domingo, janeiro 25, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Pormenor de flor silvestre do Parque da Bela Visa, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Paulo Macedo

O espectáculo proporcionado por Paulo Macedo numa visita a um centro de saúde devidamente escolhido e a horas inconvenientes foi uma encenação digna de uma telenovela mexicana. Paulo Macedo não foi lá ver nada, não foi resolver nada, nem sequer estava preocupado com os doentes, ainda que se tenha dirigido com ar interessado a um utente que lá teve de o aturar. A encenação do Opus ministro Macedo visava uma única coisa a sua própria imagem.

O corajoso Paulo Macedo não visitou nenhuma das urgências onde morreram portugueses ao abandono, não visitou sequer a urgência de um hospital, o espertalhão optou por visitar dois centros de saúde e mesmo aí optou por um sábado, dia em que por ignorância dos utentes estava às moscas. Todas as televisões estavam devidamente prontas para ouvir a excelência dizer as suas patacoadas. Como é óbvio, não escolheu nenhuma urgência hospitalar, locais onde se arriscava a ouvir uns apupos, senão mesmo a ser corrido na companhia do seu secretário de Estado adjunto.

É deprimente ver um Paulo Macedo que não sabe o que fazer ao cachecol, a importunar doentes que esperam tranquilamente, para depois se dirigir à comunicação social para assegurar que tem dinheiro à farta para contratar enfermeiros e médicos. Só não disse se vai contratar os que expulsou para o Brasil ou os que fugiram de Portugal para a Inglaterra.

Portugal tem um ministro da Saúde letal e a quem a oposição se esquece de exigir a demissão por incompetência e destruição intencional do SNS. Há que ande preocupado com a maçonaria e se esqueça do poder da Opus Dei.

 Impressões

É impressão minha ou a postura combativa de António Costa faz lembrar a campanha de Vital Moreira para as eleições europeias?


 O que terá a dizer o cómico da Horta Seca sobre isto?
   
«A descida do preço do petróleo nos mercados internacionais é benéfica para países que dependem das importações de crude, como é o caso de Portugal, mas neste caso existe também o reverso da moeda: a forte ligação do mercado português a Angola. Como país produtor de petróleo, que é a sua principal fonte de receitas de exportação e fiscais (perto de 95% das exportações e 30% do PIB do país), Angola está a sofrer o impacto da queda abrupta desta matéria-prima, cujo preço do barril, após mais de três anos acima dos 100 dólares, está agora abaixo dos 50 dólares.

Para agravar o cenário, mesmo antes da descida do petróleo, Angola foi afectada por uma diminuição das vendas ao exterior devido a várias paragens na produção. Com menos receitas, haverá menos dinheiro para gastar, afectando as empresas nacionais na primeira linha, já que Portugal é o principal abastecedor de Angola, e vários grupos têm apostado na presença directa para crescer neste mercado, com destaque para as construtoras.  

A questão, neste momento, já não é se as empresas portuguesas vão ser afectadas, mas sim saber em que dimensão, e quais os sectores mais atingidos. Angola é o principal mercado externo de Portugal fora da Europa, e qualquer embate na sua economia significa uma onda de choque nas empresas nacionais. E, neste momento, conforme constata uma análise recente do angolano BAI Europa, “a alteração verificada até ao momento nos mercados petrolíferos é já suficiente para acarretar sérias implicações sobre a actividade económica do país”. O mesmo relatório destaca que este é o “segundo choque externo, de grande amplitude, após o choque sofrido no final de 2008, desencadeando um efectivo cenário de stress”.» [Público]
   
Parecer:

Pois, com notícias destas até o cómico da Horta Seca perde a vontade de dizer palhaçadas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao cómico da Horta Seca.»

 António Costa patina
   
«Janeiro de 2014: António José Seguro era líder do PS e os socialistas dominavam as sondagens com vantagens entre 8 e 13 pontos sobre o PSD. Janeiro de 2015: António Costa é líder do PS e domina as sondagens com vantagem para o PSD entre 6 e 11 pontos. A diferença é que Seguro à data era líder do partido há 26 meses, enquanto Costa o é há dois meses, mas, mesmo assim, os socialistas começam a olhar para a curva dos números com preocupação. Costa já recuperou nas intenções de voto depois da crise da liderança, mas o PSD também está mais perto.

