Enquanto o cavaquismo oficial tenta resistir à história promovendo o desânimo colectivo, o cavaquismo ofícios, representado no PSD pela deputada Manuela Ferreira Leite e o seu escudeiro Pacheco Pereira está, no mínimo, desanimado. As sondagens que dão uma vitória expressiva a Sócrates não derrotam José Sócrates mas infligem uma pesada derrota ao cavaquismo, seja na versão septuagenária de Manuela Ferreira Leite, seja na versão mais jovem do pequeno de cabeça e rabo grandes.
Os únicos vencedores desta semana foram os borlistas das auto-estradas que graças aos cálculos eleitorais de Passos Coelho podem respirar mais algum tempo, os outros contribuintes, incluindo os que mal têm para comer continuarão a pagar-lhes as viagens em auto-estrada. Os autarcas revolucionários como o do Porto têm uns votos garantidos, o problema vai ser quando Pedro Passos Coelho tiver de explicar porque defende escolas e saúde pagos e tudo faz para manter as borlas nas auto-estradas. Ainda alguém vai lembrar-se de insinuar que nenhum dos empresários seus amigos está interessado em auto-estradas. Bem, não me admiraria nada que quando Pedro Passos Coelho passar a defender a construção de estradas o empresário Ângelo Correia aposte neste sector. Estaremos cá para analisar a relação entre as políticas de Passos Coelho e as apostas de investimento de alguns empresários.
Pelos lados do Ministério Público continua a haver muita pica quando o alvo dos nossos libidinosos magistrados é José Sócrates, esta semana houve um que por pouco não alugava alguma Chaimite e ia ao parlamento algemar Sócrates e informá-lo de que era arguido por ter incomodado um jantar da família Moniz. Enfim, as escolas de direito ou mesmo o Centro de Estudos Judiciários deveriam ter uma cadeira designada “Como não cair no ridículo.