FOTO JUMENTO
Altar da Igreja de São Domingos, Lisboa
IMAGEM DO DIA
[Kyodo / Reuters]
«Sin respeto. Un hombre desnudo, que aseguró ser español, se bañó en el foso del Palacio Imperial de Japón . Subió los muros del edificio, y arrojó piedras y agua contra la policía antes de ser detenido.» [20 Minutos]
JUMENTO DO DIA
Mário Nogueira, membro do CC do PCP
Ainda mal o ano lectivo começou e já Mário Nogueira tenta organizar manifestações de professores, compreende-se, perante o falhanço da greve geral da função pública o PCP socorre-se daqueles que anda mais irritados, tratando-os como tropa de choque. Pouco importa que a FENPROF tenha assinado um protocolo em torno da questão da avaliação, agora o argumento é que os professores estão asfixiados.
Será desta que os professores vão dizer ao PCP que não são tropa de choque?
MANUELA FERREIRA LEITE APROVA SANTANA PARA CANDIDATO A LISBOA
Imagino que é assim que Pacheco Pereira vai passar a aparecer na página oficial do PSD.
AÍ ESTÁ ELE, DE NOVO!
«Por mais que me custe interromper o alarido assanhado e obstrutivo por aí disperso, continuo a dizer da pátria, dos costumes e da fancaria. Falava dos ziguezagues da política, sob o modesto pretexto de criticar as suas tentações para a irresponsabilidade. Ia no ponto e vírgula. Eis que surge a campanha pró-município. Não é fatalidade: é farsa. Se a esquerda parece uma daquelas escorrências do Miguel Sousa Tavares, a que ele chama artigos, a direita representa-se como hilariante comédia de Gervásio Lobato. Vivemos numa atmosfera de absurdo e dissimulação. Manuela Ferreira Leite concedeu, austera e firme, o nihil obstat à ressurreição de Santana Lopes. Nada a dizer: é lá com eles. Especialmente com Pacheco Pereira, mentor político e ideológico da presidente do PSD, e crudelíssimo crítico de Santana, pelo qual nunca disfarçou o maior dos desprezos. O Pacheco deve estar espavorido. Ou perdeu crédito, ou foi exautorado ou, simplesmente, ignorado e colocado ante um facto concluído. Na assombrosa epopeia da nossa história cómico--política, Santana Lopes sempre passou de nome funerário à refulgente virtude de condestável. » [Diário de Notícias]
Parecer:
Por Baptista Bastos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
AS NOSSAS BOAS CONSCIÊNCIAS
«As casas são a nossa perdição. Nos EUA, através do subprime, deram cabo do sistema financeiro; em Lisboa, por via do já lendário "património disperso", desvendaram durante uns dias os mecanismos do município. Lisboa, no entanto, resistiu melhor que os bancos americanos. É que aqui não faltou liquidez - moral.
Esta história lisboeta é curiosa. Primeiro, pelo modo como surgiu. Ao princípio, se bem se lembram, ia ser apenas outra "trapalhada" para fazer escorregar mais uma candidatura de Santana Lopes. Mas a maré cresceu, e de repente as águas estavam a molhar inquilinos inesperados. Há aqui uma lição para os jardineiros de notícias: cuidado com o que plantam, porque estas ervas são traiçoeiras. Entretanto, toda a gente teve de meter as pedras no saco e deixar Santana passar. Quanto aos inquilinos, forçados pela inundação noticiosa a trocar os apartamentos da câmara pela berlinda da imprensa, imagino que a maioria esteja a regressar ao conforto municipal dos seus lares. Tudo acabará bem. Já em 1989, segundo lembrou Mário Crespo, a história correu e ninguém se aleijou.
Há países onde estas coisas têm consequências, mesmo que temporárias. De uma das vezes que foi forçado a demitir-se, Peter Mandelson não tinha feito mais do que aceitar confidencialmente um empréstimo particular de um seu colega no Governo (para comprar uma casa, essa fatalidade). Note-se: o dinheiro não era do Estado, mas do ministro que o emprestou. No entanto, pareceu impróprio que o detentor de um cargo público dependesse, sem declarar, do favor pessoal de outro. Em Lisboa, o usufruto de um bem público foi cedido por um presidente da câmara a uma vereadora da oposição, eleita pelos cidadãos para criticar e escrutinar os seus actos. Mandelson regressou: aqui, ninguém chegou a ter de sair.
