sábado, março 15, 2008

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Reflexos na Rua Augusta

IMAGEM DO DIA

[Stringer/Reuters]

«Des policiers chinois se protègent des jets de pierres lancés par des manifestants à Lhassa, Tibet, le 14 mars 2008. » [20 Minutes]

JUMENTO DO DIA

O silêncio do senhor Sousa

O senhor Sousa anda tão preocupado com a degradação da democracia em Portugal que nem deve ter tido tempo para ver os noticiários e ficar preocupado com a democracia no Tibete. O senhor Sousa é um homem cheio de silêncios ruidosos.

NEGOCIAR COM A FENPROF?

É pura perda de tempo, nunca a Fenprof aceitará qualquer acordo mesmo que concorde com ele, o PCP nunca perderá a oportunidade de manter a instabilidade nas escolas. O Governo deve fazer cedências, deve ir de encontro às reivindicações legítimas dos professores mas deve esquecer qualquer acordo com um sindicato onde é o senhor Sousa que manda. O senhor Sousa sonha com democracias como as da Coreia do Norte e o descontentamento nas escolas fá-lo pensar que esse sonho é realizável.

Começa a ser tempo de desmascarar este PCP ultra ortodoxo, mais próximo do MRPP de Arnaldo Matos do que do PCP de Cunhal, e de lhe fazer frente onde os seus dirigentes julgam estar em vantagem, na rua. É inaceitável que o PCP use métodos fascistas de manifestação promovendo manifestações "anónimas" junto às sedes ou aos comícios dos outros partidos. É tempo de dizer ao PCP que tem de respeitar as regras da democracia por mais que sonhe com ditaduras.

OS NOVOS SÍMBOLOS DO PSD

Ainda bem que Menezes não se lembrou de trocar as cores senão parecia um cartaz do Viagra, o que até nem favorecia a marca pois este líder do PSD nem com empurrão de químicos chega a São Bento. Aliás, o melhor seria que Menezes trocasse o São Bento que fica ali para os lados do Rato pela Estação de São Bento, no Porto, deixando o PSD a quem tenha um mínimo de competência.

SUAVE MILAGRE

«A quem se fica então a dever esta súbita redenção do PSD, este músculo, esta força, esta convicção funda de que nestes oito dias reuniu as condições necessárias para governar Portugal e, "com uma maioria expressiva, devolver a prosperidade a Portugal"?

A explicação só pode ser que o segredo de tão suave milagre está... na seta única sobre fundo azul! » [Diário de Notícias]

Parecer:

Por António Vitorino.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A POLÍTICA DO ACASALAMENTO

«Só esta visão justifica que a presença da professora Fernanda Tadeu na manifestação de professores de sábado te-nha merecido honra de foto de primeira página neste jornal e direito a referência/análise de vários outros meios. Fernanda é professora primária e não é militante de nenhum partido. Estava no meio da manifestação (e não nas filas da frente). Não foi entrevistada nem lhe foi reproduzida nenhuma declaração. Que tem de especial para ser primeira página? É mulher de António Costa, o presidente da Câmara de Lisboa, o dirigente do PS e o ex-número dois do Governo. Vista como uma extensão do marido, Fernanda passou a ser, com a sua presença na manifestação, uma notícia. A naturalíssima diferença de opiniões entre pessoas próximas - que toda a gente considera tão normal, por exemplo, nos irmãos Miguel e Paulo Portas, ou entre Joana Amaral Dias e o pai Carlos Amaral Dias - parece ser vista como impensável num casal. Se num casal um é político, o outro passa a ser, num acasalamento ideológico forçado, da mesma cor, cheiro e sabor. Leva o carimbo, queira ou não. De tal modo que houve até quem lesse na manifestante Fernanda um ventriloquismo de Costa. Era isso ou uma "traição"- e num "casamento político" a única traição que parece impossível , como Silda nos mostra, é a de não parecer estar do mesmo lado em qualquer circunstância.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Por Feranda Câncio.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A DIREITA SEM PARTIDO