Olhando para a evolução dos últimos meses, das sondagens da Eurosondagem e da Aximage, o PS está agora ao mesmo nível que estava antes das eleições europeias. Ou seja, com António José Seguro na liderança e ainda sem António Costa se ter disponibilizado para ser secretário-geral socialista.» [Observador]
   
Parecer:

A oposição de Costa ao governo quase faz de Seguro um antigo militante do BE.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Não querias mais nada?
   
«Numa conferência de impresa, transmitida em direto pela cadeia NTV em Djibouti, onde se encontra em viagem oficial, Erdogan disse: "Estamos a pôr à prova a Europa. Pode a Europa digerir uma Turquia cujo povo é islâmico? Poderá acolhê-la como membro? Está contra a islamofobia ou não? Se está contra deve aceitar a Turquia".» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Sugira-se que a Europa aceite a Turquia quando esta reconhecer a independência do Curdistão.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se a proposta.»

 O tabu presidencial de António Vitorino
   
«António Guterres será o homem desejado pelo PS para avançar para Belém. Porém, o nome do antigo Comissário Europeu, António Vitorino, é também carta em cima da mesa. Instado pelo Expresso a comentar esta possibilidade, Vitorino, contudo, prefere remeter para outra altura uma discussão sobre este tema e afirma que “um dia destes falarei sobre esse tema”.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

É óbvio que quem não se candidatou a primeiro-ministro também não se vai candidatar a Belém,
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aposte-se que nem Guterres, nem António Vitorino serão candidatos a Belém.»
  
 Mais 700, menos 700
   
«O ministro da Saúde recusou hoje considerar assustador o registo da Direção-Geral da Saúde (DGS) de ocorrência de 700 mortos nos primeiros 20 dias de janeiro nas urgências dos hospitais públicos.

"Nada tem nada de assustador", declarou Paulo Macedo, depois das visitas a unidades de saúde em Linda-a-Velha e Alcântara (Lisboa) com alargamento de horário de atendimento aos dias de semana e ao sábado, por causa do surto da gripe.» [DN]
   
Parecer:

O problema do Opus Macedo é não perceber que uma coisa são as estatísticas das mortes no SNS e outra é morrer gente ao abandono, como se fossem cães, em consequência do que ele fez ao SNS.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao Opus Propaganda que se deixe de tretas e se demita por incompetência.»
  
 A banqueira do Portas
   
«A nomeação de uma dedicada militante centrista para a comissão executiva do banco de Fomento está a gerar polémica e a levantar suspeitas de favorecimento partidário. Maria João Nunes, vogal da Comissão Concelhia do Porto do CDS e técnica do departamento de Turismo da Câmara Municipal do Porto (CMP), não tem experiência de gestão bancária nem ligação a empresas.

Nos últimos 10 anos, a sua carreira repartiu-se pelo gabinete municipal de turismo e cargos autárquicos em juntas de freguesia. Licenciada em Direito, Maria João tem a particularidade de ser casada com Rui Morais, autor da reforma fiscal tão elogiada pelo CDS e Paulo Portas. Rui Morais não cobrou dinheiro pelo documento.

A nomeação é "um rude golpe na dignidade da política e do banco de Fomento", reagiu ao Expresso um militante do CDS,  sob anonimato. Outras fontes classificam de "escandalosa" a  "fulgurante ascensão". Maria João nunca esteve contactável e não respondeu às mensagens do Expresso.» [Expresso]
   
Parecer:

Este Portas tem uma estranha preferência pela escolha de mulheres.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
  
 Esposa de deputado do PS foi requalificada com uma promoção
   
«Elza Mota de Andrade estava na lista de funcionários da Segurança Social que iriam ficar inativos. Acabou por ser nomeada para um cargo de chefia em Bragança, onde o marido lidera a Federação do PS.

"A extinção é para uns e não para outros, porquê? Se é para extinguir, por que é que deram um cargo a esta pessoa?", que é mulher de um deputado do PS na Assembleia da República e líder da Federação do PS de Bragança, Mota Andrade.

As palavras de indignação são de uma das 151 funcionárias do Instituto de Segurança Social (ISS) que, desde quarta-feira, passaram para o regime de requalificação por extinção do posto de trabalho e não sabem qual vai ser o seu futuro.» [JN]
   
Parecer:

Não só escapou ao destino dos colegas como ainda ficou em chefe de divisão.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao feliz esposo que renuncie ao mandato e aos cargos partidários.»
  
   
   
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