas no caso de José Sócrates, parece não ter sido assim. O ex-primeiro-ministro deixou o Governo em 2011 e foi estudar para Paris. O destino não demorou muito a ser público, mas ao mesmo tempo que não declarava poupanças, começava uma vida de luxo na capital francesa. Em média e por mês, o antigo governante tinha despesas na ordem dos 15 mil euros. José Sócrates nunca comentou o valor que gastava mensalmente mas, na entrevista à RTP, disse que foi para Paris com um empréstimo sem ter apresentado qualquer garantia. 

A CMTV foi à CGD pedir um empréstimo, no valor entre os 75 e os 100 mil euros. Objetivo: estudar em Paris durante um ano. A funcionária bancária informou que é obrigatório apresentar garantias. "A Caixa tem de ter garantia de alguma coisa", explicou a funcionária de um dos balcões principais da CGD em Lisboa. A proposta que foi feita começava numa aplicação (Crediformação Caixa), com teto máximo de 50 mil euros. No entanto, até para esta aplicação é sempre obrigatório "apresentar garantias". Outra solução passaria por um outro tipo de empréstimo, mas as limitações seriam maiores. A mesma funcionária foi consultar uma colega e, passados alguns minutos, a resposta foi a mesma: "Na melhor das hipóteses, só até 70 mil euros. Mas, não tendo rendimentos, teria sempre de apresentar fiadores."» [CM]
   
Parecer:
 
A conclusão que se pode tirar desta notícia é que sendo o governo do PSD, o ministro o Gaspar e a CGD gerida por gente da confiança do ministro. Assim, ou o balcão da CGD foi negligente ou o Sócrates conseguiu facilidades.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao CM se Sócrates pagou a dívida ou receia que se escape.»
      
 Será isto que Cavaco pensa?
   
«Em declarações ao programa 'Política Mesmo', da TVI, a ex-ministra das Finanças defendeu que o Governo devia exigir à troika que explicasse como imagina Portugal no final do programa de ajustamento.
  
“Se neste momento não fosse feito nada, os resultados no final do ano seriam bem melhores”, referiu Manuela Ferreira Leite, que confessa que chegou a acreditar que o acórdão do Tribunal Constitucional seria aproveitado pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho para mudar de rumo.
  
“Este valor que está em causa representa pouco mais de 1% de toda a despesa pública. Se lhe disserem em sua casa que precisa de reduzir a despesa em 1%, pensa que vai desabar o mundo lá em sua casa? Qualquer um de nós é capaz de reduzir a despesa em 1%”, frisou.» [CM]
   
Parecer:
 
Se é, porque ficou calado?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao dito.»
   
 Chefe de gabinete de Relvas faz de ministra
   
«Com data de sexta-feira, 5 de abril, mas só hoje publicado em Diário da República, o despacho n.º 4928/2013 transfere competências do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, na "gestão corrente e atos de gestão ordinária", incluindo "grupos de trabalho, comissões, serviços ou programas especiais" sob a tutela de Relvas, e na "gestão do orçamento"; na autorização da realização de despesas e da constituição de fundos de maneio; bem como na autorização para celebrar "de contratos de prestação de serviços" e de outras despesas com ajudas de custo e de representação.

Sílvia Gonçalves Esteves foi nomeada chefe de gabinete a 25 de março (era até esse dia adjunta no gabinete), em substituição de Vítor Sereno, exonerado a 19 de março, num momento em que já se multiplicavam informações sobre a saída de Relvas. A nova chefe de gabinete assumiu estes atos a 27 de março, como se lê ainda no despacho: "Ficam ratificados todos os atos praticados pela chefe do meu Gabinete, no âmbito das competências agora delegadas, entre 27 de março de 2013 e a data da publicação do presente despacho", resume no final Miguel Relvas.» [DN]
   
Parecer:
 
Isto é uma república das bananas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   
 Polícia do Dubai anda de Lamborgini
   
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«O mais recente veículo da força policial do Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, é um Lamborghini Aventador no valor de 420 mil euros. A compra, diz o vice-chefe da polícia local, destina-se a mostrar aos turistas "o quão sofisticado é o Dubai".

