Neste início do ano a solidariedade deste humilde palheiro vai para o procurador Teixeira e para o juiz Alexandre, duas vítimas de José Sócrates. Se Sócrates está prisioneiro de quatro paredes os ambiciosos magistrados estão prisioneiros da sua consciência agora que é cada vez mais evidente que tiveram mais olhos do que barriga e prenderam primeiro para provar depois.
Como é costume Cavaco Silva fez mais uma mensagem de Ano Novo paupérrima, evidenciando um político pequeno e sem uma única palavra merecedora de um segundo de análise. Cavaco é um político pouco culto, também prisioneiro das suas aversões, um homem que sabe que está à beira de ir ao seu próprio funeral no dia em que der posse a um governo que ele próprio ajudou a derrubar. Se a mensagem de Natal foi patética com o casal de Boliqueime armado em família real, a mensagem do Ano Novo revelou pobreza cultural.
Se Cavaco ainda se vai arrastar durante mais de um ano à espera do seu enterro, já o Alberto João que ainda está no governo já se parece com uma alma penada, só ainda não adquiriu tal estatuto porque a sua assinatura ainda vale milhões para empresas duvidosas e um jornal miserável que ele manteve com dinheiros públicos.