Enquanto os europeus discutem a segurança e centram as atenções sobre o que se pode fazer ao nível do controlo nas fronteiras, o que tem sido feito em Portugal?
Em Portugal o director nacional do Serviço de Estrangeiros foi detido no passado dia 13 de Novembro, tendo ficado em prisão domiciliária, após o que pediu a demissão do cargo, tendo o novo director do SF tomado posse há três dias, no dia 9 de Janeiro, quase dois meses depois. E porque razão foi detido o mais alto responsável pelo controlo das fronteiras e pela aplicação do acordo de Schengen em Portugal? Porque lhe ofereceram duas garrafas de vinho caseiro e porque um qualquer artista lhe pediu um pequeno favor por telefone, artista que não foi acusado de nada, como se a um arguido por corrupção passiva não devesse corresponder um arguido por corrupção activa.
Enquanto a Europa discute e preocupa-se coma segurança por cá a PJ prende o SEF e o MP prende toda a gente, enquanto uma senhora procuradora vai para as televisões justificar esta limpeza digna da revolução cultural chinesa assegurando que no fim sobreviverão os honestos, só não disse se era ela e os colegas a decidirem o que se entende por honestidade e quem decide quem entra nesse reino dos céus.
E o que disse ou fez a senhora ministra da Administração Interna em relação ao que se passou em Paris? Nada, nem uma palavra de tranquilidade para o país e enquanto os seus pares foram para Paris discutir a segurança a senhora catedrática foi para uma cerimónia de bombeiros informar o país de que ia comprar dois meios aéreos, anfíbios e de asa fixa. Está claro que a delegação a portuguesa que foi a Paris, que inicialmente se devia limitar ao ministro das baboseiras, acabou por integrar um primeiro-ministro que só decidiu ir quando começou a ouvir críticas, levando consigo a presidente do parlamento e o puto Bruno. A ministra ficou por cá em cerimónias que metem bandas e comes e bebes.
Ainda bem que os terroristas devem estar convencidos de que Portugal faz parte da Espanha e desconhecem que o Al Andalus não acabava na margem do Guadiana, deixando o nosso país de fora na hora de organizarem atentados terroristas.