quinta-feira, março 13, 2008

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Elevador da Glória, Lisboa

IMAGEM DO DIA

[EFE]

«Todos eran Ingrid. Eurodiputados mostrando fotografías de Ingrid Betancourt durante el pleno del Parlamento Europeo en Estrasburgo en el que el presidente de la Cámara, Hans-Gert Pöttering, hizo un llamamiento a las FARC de Colombia para que liberen a todos sus rehenes.» [20 Minutos]

JUMENTO DO DIA

Publicidade inútil

Talvez influenciado pelo senhor Vaz o líder do PSD está convencido que basta mudar a embalagem a um produto e lançar uma boa campanha de imagem para que passe a ser bem vendido. Isso é verdade e até o é para um mau produto desde que seja um novo produto, esse não é o caso de Luís Filipe Menezes que sendo um mau produto também já é conhecido de todos os portugueses, os eleitores são como os compradores, podem ser influenciados pelo embrulho mas não se deixam enganar por um mau produto que já conhecem de ginjeira.

PSD MUDOU A IMAGEM

A quem terão mandado a factura desta vez?

CONTRA QUEM LUTA JERÓNIMO DE SOUSA

Nunca o PCP foi tão virulento como agora, nem mesmo quando se desmoronou o sonho do PREC, ainda com as armas russas garbosamente apontadas para todo o mundo, ao mesmo tempo que os portugueses se sujeitavam às medidas impostas pelo famigerado FMI. Será que o ódio do PCP ao PS é tão grande que o leve a uma luta quase desesperada? Que o PCP odeia o PS todos os sabemos, faz parte dos livros do marxismo-leninismo, os socialistas russos foram passados pelas armas ainda antes do Czar Nicolau, que Jerónimo de Sousa é um polígono irregular com menos inteligência do que Cunhal também o sabemos, mas seria ingenuidade pensar que o que move o PCP é apenas o ódio histórico e visceral ao PS.

O que o PCP tem conseguido com sucesso é o apagamento do BE e do Francisco Anacleto que deixou de estar na moda, nem mesmo o regresso da Ana Drago animou as hostes. O rápido crescimento do Bloco perigou a hegemonia do PCP na área política da extrema-esquerda. É pela sua própria sobrevivência política que o PCP luta e até agora tem tido sucesso pois o Francisco Anacleto não só perde a graça como começou a andar a reboque das iniciativas sindicais de Jerónimo de Sousa.

O resultado da luta do PCP não se mede em supostas conquistas sociais, vai ser avaliado nas próximas autárquicas em Lisboa e, mais tarde, nas eleições legislativas.

POLÍTICA À AMERICANA

Há coisas que só na América podem suceder, foi o que sucedeu com o governador de Nova Iorque, desde logo porque só ali é ilegal contratar prostitutas do Estado ao lado. Mas não só, por cá um político que fosse às ditas era um macho, se tivesse o cuidado de levar uma camisinha politicamente correcta ninguém ousaria criticá-lo, antes incompetente que gay e quem dessa forma se comportasse estaria a fazer prova de que mereceriam a confiança de políticos à Santana Lopes.

Uma situação destas em Portugal levaria a uma cena de faca e alguidar na casa do político descuidado, na América o governador pede desculpas em público com a esposa apresentando um ar terno e compreensivo ao seu lado. Só na América, por cá a esposa de António Costa exerceu o seu direito de manifestação e um Jornal apresentou uma fotografia com uma bolinha a assinalar a senhora, como se estivesse presente numa despedida de solteira menos própria para candidatas a primeiras-damas.

Só na América.

O NOVO AZUL DO PSD

Será coincidência o facto de o PSD ter adoptado o azul do PP espanhol? Pelos resultados das legislativas em Espanha não promete grande coisa.

