terça-feira, agosto 02, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Chapim-rabilongo [Aegithalos caudatus], Praia do Cabeço, Algarve
Jumento do dia


Nuno Crato, ministro da Educação

Qualquer pessoa percebe que há uma grande diferença entre mandar bitaites sobre educação e gerir sistema de ensino. Bem, não é bem assim e há pessoas que não o entendem, o grave é que uma delas chegou a ministro.
 
Nuno Carto parece pensar que o sistema de ensino com milhares de escolas, dezenas de milhares de professores e centenas de milhares de aluno se gere como se fosse a tasca da coxa e ainda as aulas não começaram e já há muitos sinais de confusão.

«As escolas correram contra o tempo para preparar o próximo ano lectivo. As novas indicações sobre a organização curricular do ministro da Educação e Ciência (MEC), Nuno Crato, chegaram no final da segunda semana de Julho. Mesmo assim, conta Manuel Pereira, da Associação Nacional dos Dirigentes Escolares, as equipas de directores e professores "trabalharam noite e dia, fins--de-semana e feriados" para cumprir os prazos, distribuindo os horários pelos seus docentes e enviando ainda à Direcção-Geral de Recursos Humanos da Educação a lista dos professores que ficaram sem turmas atribuídas. A tarefa ficou concluída e até sobraram duas semanas para gozarem as férias, que este ano ficaram mais curtas. Enganaram-se. No dia a seguir chegou uma indicação da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC), induzindo as direcções escolares a refazerem tudo de novo, contrariando até as ordens da tutela.» [i]

 Ironia do destino

Os ministros de Cavaco Silva criaram o BNP, usaram-no pra enriquecer e dar conforto ao bolso de amigos e acabaram por defraudar o país em mais de dois mil milhões de euros. Agora é um ministro de Cavaco Silva que vai tomar conta do que restou do banco depois de desintoxicado apesar de como disse Cavaco ter sido gerido em part-time. Esperemos que não seja a reedição daquilo que já vimos.

 Dão alvíssaras a quem os encontrar

Soares dos Santos e António Barreto notabilizaram-se pelas críticas a Sócrates e pelos apelos ou justificação de uma intervenção externa e de uma mudança governamental, patrão e empregado usaram todos os meios para que fossem satisfeitos dos Silvas, o tal casal que foi brindado com um bom negócio imobiliário na Quinta da Coelha.

Agora que as agências de rating voltaram aos ataques e países como a Espanha e a Itália se aproxioma do
Agora que as agências de rating voltaram aos ataques e países como a Espanha e a Itália se aproxima do precipício patrão e empregados parece terem ido passar férias juntos, o patrão deixou de aparecer nas televisões, o empregado deixou de dar entrevistas e as mercearias deixaram do patrão deixaram de publicitar com anúncios dramáticos os livros feitos pela fundação gerida pelo empregado.
Esta gente parece que delegou em Passos Coelho a defesa dos interesses do país, um anda a gozar os lucros das suas empresa, outro a beneficiar do salário.
    
 
    
 Um Jardim desgovernado

«A troca de galhardetes entre Alberto João Jardim e Paulo Portas no último fim-de-semana não foi só lamentável.

Foi só mais uma prova de que há uma ilha perdida no Atlântico governada por um homem que, demasiadas vezes, parece (e aparece) de cabeça perdida. Se assim não é, como explicar que um líder político suba a um palco para insultar de forma gratuita parceiros do seu próprio partido, atirando-lhes com acusações de "falsos", "fariseus" ou "bando de vigaristas"?

É verdade que a visita do líder do CDS à pérola do Atlântico não foi pacífica - nem inocente. Entre os sorrisos e os discursos, ficaram os recados. E as acusações: ao descontrolo, ao excessivo endividamento, ao alto despesismo, a tudo o que vai atolando a pequena ilha num oceano de danos financeiros que o continente vai alimentando. Mas Portas sabia muito bem o que estava a fazer. O desgoverno de Jardim dá-lhe todos os argumentos para manter na agenda da coligação um tema fracturante. E, ao distanciar-se do líder regional do PSD, Paulo Portas quer provar que é um pilar, e não uma muleta, da aliança com os sociais-democratas. Mas também já devia saber que qualquer dedo apontado ao líder madeirense é devolvido com a violência de uma bofetada. Como sempre: quem se mete com Jardim, leva.