«Em 1979 e 1980, fiz duas campanhas pelo PSD, ou, para ser exacto, uma pelo PSD, interna, e outra pela AD. Nessa altura o PSD era ainda em substância o partido do país rural, católico e conservador e, geograficamente, o partido do centro, do Norte e do Nordeste. Ou, por outras palavras, do Portugal em que a oposição à ditadura fora rara e disseminada e mais tarde o PREC mal tocara. Em Lisboa e no Porto, mas sobretudo no Porto, ainda duas cidades do passado que mal começavam a mudar, parte da velha classe média e da pequena burguesia tradicional também votavam PSD, por horror à "revolução" e medo de qualquer espécie de socialismo. O PSD parecia o único partido "nacional", coisa de que ele próprio se gabava (falsamente porque pouco penetrava no Sul) e o único partido, como se dizia, "interclassista".

De qualquer maneira, logo do princípio houve uma claríssima divisão entre o PSD rural, católico e do Norte e o PSD urbano e secular, que aspirava à modernidade; entre PSD da "Marinha" (de Cascais, claro) e o PSD das "bases", como já à época ele gostava de se descrever. Várias cisões (nenhum partido teve tantas) provaram, de resto, a natureza heterogénea e volátil dessa aliança, que não podia durar. Em 1980, Sá Carneiro uniu o PSD (e a direita) contra a esquerda e, a seguir, em 1987, Cavaco conseguiu formar um grande "bloco" contra a herança do PREC. Estes dois triunfos deram uma falsa impressão da força e da vitalidade do PSD. De facto, Sá Carneiro e Cavaco ganharam, apesar do partido e não por causa do partido. Quando um morreu e o outro saiu, o partido voltou ao caos.

E, desta última vez, voltou ao caos num Portugal diferente. Num Portugal até certo ponto "modernizado", em que a influência da Igreja deixara de pesar decisivamente, o interior rural se "desertificava" e aparecera uma nova classe média, produto do regime, com uma intensa vontade de ascensão social e sem vestígio de respeito pelo precário equilíbrio antigo PSD. O partido de Menezes, que só por acaso usa o mesmo nome, é o partido dessa nova classe média e não representa mais do que 20 a 30 por cento do eleitorado. Talvez suba ocasionalmente nas sondagens por impopularidade de Sócrates, mas, salvo desastre, a maioria do país nunca lhe confiará o governo; a ambição nua e crua, a brutalidade táctica e um populismo meio louco valem o que valem. Entretanto, dividida e desorientada, a direita responsável do PSD está sem partido. E precisa de um.» [Público assinantes]

Parecer:

Por Vasco Pulido Valente.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

SALTAR DE CIMA DO MURO

«A Espanha é um caso de sucesso a nível europeu. E as últimas eleições confirmaram que a existência de dois projectos políticos antagónicos e claros motiva os eleitores e exprime uma cultura de cidadania louvável. A vida política exige, para que a democracia funcione, que as confrontações políticas sejam nítidas e contrastadas.

Como alguém lembrou - e se calhar com alguma malícia ... -, Cavaco Silva a certa altura sacrificou Leonor Beleza e não perdeu as eleições. Pois não. Mas as inadiáveis reformas atrasaram-se mais de uma década. E com isso perdeu o país.

As reformas em Portugal são particularmente difíceis, sobretudo porque sucessivos governos evitaram fazê-las no tempo das vacas gordas e outra se vêem obrigados a tentá-las em épocas de vacas magras. Gerações de portugueses habituaram-se a viver como se tudo fosse possível e nada fosse exigível. Mudar de hábitos custa, dói, perturba.

Espanha, Beleza, cultura arcaica. Todos isto tem a ver com o tema que hoje trago para a vossa reflexão.