O PODER DA 'RUA'

«As impressionantes manifestações registadas nas últimas semanas, e continuadas um pouco por toda a parte, assumem a forma e o conteúdo de um severo depoimento contra o Governo. Não se trata de turbulências comunistas, como já o disse José Sócrates e, iradamente, o repetiu Augusto Santos Silva, cujas "verdades" surgem cada vez mais avariadas. A "rua" foi a demonstração categórica do desequilíbrio entre quem pensa em termos estatísticos e quem é vítima desse equívoco. E uma vigorosa afirmação de civismo. Há dias, conversei com Raul Solnado sobre a natureza do Estado e o domínio pelo domínio exercido, repetidamente, pelo Governo, esquecido de que a força da República é a virtude, e a sua fraqueza a soberba. Sobre ser um amigo de há mais de 40 anos, Solnado é homem sábio, de frase pensada e advertida inteligência, com quem apetece discretear. Disse: "Gostaríamos de sentir que este Governo tem vontade de transformar e de modernizar o País. Por outro lado, a sua arrogância e autismo quer arrastá-lo para uma democracia musculada, o que é assustador. Eles distanciaram-se de nós."» [Diário de Notícias]

Parecer:

Por Baptista Bastos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

PELAS RUAS DA AMARGURA

«Há uns meses, a CGTP fez uma coisa em Lisboa a que, a título póstumo, se chamou "a maior manifestação de todos os tempos". Ninguém reparou. Talvez por isso, toda a gente resolveu reparar na "marcha da indignação" de sábado passado. Como seria de prever, poucos souberam dosear o esforço. Na ânsia de compensar a primeira desatenção, quase todos trataram agora, não de meter o Rossio na rua da Betesga, mas Portugal inteiro numas quantas ruas de Lisboa.

Houve quem, sugestionado pelos números prometidos na véspera, descobrisse na "rua" a verdadeira "realidade" do país. E ainda quem, a partir daí, não hesitasse em dar o passo de uma espécie de revisão constitucional imaginária. Vimos assim a rua promovida a órgão de soberania e quarto poder do Estado. Democracia? Mas quem precisa de democracia com ruas como as nossas, ainda para mais sob este abençoado clima, tão apropriado para a vida ao ar livre? Enfim, quase ninguém resistiu ao apelo da rua. Nem o Governo, que logo fez constar que também ia sair, numa manifestação depois reformada em comício.

Que dizer perante isto? O actual Governo conta com uma maioria absoluta no Parlamento, a colaboração do Presidente da República, sondagens de opinião favoráveis e até, segundo gosta de reclamar, toda a razão do mundo. Mas não lhe chega: quer ser avaliado na rua. Eis um dado significativo para o debate nacional em curso sobre a caracterização dos nossos governantes. A questão de saber se Sócrates é como Salazar está longe de resolvida, apesar da intervenção de pensadores tão subtis como Mendes Bota. Em contrapartida, a comparação com Marcello Caetano ficou definitivamente comprometida. Na tarde de 25 de Abril de 1974, Caetano chamou um general para o "poder não cair na rua". É uma cautela que os actuais ministros decidiram dispensar: são eles próprios a quererem pôr o poder na rua.

Não nos devemos surpreender com este desvario geral. Perante o mais prolongado impasse económico desde a década de 1930 e quando a oposição, por intermédio do impagável Luís Filipe Menezes, confirma não ter alternativa, que fazer, senão perder a cabeça? Mas antes de descermos todos à rua, não valeria a pena pensar bem sobre que tipo de vida política é possível assentar na ocupação temporária do espaço entre dois prédios?

A rua não é um sítio para ter razão. Na rua não valem os argumentos, valem os números, vale a presença física. Na rua, o adversário não se ouve, não existe, não conta: é referido apenas para ser assobiado, insultado, queimado em efígie. Na rua, a multidão torna-se uniforme: não se divide, não discute - não é real. A rua das manifestações é um espaço privatizado, ocupado e delimitado pelos "organizadores", onde não se ouvem outras vozes - é a negação do espaço público democrático, que é por definição aberto e plural. Que regime se pode fundar na rua, a não ser o da guerra civil, aberta ou latente? Foi assim em Portugal no ano de 1975, durante o "período revolucionário", quando a rua de um lado se confrontou e mediu com a rua do outro. As democracias podem nascer na rua - mas também lá podem morrer.

