segunda-feira, agosto 15, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Pernilongo [Himantopus himantopus], Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António
Jumento do dia


Aguiar-Branco, ministro da Defesa

De um ministro da Defesa com nível espera-se que não vá para uma cerimónia militar discursar aos militares para falar mal de um governo anterior, esta linguagem é própria de um comício, em limite já aceitamos que Alberto João o faça na sua festa madeirense, mas é a primeira vez que um ministro da Defesa se comportou como fez Aguiar-Branco.
    
Com esta intervenção este senhor demonstrou que pode saber comer à mesa nos clubes mais privados da burguesia portuense, mas não tem nível para ser ministro da Defesa.

 Um desafio a Passos Coelho

Seria muito interessante se Pedro Passos Coelho explicasse se a casa da Manta Rota onde passa férias, é sua, emprestada ou alugada. Neste último caso seria ainda mais interessante se nos mostrasse o receio do anos passado, só para sabermos se alugou com ou sem factura.

É que esta coisa de passar férias como e entre o povo tem destes inconvenientes.
 
 As mentiras de Passos Coelho: Mentira n.º 13



 
Pedro Passos Coelho prometeu não se justificar com o anterior governo e aparentemente tem cumprido a promessa, aparentemente porque se Passos Coelho não o tem feito é evidente que tem encomendado o serviço aos seus ministros. E é precisamente quando o primeiro-ministro precisa de distrair as atenções que surge um ministro a fazer o trabalho sujo.

Numa semana particularmente difícil para o governo surge o Álvaro a mandar para os jornais facturas do anterior governo, ontem foi Aguiar-Branco a ir bem mais longe ao portar-se como um Alberto João fazendo críticas ao governo anterior a meio de uma cerimónia militar, espaço que sempre foi preservado destas manobras baixas.

Só um ingénuo pensa que cada ministro faz o que quer, principalmente quando está em causa uma promessa solene repetidas vezes feita por Passos Coelho. Estamos perante mais uma mentira de Pedro Passos Coelho ainda que por interpostas pessoas.
       

 Alguém ensina a senhora a conduzir

«Assunção Esteves envolveu-se num acidente de viação, que resultou no atropelamento de uma idosa, que atravessava uma passadeira, em Faro. O acidente, com três viaturas, ocorreu à entrada da capital algarvia, quarta-feira, ao fim da tarde.

A presidente da Assembleia da República não conseguiu parar a tempo o carro, onde seguia sozinha, e embateu numa viatura, que tinha travado para uma idosa atravessar a passadeira. Este veículo acabou por embater num outro, que estava à frente, e este atingiu a mulher, que ficou ferida com gravidade e foi transportada para o Hospital de Faro. Assunção Esteves bem como as restantes pessoas envolvidas no acidente não sofreram quaisquer ferimentos.» [CM]

Parecer:

Para conseguir provocar um atropelamento a senhor deveria estar muito distraída, por outras palavras, teve um comportamento irresponsável que não é aceitável numa presidente do parlamento.
 
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se a senhora de que dentro de uma localidade e com pessoas a atravessar passadeiras deve-se conduzir com cuidado.»
  
 O Gasparoika não foi tão bom aluno
«Parecia que tínhamos voltado a ser os bons alunos da União Europeia. Essa foi, pelo menos, a imagem que se destacou em parte da opinião expressa ontem pela troika na conferência de imprensa que serviu para anunciar que Portugal passou o teste para aceder à tranche de 11,5 mil milhões de euros do empréstimo concedido pelo FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu e que chegará em Setembro. Mas nas entrelinhas ficou um sem-número de críticas veladas: ao corte na despesa até agora inexistente, às reformas estruturais e à descida da taxa social única, que para o FMI seria o dobro do defendido no estudo divulgado pelo governo. Além de tudo isto, a troika apontou alguns incumprimentos em matéria de medidas nos rendimentos e taxas de justiça. Apontou também a utilização de fundos estruturais para pagar salários a professores e salientou que houve funcionários públicos com aumentos salariais este ano e alguns desvios nas despesas de capitais.

A troika ainda sublinhou a derrapagem de quase 600 milhões de euros - 270 milhões dos quais relativos à Região Autónoma da Madeira e 320 milhões de euros no BPN -, o que ajudou ao agravamento do défice para 1,1%, anunciado pelo ministro das Finanças 45 minutos antes do início da conferência da troika.

Foi Poul Thomsen, o representante do FMI, a explicar como diminuir este impacto, além do que já foi feito com o subsídio de Natal. Assim haverá receitas extraordinárias de 600 milhões de euros, que incluem o aumento do IVA na electricidade e no gás natural de 6% para 23% (ver ao lado) e a absorção pela Segurança Social dos fundos de pensões dos bancos (ao lado).» [i]

Parecer:

A conferência de imprensa do ministro roçou o ridículo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pela próxima avaliação.»