Não é só em Lisboa que as casas dos municípios fazem história. Em Paris, no seu tempo de maire, parece que Chirac também soube dar um uso muito conveniente aos apartamentos camarários. Em geral, casos destes são uma mina para os Robespierres de papel. No entanto, durante a semana passada em Lisboa, o movimento na bolsa da indignação cívica oficial foi discreto. No Diário de Notícias, Fernanda Câncio reparou: "Se em vez da 'atribuição' de casas estivéssemos a falar de envelopes de papel pardo com notas lá dentro, estaria já tudo aos gritos, a começar por Sá Fernandes e Helena Roseta, esses indomáveis campeões antinegociatas". Com efeito, não ouvimos as habituais sirenes dos justiceiros de serviço. Terá sido apenas porque as casas não cabem em envelopes? Talvez haja outra razão: é que este era um caso que só envolvia boas consciências, daquelas onde nada pesa, como na Lua. Foram aliás estas consciências - reflectidas, como observou Pedro Norton (Visão), numa "ingenuidade argumentativa à prova de réplica" - que mais surpreenderam os comentadores. São de facto a chave do caso.
Qual é então o segredo de consciências tão brancas e limpas como as que vimos estendidas na corda de secar da imprensa? Que detergente produziu tais maravilhas de inocência? Quais os seus ingredientes? Dois, pelo menos. O primeiro é este: antes de se meter nestas coisas, o cidadão precisa de adquirir previamente, nos saldos da vida, o perfil "moral" apropriado. Os personagens da história, como lembraram os próprios ou o seu clube de fãs, são "referências", sobrecarregadas de virtudes, méritos, talentos e opções políticas correctas. Tornaram-se predestinados, cuja cotação moral já não depende dos seus actos. Criticá-los só deixa mal quem critica.
O segundo ingrediente é este: convém ter o cuidado, como tiveram neste caso sucessivas gerações de presidentes, vereadores e funcionários, de criar hábitos e precedentes, sem deixar que se estabeleçam regulamentos e controle. Estamos aqui perante o ovo de Colombo da irregularidade: onde não há regras, ninguém pode violar regras. Eis por que, neste caso, nenhuma legalidade foi de facto beliscada, e nada de "anormal" se fez.Com estes passes de mágica, qualquer de nós pode pôr tranquilamente a consciência a dormir em qualquer casa: todas as acusações parecerão mesquinhas, nenhuma terá base legal, e a descida de Portugal no índice da Transparency International continuará a ser um mistério. Valerá a pena notar que muitos casos de "envelopes pardos" também começam assim, com vazios legais e pessoas insuspeitas, prontas para se justificar pelas suas "circunstâncias"? O Inferno não está apenas cheio de boas intenções, mas também de boas consciências.» [Público assinantes]
Parecer:
Por Rui Ramos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
CHINA PREOCUPADA COM ESCOLHA DO NOBEL DA PAZ
«A China criticou algumas decisões antigas do comité de atribuição do Prémio Nobel da Paz, apelando aos seus membros para não se iludirem antes da entrega do galardão na próxima sexta-feira.
"Quando Alfred Nobel decidiu criar este prémio, o seu primeiro objectivo era promover a paz no mundo e o progresso da humanidade", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang, quando questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de a escolha do comité recair em Hu Jia, activista dos direitos humanos condenado na véspera dos Jogos Olímpicos de Pequim.» [Jornal de Notícias]
Parecer:
Por este andar os chineses ainda vão querer ser eles a escolher.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proponha-se o nome de Jerónimo de Sousa para a academia sueca para que os chineses fiquem mais tranquilos.»