Já não há surpresas na Madeira. Todos os anos, o discurso populista e a atitude autoritária e arrogante de Jardim repetem-se. E reforçam-se. Uma atitude que até se poderia julgar legítima. Mas não é, sobretudo quando se trata do presidente de um governo regional que continua a reclamar mundos e fundos para a sua ilha, mas não se sujeita às regras e escrutínio de quem financia a sua gestão. Modelou uma máquina governativa à sua imagem e às suas regras, mas não a alimenta sozinho - exige isso de Lisboa, que depois acusa de se querer intrometer e atrapalhar o seu governo. É um líder ingovernável, apenas protegido pela insularidade.

Entre os desfiles de carnaval e o carnaval dos discursos políticos, Jardim tornou-se assim numa espécie de caricatura desgovernada que diz umas coisas que é difícil de levar a sério. O mesmo homem que, dentro de dois meses, volta às eleições para, como ontem reclamou, "ganhar com uma grande maioria". É isso ou não poderá governar, avisa, e assim "vou embora da política". Percebe-se a exigência: um homem habituado a governar sem oposição, sem escrutínio, dificilmente se habitua a novas regras. É o absolutismo - ou a desistência. Muitos madeirenses podem não gostar da ideia de ver o querido líder virar as costas à governação, mas num País governado pela ‘troika', quantos menos exemplos de abuso, excessos, autoritarismo gratuito e violência verbal, melhor. O agora ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, em tempos achou interessante a ideia de dar a independência à Madeira, caso esta a quisesse. É a prova de fogo que Jardim nunca teve. Mas merecia.» [DE]

Autor:

Helena Cristina Coelho.
  
 Encontro de hoje: Passos Coelho seguro com Seguro!

«1. Passos Coelho receberá hoje o líder recém-eleito do PS, António José Seguro. É o primeiro encontro entre o Primeiro-ministro e o líder da oposição - dois amigos de longa data, amizade essa apadrinhada por Miguel Relvas, como já explicámos . Podemos, pois, afirmar que o país político é dominado por uma comunidade de amigos - o que é positivo para Portuga; péssimo para o Partido Socialista. Porquê? É simples e evidente: é bom para o país, porque permite uma concertação de esforços entre os diversos intervenientes políticos para aplicar as difíceis medidas de austeridade, evitando um confronto social com dimensões bem superiores. Por outro lado, péssimo para o PS, porquanto o partido do centro-esquerda é atualmente um desaparecido em combate político, sem garra, sem dinâmica. E numa crise de personalidade política sem precedentes: o PS não sabe o que é, que ideologia advoga, para onde quer ir, muito menos que direção política seguir. Já aqui escrevi que a missão de António José Seguro assemelha-se com a de Luís Marques Mendes no pós-santanismo: contudo, devo acrescentar que hoje considero que a missão do socialista é muito mais complicada. Situar o PS no centro-esquerda, agradando aos desiludidos com José Sócrates e, simultaneamente, cumprir o memorando de entendimento assinado com a troika - eis uma verdadeira missão impossível política. E nem o Tom Cruise se safava desta...

2. Posto isto, quais serão os temas abordados no encontro entre Passos Coelho e António José Seguro? Na minha opinião, serão, essencialmente, três:

a) Passos Coelho irá questionar Seguro sobre qual será o papel do PS na estratégia de recuperação nacional. De facto, Passos irá confrontar José António Seguro com a assinatura do memorando com a troika, alegando que os partidos, enquanto realidades institucionais, permanecem, devendo honrar os seus compromissos, independentemente dos líderes conjunturais. José Seguro, por seu turno, assegurará que o PS colocará sempre o interesse nacional acima dos interesses partidários - mas não abdicará dos seus princípios e valores. A estratégia socilaista será definida pelo partido, sem condicionamentos do governo ou do PSD. No fundo, Passos coelho pretenderá saber até onde o PS pensa ir no auxílio ao governo, bem como qual será o tom de António José Seguro na oposição. Mais conciliador ou mais conflitual? E, claro, que o desvio colossal que o PS deixou, nas palavras de Passos Coelho, estará em cima da mesa...