Há meses, confrontado com o disparate do estatuto do aluno, o facilitismo para que os meninos possam passar e os erros nos enunciados dos exames, defendi que a substituição da ministra da Educação era provavelmente uma boa solução, devido a isso e a um conjunto de outros factores que se começavam a adensar. Não significaria então tal opção forçosamente um recuo reformista e podia até facilitar o avanço. Poucos ou nenhuns o propunham e, compreensivelmente, ninguém ligou especialmente ao que eu escrevi.

Os tempos foram passando, Correia de Campos teve de ser substituído. De um dia para o outro - o anti-reformismo tem horror ao vazio... - a contestação que se extinguiu na Saúde mudou-se para a Educação. Se a ministra da Educação for substituída, não tenhamos ilusões, a contestação anti-reformista transferir-se-á para outro ministério, para outras políticas, para outros lugares. Até chegar ao político que os arcaizantes mais pretendem afastar: o primeiro-ministro. Não tenho dúvidas. Sócrates por certo que também não.

Por isso comecei por falar de Espanha. É essencial que nos confrontos políticos cruciais se assumam posições claras. Por mim, com a mesma frontalidade com que sugeri há meses a sua demissão, estou agora ao lado da ministra da Educação. É fácil criticar aspectos pontuais das suas reformas. É possível registar os seus erros. O Ministério da Educação foi, ao longo de muitos anos, o principal culpado da tragédia em que se tornou o sistema educacional português. Só por milagre daquele edifício viriam coisas acertadas. Pois se até as provas de exame não conseguem fazer sem enganos, como poderia ser de outro modo?

É realmente muito fácil detectar na cruzada da ministra da Educação falhas, confusões, "eduquês", burocratite, tecnocracia, pressa imprudente, falta de estratégia de comunicação. É fácil encontrar aspectos das reformas de que se discorde, pontos obscuros, soluções contraproducentes. Mas tudo isso pode ser melhorado, corrigido, emendado. Se for isso o que encheu esta semana de alegria os sindicatos, só temos de nos felicitar.

O que não oferece dúvidas a ninguém é que a coligação heteróclita e negativa que os poderosos sindicatos da educação souberam dinamizar só nos traz, só nos pode trazer, a recusa total do processo reformista, o recuo para mais arcaísmo. Se a ministra da Educação for substituída, se o Governo desistir das reformas para comprar a paz e para (ilusoriamente) garantir a complacência, o resultado será totalmente negativo e, sobretudo, nenhuma reforma será possível daí para a frente. Se a alegria dos sindicatos esta semana tiver esse significado, só nos podemos preocupar.

Ninguém o realçou, mas para mim há uma frase do primeiro-ministro que é essencial para que possamos entender o que se está a passar. Por uma vez, ele não estigmatizou apenas os erros e fracassos dos anos de governo PSD que o antecederam. Falou de forma clara em 20 anos em que nada foi feito pela educação. Estamos por essas contas no início dos governos de Cavaco Silva. Podia ter ido uma ou duas décadas para trás que continuava a ter razão. Mas, além de razão, o primeiro-ministro teve coragem, pois incluiu na crítica o trágico tempo do guterrismo e com isso enfrenta o lobby dos professores socialistas de que Ana Benavente é um esplendoroso expoente.

Em minha opinião, pela primeira vez depois do 25 de Abril estão a ser feitas reformas na educação que tentam quebrar o poderio dos sindicatos e o seu velho controlo do Ministério da Educação, a que todos os ministros de direita ou de esquerda se foram sucessivamente curvando. Quase 200.000 professores, como chegaram a ser, e sem contar com os universitários, são um poderoso exército. É preciso muita coragem e estamina para os enfrentar.

E as reformas são essenciais e urgentes. O nível do ensino público em Portugal é globalmente rasteiro. A justiça social e o desenvolvimento económico sofrem com isso. As causas são várias, mas entre elas estão inevitavelmente os professores, com as suas promoções automáticas e inexistência de avaliação que todos nivela por baixo, o poder dos sindicatos, a falta de exames para progressão na carreira (que Ferreira Leite criou e Guterres anulou de imediato), a falta de vocação e de motivação de tantos, a falta de formação contínua de muitos mais.