DONO DA PLAYBOY PERDEU UMA DAS SUAS TRÊS NAMORADAS
«A «coelhinha» Holly Madison, de 29 anos, disse que terminou a sua relação com o dono da «Playboy», Hugh Hefner, de 82 anos. Ela e as outras duas namoradas do empresário, Kendra Wilkinson, de 23 anos, e Bridget Marquardt, de 35 anos, são as estrelas do reality show «The Girls Next Door», também conhecido como «The Girls os the Playboy Mansion», do canal E!.» [Portugal Diário]
Parecer:
Pobre homem, o que irá fazer só com duas namoradas?
A ANEDOTA DO DIA: OS "VERDES" AINDA NÃO DECIDIRAM COLIGAÇÃO COM PCP
«A deputada e dirigente dos Verdes Heloísa Apolónia manifestou-se a favor da reedição da CDU nas eleições previstas para 2009, mas defendeu que se decida caso a caso se concorrem nas listas com o PCP, informa a agência Lusa.
«Antes de cada acto eleitoral se verá», respondeu Heloísa Apolónia, questionada pela Lusa sobre o cenário de reedição da Coligação Democrática Unitária (CDU), proposto nas teses ao XVIII Congresso Nacional dos comunistas, de 29 de Novembro a 1 de Dezembro. » [Portugal Diário]
Parecer:
Depois de a Holly Madison ter abandonado o Hefner seria um grande desastre os "verdes" abandonarem o PCP.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Uma má notícia nunca vem só.»
GOVERNO BAIXA IRC
«O primeiro-ministro anunciou hoje a redução do IRC para 12,5 por cento nos primeiros 12.500 euros de matéria colectável das empresas, notando que a medida irá abranger 80 por cento do tecido empresarial português.A partir desse valor de referência aplica-se a taxa normal de 25 por cento de IRC às empresas, anunciou hoje José Sócrates, no debate quinzenal do Governo no Parlamento.» [Público]
Parecer:
A criação de um escalão é inteligente.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Avalie-se o impacto.»
PCP VOLTA A USAR OS PROFESSORES
«A convocação de uma grande manifestação de rua, a realizar já durante o primeiro período de aulas, é um dos temas em análise pelos membros do secretariado-geral da Fenprof, que amanhã e sexta-feira reúnem em Lisboa. O objectivo é impedir que "os professores morram asfixiados nas escolas", explicou ontem o dirigente Mário Nogueira, que avisa que só "com medidas concretas", a definir no mesmo encontro, o Governo poderá travar nova marcha da indignação.Ao longo deste primeiro mês de aulas, os sindicatos que integram a Fenprof tomaram o pulso aos professores, que pela primeira vez se confrontam com o novo modelo de avaliação. E ontem, numa conferência de imprensa realizada em Coimbra, Mário Nogueira disse que, mais do que "desmoralizados", aqueles se encontram "esmagados pela burocracia" e "sufocados por não poderem fazer aquilo de que gostam: dar aulas".» [Público assinantes]
Parecer:
Sem capacidade de mobilização fora do Estado e depois do falhanço da greve geral da Função Pública resta ao PCP recorrer aos professores para fazer manifestações. Como não tem argumentos depois de ter chegado a acordo sobre a avaliação o argumento é do da "asfixia".
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver a mobilização.»
SARAH PALIN AINDA É PRIMA DA PRINCESA DIANA
«La candidata republicana a la vicepresidencia de Estados Unidos, Sarah Palin, tiene un lejano parentesco con la fallecida princesa Diana y con el también fallecido ex presidente de EE UU Franklin Roosevelt, según han afirmado este miércoles unos expertos en genealogía. » [20 Minutos]
Parecer:
Coitada da princesa, mesmo depois de morta continua cheia de azar.
McCAIN NÃO APERTOU A MÃO A OBAMA
O JUMENTO NOS OUTROS BLOGUES
- O "manuelinhod'Évora", o "Pátio das Conversas" sugere o post "pobres dos pobres".
- O "Polis - Fixe my Street" achou interessante a polémica em torna da possibilidade de a CML ser senhorio.
- O "Um dia perfeito para os peixes banana" sugere a leitura do post "E agora?".
- O "Drops Azul Anis S" gostou da imagem do cão do sem abrigo.
SE TIVESSES INVESTIDO $1000 HÁ UM ANO ATRÁS
VW
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE IMPRENSA