As chuvadas ajudaram alguns dos nossos políticos meterem água. O primeiro foi Francisco Assis que depois de ter recebido as prendas de Natal e gozado o reveillon reparou que tinha chovido muito ali para os lados de Torres Vedras e lá foi em peregrinação acompanhado de meia dúzia de deputados meio ensonados para constatar que a resposta do governo foi brilhante.
António Costa aproveitou a desgraça alheia para exibir a sua postura de primeiro-ministro sobra e na Quadratura do Círculo, um programa onde se fala muito e se diz pouco, desancou no governo e na EDP. Ficámos a saber que António Costa é um especialista e redes eléctricas, sabe tanto do assunto que até fala da rede na zona Oeste sem nunca lá ter ido. Quem pagou as favas foi o secretário de Estado da Energia por não ter ido ao local ajudar o povo a mudar os fusíveis. Enfim, assistimos a uma demonstração de populismo fácil para alegria de Pacheco Pereira, até parece que uma das grandes preocupações de António Costa é conquistar a simpatia do filósofo da Marmeleira.
O ano político começou da pior forma, com o “Preocupado” a transformar a mensagem de Ano Novo na primeira peça política de uma campanha presidencial ainda sem adversários e fora do tempo.