Portugal não se pode dar ao luxo de destruir mais uma geração em nome do facilitismo. É preciso que Maria de Lurdes Rodrigues vença. Que corrija erros, mas não sacrifique as reformas à acalmia das contestações. É tão simples como isso.

Um dia, John Kennedy, em frente do Muro de Berlim, afirmou "Ich bin ein Berliner". Com isso ganhou um lugar na História, desencadeando um processo que culminou em 1989. Devem ser guardadas todas as distâncias e entendidas todas as diferenças. Mas há, sem dúvida, momentos em que é preciso estar de um lado ou de outro, em que não se admite tentar ficar em cima do muro, com um pé de cada lado. Em Portugal, na educação, em 2008, é afinal disso que se trata.» [Público assinantes]

Parecer:

Por José Miguel Júdice.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

SE OS CADASTRADOS ESTAVAM IDENTIFICADOS PORQUE OS DEIXARAM MATAR 2 PESSOAS?

«Ameaçaram clientes e funcionários com pistolas e fugiram à Brigada de Trânsito no mesmo Audi TT. Largaram o carro numa berma da A5 e escaparam a pé, por um canavial, até à Quinta da Laje, em Porto Salvo, Oeiras. Até hoje. Entre todas estas duplas o CM sabe que a Judiciária já tem uma referenciada pelos dois homicídios. “São dois homens cadastrados, que vivem do crime há muitos anos e atacam em conjunto. Estão perfeitamente identificados.” A PJ aposta tudo nestes dois alvos, está a recolher provas e sabe que, no último mês, “assaltaram antes e depois das mortes” de ‘Xana’ e de Diogo. » [Correio da Manhã]

Parecer:

O que me impressiona nesta notícia sobre os suspeitos de dois homicídios é o facto de os suspeitos já terem sido identificados noutros crimes violentos e ter sido necessário matarem duas pessoas, uma delas esposa de um jornalista, para que a polícia tenha chegado à conclusão que devia acabar com as suas carreiras.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à PJ quantos mais cadastrados identificados em crimes andam tranquilamente à solta até que exagerem e matem alguém.»

RETARDADO E MERDOSO

«O Correio Indiscreto sabe que um dia destes vinha Marco António a caminho de Lisboa para tratar de assuntos da Câmara Municipal de Gaia com Luís Filipe Menezes e falar com o seu amigo de coisas da política nacional quando se lembrou de comprar uma revista animada, divertida, cheia de miúdas giras mais ou menos despidas e, principalmente, pensou Marco António Costa, sem comentários políticos desagradáveis, azedos, de companheiros ou de adversários. Vai daí parou numa zona de serviço da auto-estrada e comprou a ‘Maxmen’.

Chegou a Lisboa, divertido com a ideia, e deu a revista a um stressado e meio angustiado Menezes. O líder sorriu, começou a folhear a revista, mas ficou amarelo poucas páginas à frente, mais precisamente na 11. Lá estava, preto no branco, um comentário azedo, terrível, na secção ‘Retardados e Merdosos’.

Que o PSD deixou de existir numa uma espécie de eclipse total da liderança, que não fala e não aparece. Uma coisa muito mazinha mesmo. Mas como são amigos do peito, Menezes perdoou e lá se entreteve com as raparigas bonitas que ainda não andam por aí a dizer mal dele.» [Correio da Manhã]

Parecer:

O Senhor Vaz anda muito descuidado com a imagem de Menezes.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Marco António que da próxima vez ofereça a 'Lavores e Bordados" ou a edição chinesa da Playboy, mesmo que fale mal de Menezes este não consegue ler.»

UMA GREVE PARA CUMPRIR A AGENDA POLÍTICA DO PCP?