Está a "realidade" na rua, como a verdade estava no vinho? Curiosamente, a marcha de sábado foi como a pescada: um dia antes de ser realizada, já era a "maior de sempre", com o número de antemão registado de 70.000 participantes. A ninguém pareceu necessário dar uma chance à realidade para confirmar o recorde. A rua é, como sempre foi, uma questão de "organização" e "relações públicas". Com 600 autocarros preenche-se uma avenida. Mas não basta. É preciso depois discutir os números com a polícia e fazer pressão sobre as televisões e os jornais para darem as "imagens" certas. A rua, hoje, é um espectáculo tão fabricado como qualquer outra cerimónia de Estado. Não é a realidade. A realidade é a vida de um país, que se não cabe numa assembleia, ainda menos cabe numa rua.

Onde irão dar estas ruas? Menezes parece convencido de que o levarão ao governo. Perante a marcha de sábado, roubou uns preciosos minutos à operação de mudança de ramo do PSD (de maior partido da oposição para o que promete ser, segundo um seu antigo secretário-geral, a maior rede de lavandarias do país) para saudar com emoção a "ponte 25 de Abril" de Sócrates. Não lhe ocorreu que nunca poderia governar, se por acaso Sócrates caísse assim. Com esta direcção, o PSD aderiu de vez ao clube do PCP e do BE.

Quanto ao Governo, fica esta dúvida: os marchantes de sábado pediram a demissão de um ministro; e o Governo, no seu comício, vai pedir o quê? A demissão do país? Por estas ruas não iremos certamente a lado nenhum.» [Público assinantes]

Parecer:

Por Rui Ramos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

CRÍTICOS DE MENEZES APOSTAM NO SEU DESGASTE

«A atitude de ontem da Comissão Permanente do PSD, o órgão de cúpula do partido, ao intimar Rui Rio a responder pelo que disse no Conselho de Jurisdição e ao agradecer a António Capucho pelos "serviços prestados", vai ter "consequências naturais". Quem o diz ao DN é uma fonte do "grupo dos dez" antigos secretários-gerais que se manifestaram em carta contra os novos regulamentos internos, que permitem o pagamento de quotas em dinheiro. "Isto não vai acabar, será um desgaste permanente", afirma. » [Diário de Notícias]

Parecer:

Desgastar o quê?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se aos críticos de Menezes se acham que o pobre homem ainda tem alguma coisa para desgastar.»

A VEZ DA TROPA

«O novo protesto é organizado pela mesma Comissão de Militares (COMIL) que realizou os dois últimos "passeios de descontentamento" na baixa de Lisboa, um em Novembro de 2006 e o último - chamado Encontro pela Justiça e pela Lei - em Novembro passado, cuja adesão, ao contrário da anterior, redundou num relativo fracasso face ao que eram as expectativas dos organizadores. O objectivo da acção da próxima semana, que vai ser explicado hoje em conferência de imprensa junto ao Hospital Militar Principal (na Estrela, em Lisboa), é "protestar contra a situação da saúde dos militares e suas famílias, cuja degradação se acentuou significativamente nos últimos meses", informou o porta-voz da COMIL, comandante Fernandes Torres, num comunicado enviado às redacções. A situação é vista como grave entre os reformados, que viram aumentar significativamente as suas despesas de saúde com as alterações feitas pelo Executivo nessa área. Recorde-se que os subsistemas de ADM de cada ramo foram integrados num único, gerido pelo Instituto de Acção Social das Forças Armadas.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Já estava a estranhar o sossego dos militares...

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aposte-se que a seguir são os polícias.»

PCP JÁ ESTÁ A PREPARAR A PRÓXIMA GREVE GERAL

«Jerónimo de Sousa encerrou a iniciativa assumindo um crescendo de conflitualidade face à perspectiva de "novas e graves ameaças aos direitos laborais e sociais dos trabalhadores e aos seus direitos de organização sindical". O secretário-geral do PCP reiterou a confiança que tem "na luta dos trabalhadores e que estará à altura da gravidade da ofensiva que se prepara". » [Diário de Notícias]

Parecer:

Era de esperar, até ás legislativas o PCP tem que apagar o Bloco de Esquerda.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao senhor Sousa se já deu ordens ao Dr. Carvalho da Silva.»