O novo carro será maioritariamente utilizado nas zonas mais turísticas do emirado e não tanto, como se poderia supor, em perseguições policiais a alta velocidade. É que este modelo pode atingir os 350 km/h de velocidade máxima e ir dos 0 aos 100 km em 2,9 segundos.» [Público]
   
Parecer:
 
Será que a troika deixa comprar um ou o O'Conner vem logo com a conversa do truka truka.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se se pagam ou se deixam descontar nas comissões.»
   
 Chipre vende ouro
   
«O governo de Chipre vai vender reservas de ouro no valor de 400 milhões de euros para ajudar a financiar o resgate financeiro, levantando receios de um precedente entre os países mais afectados pela crise da dívida na zona euro.

De acordo com o Financial Times, esta será a primeira vez desde 1997 que um país intervencionado recorre ao ouro para tentar angariar verbas. Durante a crise financeira na Ásia, em 1997 e 1998, a Coreia do Sul apelou aos cidadãos para que doassem jóias ao banco central.» [Público]
   
Parecer:
 
Nós poderíamos vender o nosso precioso Gaspar e ainda oferecíamos o Relvas a título de brinquedo para o cão.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se a proposta.»
   
 Até tu Capucho?
   
«O social-democrata António Capucho defendeu esta quinta-feira que deve ser “dada uma última oportunidade” ao Governo, “através de uma remodelação credível” e “urgente”, considerando que as Finanças precisavam de “alguém” em quem o “país acreditasse no que anda a fazer”.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Demitir o Gaspar é o equivalente a extrair o que resta do cérebro de Passos Coelho.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Toca a fazer contas de cabeça
   
«As vendas dos computadores pessoais caíram em dois dígitos, no primeiro trimestre de 2013, algo que não acontecia desde 2001. A quebra registada foi inclusivamente a mais pronunciada desde que há dados. A fraca recepção dos utilizadores ao sistema operativo Windows 8 pode ajudar a explicar o fenómeno.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
O ministro da Educação vai justificando dizendo que é a oportunidade para os portugueses aprenderem a tabuada e a fazer contas de cabeça ou a contar pelos dedos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se aos venezuelanos se não terão uns Magalhães a mais para nos ofercerem.»
   
 Descartáveis
   
«Equipa de Relvas continua a trabalhar, uma semana depois da demissão. Assessores e adjuntos já arrumaram os gabinetes, mas continuam a apresentar-se ao trabalho, sem saber muito bem o que fazer.» [RR]
   
Parecer:
 
É um dream team...
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Só o boche coxo e o capataz acreditam na austeridade
   
«“A primeira escolha era atrair os compradores de obrigações, o que iria aliviar alguns dos custos do resgate. A segunda opção era oferecer financiamento com condições muito favoráveis. E a terceira opção era impor austeridade”, afirmou o antigo chefe da missão do FMI na Irlanda, citado pelo The Irish Times.

Numa entrevista esta manhã na televisão pública irlandesa, Ashoka Mody admitiu que “estamos a assistir a um reconhecimento tardio de que as restrições impostas pela austeridade eram insustentáveis”.

O chefe do FMI admitiu que os fundamentos do resgate internacional à Irlanda estavam errados. “Claramente, a experiência, se é que a era preciso experimentar, demonstrou que a confiança na austeridade é contra produtiva”, frisou.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Por este andar o Gaspar ainda vai parar ao Júlio de Matos aos gritos "mais austeridade! mais austeridade!".
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Finlandeses brincam com o Putin
   
«"A polícia cometeu um erro quando colocou o nome de Vladimir Putin na sua base de dados de suspeitos", afirmou a polícia em comunicado, admitindo que "não havia razão legal para o fazer" e que "lamenta o uso errado da lista".

O director nacional da polícia, Mikko Paatero, afirmou em declarações ao canal YLE que foi um "erro grave", acrescentando que ainda está por apurar como é que o nome de Putin surgiu na lista há cerca de duas semanas, acabando por ser apagado na quarta-feira quando foi detectado pelos meios de comunicação finlandeses.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Desde que deixaram de ter fome estes finlandeses andam muito atrevidos. Se der para o torto veremos se serão tão ritgorosos no momento de pedirem ajuda aos outros.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
   

   
   
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