«A adesão a este protesto é, para já, uma incógnita. Por um lado, esta pode beneficiar do élan gerado pela enorme manifestação de professores realizada no sábado e pelas várias medidas tomadas pelo Governo que implicaram uma perda de direitos e regalias dos funcionários públicos. Por outro lado, porém, a adesão aos protestos pode ressentir-se de vários factores: em primeiro lugar, ao contrário do que sucedeu nos últimos cinco protestos, só as estruturas sindicais ligadas à CGTP é que aderiram à greve e manifestação; em segundo lugar, os protestos deverão atrair um número reduzido de trabalhadores das autarquias que tiveram o seu dia de luta (com uma manifestação que juntou milhares de pessoas) na passada quarta-feira; e finalmente, o recurso frequente a esta forma de luta, com o associado custo no bolso dos funcionários, combinado com os fracos resultados palpáveis obtidos, poderá desmobilizar alguns dos potenciais "grevistas".» [Diário de Notícias]

Parecer:

Por este andar o senhor Sousa do PCP ainda vai ganhar a medalha de mérito económico pelo seu contributo para a redução do défice, as greves promovidas pela estratégia política são tantas que por este andar ainda se vão tornar na principal causa de poupança na despesa do Estado.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao ministro das Finanças que agradeça ao senhor Sousa as poupanças que tem feito em vencimentos graças à sua estratégia política.»

MAIS UMA DO CATAVENTO MENEZES

«O líder do PSD já foi contra e agora é a favor do voto dos presidentes de junta de freguesia nas assembleias municipais. Há menos de um ano atrás, mais precisamente a 19 de Abril de 2007, o então challenger de Marques Mendes escreveu um artigo no Correio da Manhã, onde se mostrava contra a lei eleitoral autárquica que o PSD ainda está a discutir com o PS - as negociações estão em banho-maria: "Discordo totalmente deste modelo, que teria lógica na década de 80 quando havia feridas oriundas da belicosidade revolucionária e muitas autarquias viviam numa instabilidade permanente".» [Diário de Notícias]

Parecer:

O que mais impressiona neste candidato a candidato a primeiro-ministro é a forma ligeira com que muda de opinião.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Menezes se ainda se lembra das opiniões que tinha à seis meses.»

PCP RECORRE MAIS UMA VEZ A TÁCTICAS CLANDESTINAS

«Os professores estão a ser convocados por sms e por e-mail para se concentrarem sábado junto ao Pavilhão do Académico, para onde está marcado o comício nacional do PS que assinala os três anos de Governo. Um movimento que está a deixar apreensivos os dirigentes socialistas. Renato Sampaio, presidente da distrital do PS/Porto, admite que se a concentração se concretizar poderá levantar problemas de segurança.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Para voltarmos aos tempos do PREC só faltava mesmo o boicote dos comícios, este PCP está a ir longe demais nos métodos pouco democráticos ao mesmo tempo que chora lágrimas de crocodilo pela democracia.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se frente ao PCP, organizem-se manifs junto às sedes do PCP e façam-se esperas ao senhor Sousa denunciando-o como admirador de grupos de raptores e narco-guerrilheiros e de ditadores como o da Coreia do Norte.»

ALUGUER DE HELICÓPTEROS SEM CONCURSO

«O Ministério da Administração Interna está a avaliar o acórdão do Tribunal de Contas (TC) em que são recusados vistos ao aluguer sem concurso público de dez helicópteros para o combate a incêndios. E promete tomar a "necessária diligência ao nível judicial".

Numa decisão conhecida anteontem, o TC recusou vistos aos contratos por ajuste directo que o Governo estabeleceu com quatro empresas (Heliportugal, Helibravo, Aeronorte e Helisul) para o fornecimento de meios aéreos de combate a incêndios florestais em 2007 .» [Jornal de Notícias]

Parecer:

Não entendo, num Estado onde não abrir um concurso para comprar uma resma de papel quase é crime o ministério da Administração Pública faz adjudicações directas de milhões para um negócio previsível e que se repete todos os anos. É um procedimento pouco transparente.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se o acórdão do Tribunal de Contas.»