SÓCRATES VAI CEDENDO ONDE JÁ DEVIA TER CEDIDO

«O Governo poderá estar a um passo de chegar a acordo com a Câmara de Anadia para pôr termo ao polémico encerramento das urgências do hospital local, que motivou já 19 manifestações na Bairrada e fomentou protestos noutros pontos do país. A ministra da Saúde, Ana Jorge, reuniu, anteontem, com o presidente da autarquia, Litério Marques, e apresentou uma solução que prevê cedências de ambas as partes. A proposta, conforme revelou ao JN fonte ministerial, poderá passar pela reabertura das urgências entre as 8 e as 24 horas e a troca da actual ambulância de suporte básico de vida por uma de suporte imediato de vida, para cobrir ocorrências nocturnas.» [Jornal de Notícias]

Parecer:

Se a proposta de flexibilidade na avaliação dos professores e o novo horário da urgência da Anadia tivessem sido sugestões da CIP não tinha chegado a haver manifestações.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Sócrates que seja um pouco mais inteligente.»

ANACOM RECEBEU 24.000 QUEIXAS

«Os portugueses apresentaram um total de 24 745 reclamações junto da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), ao longo do ano passado, o que traduz um aumento de 43% face a 2006, revelou ontem a instituição.» [Jornal de Notícias]

Parecer:

Só minhas poderia ter recebido mais uma dúzia. É tempo de em vez de esperar queixas a ANACOm intervir no mercado, mas para isso talvez seja tempo de substituir os seus responsáveis pois têm permitido de forma quase descarada que as empresas de telecomunicações abusem dos clientes, enganando-os e roubando-os em total impunidade.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Substituam-se os responsáveis da ANACOM.»

MINISTRA DA EDUCAÇÃO DIZ QUE NÃO RECUOU

«O processo de avaliação dos professores não vai ser adiado nem suspenso, garantiu hoje a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, em conferência de imprensa. No entanto, ressalvou que as escolas poderão simplificar os procedimentos previstos no diploma, abdicando por exemplo da observação de aulas.

“A avaliação de desempenho dos professores não está adiada nem suspensa, não será adiada nem suspensa, está em curso nas escolas”, afirmou a ministra. No entanto, as escolas poderão proceder a pequenas alterações, desde que justifiquem fundamentadamente essa medida.» [Público]

Parecer:

Pois não, estacionou por algum tempo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à ministra se sabe a diferença entre marcha atrás e inversão de marcha.»

A IDIOTICE DO DIA É DE MENEZES, DE QUEM HAVERIA DE SER...

«O presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, defendeu hoje um modelo de avaliação dos professores cujo controlo "seja desestatizado e desgovernamentalizado através de agências externas seleccionadas por concurso público". Para o líder social-democrata, o sistema deve ser, ao mesmo tempo, controlado pelos professores.» [Público]

Parecer:

Será que Menezes está mesmo convencido de que há agências externas com capacidade de avaliar rigorosamente 140.000 professores? É fácil recorrer o argumento do recurso aos privados quando não se sabe o que se há-de dizer, mas desta vez Menezes foi longe de mais na sua idiotice. Quem faz uma propostas destas tem para autarca está preparado.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Menezes que evite falar do que não sabe.»

YOUTUBE JÁ PODE SER INTEGRADO EM PÁGINAS WEB

«YouTube ha anunciado que permitirá que todo aquel que quiera integrar el servicio de alojamiento de vídeos en su propia página web podrá acceder a su extensa biblioteca de vídeos, a su audiencia mundial y al alojamiento y red de streaming. En la práctica, estos servicios permitirán a los usuarios crear sus propias versiones del portal de Google.

También se podrán aprovechar herramientas como la sindicación a los diferentes canales y usuarios, los comentarios, respuestas o listas de reproducción de YouTube. El anuncio supone una evolución significativa frente al acceso a los vídeos de YouTube disponible en la actualidad, que permite a cualquier internauta copiar e integrar los vídeos que escoge en su propia página web.» [20 Minutos]

O JUMENTO NO TECHNORATI

  1. o "Pais Atentos" e o "Anti-Tretas" repararam que O Jumento tinha prognosticado a criação de mais uma associação de pais.
  2. O "Fayal"´e o "Anti-Tretas" foram incluídos na lista da coluna da direita.

ZURA ARABIDZE

CAMA DE ÁGUA

LEVI'S