domingo, janeiro 25, 2015

Semanada

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O cartaz devia avisar "Paulo Macedo.Proteja-se para não morrer abandonado"

Nesta semana o país ficou a saber que Passos Coelho sempre foi um defensor de uma intervenção mais activa por parte do Banco Central Europeu, a esquerda e em particular o líder do PS é que nunca tinham reparado. Agora o país aguarda que Passos Coelho declare que sempre quis ser como a Grécia e por isso teria votado no Syriza de fosse grego.
  
Em poucos dias Paulo Macedo viu ir por “água abaixo” três anos de promoção da sua própria imagem e o desespero é tão grande que o pobre ministro já nem sabe o que fazer, só lhe falta mesmo organizar mais um das suas missas de acção de graças na Sé de Lisboa, como fez quando era evangelizador dos funcionários da DGCI. O homem bem se esforça por dizer que contrata médicos, que manda regressar reformados, que compra macas e que coloca médicos estagiários, a verdade é que o resultado da sua política começa a ser óbvio e nunca o país assistiu a tantas mortes de cidadãos abandonados nas urgências.  A última encenação de Paulo Macedo, a visita a centros de saúde num sábado de manhã mostra bem o se desespero, se estivesse à vontade teria visitado a urgência do Amadora-Sintra ou de qualquer hospital, mas a coragem não é a praia de Paulo Macedo.
  
As crianças que estão em instituições podem ficar descansadas, continuarão por lá aguardando por alguém que os adopte mas não correm o risco de serem adoptados por algum casal gay. Os bons cristãos, dos tais que alguém disse que se multiplicam como coelhinhos, defenderam o seu futuro recusando-lhes o direito de serem adoptados se os candidatos à adopção forem um casal gay.