O NOVO OBJECTIVO DO PCP: MAIORIA ABSOLUTA NUNCA MAIS!

«Ao som de palavras de ordem como «Disponíveis só há um. O governo e mais nenhum» e «Maioria absoluta!!! Nunca mais» e «Emprego sim, precariedade não», os manifestantes saíram do Terreiro do Paço e desfilaram pelas ruas de Lisboa até à Assembleia da República.» [Portugal Diário]

Parecer:

Compreende-se a preocupação do PCP, com uma maioria absoluta este partido só tem protagonismo na rua, o problema é que os que gritam a palavra de ordem nunca votaram nem votarão no PS.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao senhor Sousa se vai deixar de votar no PS para evitar a maioria absoluta.»

PSD PERGUNTA SE O GOVERNO VAI MANDAR POLÍCIA ÀS SEDES DO PS

«O PSD perguntou quinta-feira ao ministro da Administração Interna, Rui Pereira, se vai enviar agentes da PSP às sedes distritais e concelhias do PS por causa do comício socialista agendado para sábado, no Porto, informa a Lusa.

Num requerimento entregue no Parlamento, os deputados do PSD Vasco Cunha, Mário Albuquerque e Miguel Relvas referem-se ao comício do PS como «uma manifestação pública de apoio ao Governo» ou «uma contra-manifestação aos 100 mil professores» que se juntaram no sábado passado em Lisboa. » [Portugal Diário]

Parecer:

A pergunta talvez faça sentido, mas com a recente mudança de imagem do PSD e sabendo-se quem pagou a última operação deste género talvez seja de sugerir que a polícia passe primeiro pela sede do PSD.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Menezes quem pagou desta vez.»

O NOVO CAOS NA INTERNET OCORRERÁ EM 2038

«¿Recuerdan el 'efecto 2000', aquel problema que iba a dejar inservibles los ordenadores de medio mundo? Pues ya tiene sucesor. Lo llaman el 'efecto 2038', y aunque es conocido desde hace tiempo, vuelve a ser tema de conversación en la red pues estamos a 30 años de que se cumpla otra fecha de supuesto caos para internet y los ordenadores. Y es bastante exacta: las 3:14 de la mañana del 19 de enero del año en cuestión.

Explica Read Write Web que el problema se debe a que en ciertos sistemas Unix (utilizados en dispositivos de red y ordenadores en general) se determinó que el tiempo se contaría en segundos, partiendo del 1 de enero de 1970. Un sistema que tiene un límite: sólo podía contar entre el rango de cifras -2.147.483.648 y 2.147.483.647. La segunda es la que se alcanza dentro de 30 años.» [20 Minutos]

UMA AZELHICE

«O fisco não está a fazer, nem vai fazer, cruzamentos de IRS entre os rendimentos dos senhorios e as rendas pagas pelos inquilinos. Por outras palavras: os proprietários de andares de habitação ou de lojas comerciais só declaram - no modelo 3 do imposto - os rendimentos provenientes das rendas se assim o entenderem. Está aberta a porta para a fuga e fraude fiscal, isto porque o fisco não possui aplicações informáticas que detectem desfasamentos nas declarações anuais entre senhorios e inquilinos. Nas Finanças, às questões colocadas pelo DN, a resposta foi o silêncio.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Apesar da moda dos cruzamentos parece-se que há situações elementares que foram esquecidas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicitem-se explicações.»

O JUMENTO NO TECHNORATI

  1. O "Animação Sociocultural e Juventude" descobriu as ofertas de emprego do Instituto de Emprego".
  2. O "The Sock Gap" e "O Porreiro" e "As Minhas Receitas" foram acrescentados à lista de links d'O Jumento.
  3. O "Hoje há conquilhas" pescou a imagem de uma manifestação de indignação.

NAVE ENDEAVOUR [imagem]

MATUSCIAC ALEX

THE MAIL [Link]

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