b) António José Seguro vai querer saber as medidas de austeridade suplementares que Passos Coelho já tem preparadas. Para quê? Para definir o posicionamento político do PS nos próximos tempos, tentando condicionar o governo pelo lado social. O PSD vai apresentar uma medida que , provavelmente, afetará direitos dos cidadãos - e o PS concordará, mas não na sua totalidade. Seguro arranjará sempre detalhes para entreter os portugueses. Só para dizer que faz oposição. Ou seja, a discussão política em Portugal vai centrar-se em detalhes, pormenores, peanuts!

c) Finalmente, a questão das secretas e da fuga de informações estará obviamente presente. Passos Coelho não gostou da referência que António José Seguro fez no último debate parlamentar sobre o assunto - e, segundo apurámos, já houve contactos entre colaboradores próximos de ambos para o afastar da agenda mediática. E vai uma aposta que António José Seguro vai abandonar o tema dos espiões? É que o Partido Socialista está com a cabeça (bem) metida na polémica - portanto, não lhe interessa apurar propriamente a veracidade dos factos. E há gente importante do aparelho do PS que prefere que fique tudo muito, muito silenciado. Muito, muito escuro...

3. Em conclusão, António José Seguro é um líder a prazo. As circunstâncias políticas não lhe são favoráveis. Um seu apoiante dizia há poucos dias que o aparelho só o apoiou por conveniência - nunca por convicção. Será, pois, o aparelho socialista a tirar o tapete a Seguro. Com toda a Segur...ança!» [Expresso]

Autor:

João Lemos Esteves.
 
 O colapso da social-democracia europeia?

«No início dos anos 70 do século passado - há 40 anos - o mundo vivia no fio da navalha. O império soviético estendia-se até Berlim, onde construíra um muro de separação, e disputava palmo a palmo a hegemonia mundial, ideológica, económica e militar, com os seus rivais americanos. O confronto nuclear entre os dois impérios era, então, uma ameaça permanente, enquanto os serviços secretos da CIA e do KGB espalhados por todo o mundo iam fazendo o trabalho de casa. Nessa altura, a Europa ganhava pujança económica e força política estratégica renascendo das cinzas da Segunda Guerra Mundial como um modelo social alternativo, a meio caminho entre o estatismo soviético e o liberalismo americano, assente principalmente no peso político e nas receitas ideológicas da social-democracia europeia. A Europa democrática lavara-se das suas devassas colonialistas e imperialistas e assumira-se como paladina da democracia, da solidariedade, e do Estado promotor do bem- -estar social. Homens como Willy Brandt, Olof Palme, Helmut Schmidt, Jacques Delors, Mitterrand ou Mário Soares, entre outros, protagonizaram este projecto europeu. Na mesma altura, os comunistas chineses, depois da cisão com os comunistas soviéticos, preparavam a China, ainda uma carta fora do baralho, para dar os primeiros passos num caminho de autonomia que a iria conduzir ao que é hoje uma das maiores potências mundiais. Neste tempo, tão longínquo que quase se perdeu nos confins da memória, mas tão próximo para ter sido ainda vivido pela minha geração, o modelo da Europa democrática concentrava, em si, a esperança no futuro, enquanto americanos e russos desbaratavam os seus créditos na guerra do Vietname ou na invasão da Checoslováquia.

Hoje, quatro décadas depois - tempo irrisório no processo histórico -, o todo poderoso império soviético faz parte do património arqueológico da humanidade, tendo desaparecido há duas décadas; o império americano está entre a bancarrota e os seus pergaminhos imperiais e a Europa, entretanto feita União Europeia, está a meia dúzia de passos da implosão. A China, essa, debaixo de uma feroz ditadura, caminha discretamente para se constituir a maior potência mundial. O mundo mudou muito em pouco tempo. E a social-democracia europeia também. Sobretudo a partir da deriva de Tony Blair que arrastou a social-democracia europeia para o pântano. Não se vislumbra no horizonte um regresso dos sociais-democratas europeus ao essencial, corrigindo os erros cometidos: propor soluções para a saída desta crise profunda na Europa, envolver os cidadãos nos adiais políticos e sociais do estado social, num regresso a padrões compatíveis com a riqueza efectivamente produzida, exigir justiça na distribuição dessa mesma riqueza. Numa palavra: pôr a política no posto de comando, dirigir a economia e afrontar esse papão dos mercados. A social-democracia europeia, enquanto corrente de pensamento político, não existe, quando é indispensável à reviravolta ainda possível. Andam todos, desde Geórgios Papandréu a Martine Aubry, passando Rubalcaba , a reboque dos mercados da dívida soberana, dos acordos com troikas ou das agências de rating. É triste, mas é verdade.

