A verdade é que os nossos políticos de direita exibiram pequenez perante a morte de Saramago, enquanto em Espanha até o líder do PP presta homenagem a Saramago num artigo publicado no El Pais, em Portugal nem o líder do PSD, nem o do CDS foram capazes de ira além de breves declarações de conveniência. A única personalidade de direita que deu a cara foi Marcelo Rebelo de Sousa, mas percebendo o grave erro que estava a cometer conspurcou a sua declaração com uma tentativa idiota de dizer que a ausência do Presidente da República era apenas física, como se houvesse algum português que não o conhecesse, a ele e a Cavaco Silva.
Enquanto Cavaco Silva como o seu cozido das furnas descansado e longe de funerais incómodos a direita digladia-se, de um lado os cavaquistas que tentam manter o exclusivo para a candidatura , do outro os católicos que ficaram surpreendidos com a forma ligeira, senão mesmo oportunista, com que Cavaco prescindiu dos seus princípios para evitar a perda de votos dos gays. Tentam pressionar Bagão Félix, Santana espreita a sua vez e acaba de aparecer um Freitas do Amaral convencido de que a sua declaração de apoio a Cavaco Silva resolve o problema.