Com a política interna em banho Maria a semana foi marcada pelo assalto dos militares israelitas a um navio com ajuda humanitária. Os israelitas entraram a bordo em águas internacionais e como os tripulantes ousaram resistir responderam atirando a matar porque por aquelas bandas os israelitas têm o direito bíblico a matar quem querem e lhes apetece. Para justificarem a matança chamaram a comunicação social para mostrarem as armas dos terroristas que iam a bordo, uns canivetes misturados com as ferramentas de bordo.
Por cá o ambiente foi mais pacífico ainda que tivéssemos assistido a algumas trocas de tiros entre Santana Lopes de um lado e Marques Mendes e António Capucho do outro. Santana Lopes ousou quebrar o tabu do PSD e pôs em causa a candidatura do algarvio que trocas princípios por votos na Feira da Ladra que para ele é a política portuguesa. Foi o suficiente para levar as morteiradas dos cavaquistas, para além de uns latidos de José Eduardo Moniz, outro grande cavaquista dos tempos em que a RTP era a estação privada de Cavaco Silva.
No “campo” de Manuel Alegre foi tudo mais pacífico, Mário Soares afirmou que o apoio de Sócrates ao candidato do Anacleto era um erro, mas como resposta fez-se silêncio, no PS ninguém parece querer divergências.