P.S. - O governo decidiu criar um site onde divulga as nomeações para os gabinetes ministeriais, indicando o nome, o vencimento e o cargo que desempenha. É de aplaudir, naturalmente. A transparência é indispensável à qualidade da democracia. No entanto, não se pode ficar por aqui. É necessário aplicar também o mesmo critério a todas as empresas públicas. E desafiar todos os presidentes de câmaras municipais e governos regionais a seguir o exemplo, mesmo sabendo que se corre o risco, num país de invejosos e coscuvilheiros, de se desvirtuar o objectivo principal da divulgação. O dinheiro do Estado é dinheiro dos cidadãos, dos contribuintes.» [i]

Autor:

Tomás Vasques.
  
 A falta de sorte de Balsemão

«Outubro de 1982. Chamado de urgência a S. Bento, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Marcelo Rebelo de Sousa, entra no seu passo apressado pelo gabinete do primeiro-ministro e dirige-se-lhe tratando-o pelo primeiro nome.

"Francisco, não. Faça o favor de me tratar por senhor primeiro-ministro", corrige um Balsemão possesso com mais uma patifaria do seu protegido, um jovem que adorava pregar partidas e exibir em público a sua imensa genialidade - em simultâneo, escrevia um artigo e ditava outro pelo telefone.

Marcelo acompanhara o primeiro-ministro na fundação do "Expresso" e do PSD. Quando a morte trágica de Sá Carneiro o atirou para a chefia do Governo, Balsemão entregou-lhe o "Expresso", que se revelou um feroz crítico do Governo constitucional liderado pelo dono, que foi dado como estando "lelé da cuca" na secção Gente.

Talvez para afastar Marcelo do "Expresso", talvez por querer aproveitar o seu talento nas negociações parlamentares, talvez pelas duas coisas, Balsemão chamou-o ao Governo.

Não demorou a arrepender-se. Na semana das autárquicas de 1982, decisivas para o futuro do moribundo Governo, Marcelo comunicou ao seu amigo Francisco que iria demitir-se do Governo.

O primeiro-ministro não gostou de ver o protegido abandonar um barco que se estava a afundar, mas não pode fazer mais do que pedir-lhe para manter a saída em segredo até ao dia seguinte às eleições. Marcelo jurou que manteria a boca calada, para não fragilizar o Governo. Dois dias depois a notícia estava escarrapachada na capa do DN.

Balsemão chamou-o logo a S. Bento, impôs-lhe o tratamento formal e com ele de pé à sua frente ("Quem é que o autorizou a sentar-se?", perguntou-lhe rispidamente), deu-lhe um violento raspanete. Marcelo defendeu-se argumentando que o considerava como um pai, e respondeu com uma graçola ("É o Édipo") à pergunta: "Se me considera como um pai como é que foi capaz de fazer-me uma canalhice destas?"

Vem este episódio a propósito da guerra das secretas, que opõe dois grupos de Comunicação Social (a Impresa, de Balsemão, e a Ongoing, de Nuno Vasconcellos), e que apanhou o Governo Passos Coelho no seu fogo cruzado - e de que Bairrão foi um dano colateral.

É curioso notar que Nuno Vasconcellos é filho de Luís Vasconcellos, o eterno lugar-tenente de Balsemão, e que o crescimento da Heidrick & Struggles (a empresa que criou com o seu amigo Rafa Mora) foi diligentemente regada com fartas encomendas pelo grupo liderado pelo melhor amigo e sócio do seu pai.

A sorte existe, como Woody Allen magistralmente demonstrou em "Match Point" (num jogo de ténis, quando a bola bate na rede, tanto pode cair para o outro lado do court, e nós ganhamos, como para o nosso - e perdemos). E obviamente Francisco Balsemão não tem sorte nenhuma a escolher os seus protegidos.» [JN]

Autor:

Jorge Fiel.
  

 São Gaspar

«Desde Janeiro que o gabinete de estatística da União Europeia (UE) regista um valor de 12,4 por cento para Portugal em termos de taxa de desemprego, com os números de Junho a representarem a primeira quebra desde o começo do ano.

Também junto dos jovens portugueses houve uma redução da taxa de desemprego que, para a faixa etária abaixo dos 25 anos, passou de 27,8 por cento em Maio para 26,8.

