quarta-feira, março 05, 2008

Seremos mesmo um Nação?


Ainda ontem Mário Soares escevia um artigo no Diário de Notícias que somos um Estado Nação e afirmava a sua confiança no futuro. Mas seremos mesmo uma Nação? Talvez o sejamos, mas só de vez em quando.

Somos uma Nação quando vamos à bola, quando zurzimos contra nuestros hermanos do outro lado da fronteira, quando dizemos que somos os melhores na arte do desenrascaou que somos tão capzes como os outros ou quando enchemos o peito a falar da Padeira de Aljubarrota. Somos Nação quando está em causa o nosso orgulho enquanto tal. Mas no dia a dia somos tudo menos Nação.

Um bom exemplo do que somos enquanto povo e enquanto Nação foi dado na sequência do relatório da SEDES. Foram raros os que reflectiram sobre o tema, como se não houvesse motivo para quaisquer preocupações. Os partidos da oposição viram no relatório a justificação dos seus argumentos, todos afirmaram que tinham razão. Do lado do Governo foi Sócrates que deu o tom, todos os que dizem que Portugal não é um país maravilhoso com um povo cheio de razões para sorrir é porque ou são profetas da desgraça ou choramingas, é nestes termos que se refere a todos os que não admiram a sua obra.

Sempre foi assim, para as oposições Portugal sempre foi pior do que o Bangladesh, enquanto par os governos sempre foi um oásis ou um país de sucesso. Os que nãop acreditam nos sucessos governamentais ou são forças de obstrução ou profectas da desgrça.

A verdade é que em Portugal vive-se melhor do que em qualquer um dos países comunistas que pairam nos sonhos de Jerónimo de Sousa, nenhum português emigrou ou emigraria para a Albânia do tempo em que era apontado pelos Fazendas como a lamparina da Europa, não estamos desgraçados ao ponto de ver em Menezes o último salvador da pátria, nem aceitaríamos que se tornasse numa monarquia com o casal Portas e Guedes sentados no trono. Além disso, a maioria dos portugueses não tem motivos para se sentirem tão felizes quanto Sócrates acha que devem estar.

Para os governos Portugal não vai mais além porque metade dos portugueses ou não os compreende ou não presta. Para as oposições Portugal não passa da cepa torta porque metade dos portugueses escolheram o governo incompetente. A culpa é sempre dos outros, nós somos sempre bons mas não nos deixam mostrar do que somos capazes, só somos bons quando emigramos e temos de limpar a caca dos outros.

Por acaso da história somos um país independente, talvez sejamos uma Nação, mas nos comportamos como tal no momento em que Nuno Gomes ou o Ronaldo acertam na baliza, durante o resto do tempo somos uma tristeza de povo que em vez de contruir perde o tempo a encontrar culpados para as suas desgraças.