No que toca à Zona Euro, a taxa de desemprego fixou-se nos 9,9 por cento em Junho deste ano, o mesmo valor do mês anterior, enquanto em termos da UE a 27 o valor foi de 9,4 por cento.» [CM]

Parecer:

Pela forma como os jornalistas ignoram a sanznalidade do emprego, algo de que nunca se esqueceram no passado, é de esperar que não falte muito para que aquele jornal lance mais uma petição pública, desta vez para exigir ao Vaticano a beatificação de Vítor Gaspar. Milagres já há.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
  
 Miguel Relvas também já tem o seu milagre

«O Ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, defendeu hoje que a reestruturação da RTP "não é impeditiva" da sua privatização, chamando no entanto a atenção para os resultados "muito agradáveis" da empresa no primeiro semestre do ano.

"A RTP este ano no primeiro semestre teve resultados líquidos muito agradáveis, muito interessantes. Este ano a RTP vai ter de fechar o ano com resultados líquidos positivos", disse o ministro com a pasta da comunicação social, advertindo contudo que a empresa "tem ainda muita despesa que vai ter de ser cortada, que vai ter de se diminuir".Temos de ter um serviço público de televisão, é verdade, mas a valores aceitáveis", disse à margem de uma visita à agência Lusa, outro órgão de informação onde o Estado detém uma participação.» [DN]

Parecer:

Parece que o PSD já tem uma visão positiva do país, pouco lhe importando a quem se devem os resultados.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns ao Relvas, ainda que os seus amigos interessados na privatização da RTP estejam mais interessados em maus resultados.»
  
 Putin diz que EUA parasitam a economia mundial
«"Graças a Deus, [a desvalorização do dólar] não aconteceu, eles tiveram bom senso e responsabilidade. Mas, em termos gerais, não há grandes novidades, trata-se de um simples adiamento da tomada de decisões mais profundas", declarou Putin no Fórum "Seliguer-2011", que reúne juventude ligada ao Partido Rússia Unida. Além disso, o primeiro-ministro russo assinalou que a dimensão colossal do défice do orçamento norte-americano mostra que "o país vive de dívidas".

"Isso significa que o país vive acima dos seus meios", precisou, acrescentando que os Estados Unidos "em certo sentido, parasitam a economia mundial". Putin defendeu o aparecimento de novas divisas de reserva internacional, incluindo o rublo.

"E claro que o rublo irá conquistar o seu lugar digno", precisou, sublinhando, porém, que as possibilidades de uma moeda são determinadas pela qualidade da economia do país, e não pelas "notas".» [DN]

Parecer:

Tem razão.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprovem-se as declarações.»
  
 Agora buzinam...

«O trânsito começava cerca das 17.00 a ficar lento no sentido Sul-Norte, ao contrário do que é habitual num dia de semana, e a generalidade dos condutores aderia ao protesto e ao 'buzinão'. No viaduto do Pragal, que fica por cima da estrada que dá acesso à ponte, a comissão de utentes colocou duas faixas brancas, nas quais se lê: "Contra as portagens, contra o aumento nos transportes, buzina".» [DN]

Parecer:

Muitos dos que buzinam, talvez mesmo a maioria, deram o seu voto soa partidos do governo sancionando as suas política e agora queixam-se pois as buzinas não dizem em que partido votaram.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Que buzinem e paguem a portagem, quem por lá passa que a pague.»
  
 O Sócrates anda mesmo por aí

«As yields (juros implícitos) das obrigações espanholas (OE) e dos títulos do Tesouro italiano (BTP) a 10 anos subiram para valores acima de 6% - 6,20% no caso das OE e 6% no caso dos BTP. Este patamar dos 6% é considerado um nível de alarme, um corredor para os 7% que ficaram famosos como "passaporte" para a intervenção da troika.

Todas as maturidades das OE e dos BTP estão hoje em alta, destacando-se no grupo dos seis países da zona euro sob observação dos mercados financeiros (Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha, Itália e Bélgica). Também os juros da Irlanda para os títulos a 2 e a 10 anos estão em alta, mas com valores abaixo dos verificados para as obrigações do Tesouro portuguesas, que, também, estão a subir nestes prazos.» [Expresso]

Parecer:

Depois de tramar Portugal o Sócrates está a tramar a Espanha e a Itália.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Alerte-se o Passos Coelho para o perigo que Sócrates representa para o Euro.»