sexta-feira, agosto 26, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Arraiolos
Jumento do dia


Passos Coelho

Foi necessário ser confrontado com o apelo dos ricos franceses para pagarem mais impostos e as críticas de Marcelo Rebelo de Sousa para que Passos Coelho percebesse quão escandalosa tem sido a sua política económica ao deixar os ricos de fora de qualquer sacrifício. Parece ter percebido os riscos de uma contestação social às suas medidas e terá descoberta que necessita de exibir a vontade de coesão social.

O problema é que quando os ricos forem beliscados já os pobres pagam tudo mais caro e ainda ficaram sem metade do subsídio de Natal. Mesmo assim ainda só fala numa possibilidade.
   
«Fonte oficial do gabinete do primerio-ministro diz que o assunto deve ser discutido no debate da lei do enquadramento orçamental.

Assegurando que o Governo "não descarta qualquer possibilidade", a mesma fonte adiantou que "é provável que o assunto seja levantado durante a discussão do documento de enquadramento orçamental", que acontecerá nos próximos dias.» [DE]
     

 Governo põe travão a empresas municipais

«No Memorando de entendimento, o Governo ficou obrigado não só a apertar a criação de novas entidades deste tipo, mas também a colocá-las devidamente no perímetro orçamental. Por isso mesmo, diz o comunicado do Conselho de Ministros, a proposta do Governo visa "também o reforço dos poderes de monitorização da administração central sobre o sector público empresarial local".

Entre as medidas obrigatórias consta a de "limitar admissões de pessoal para obter decréscimos anuais em 2012-2014 de 1% por ano na administração central e de 2% nas administrações local e regional", mas também a elaboração de "um relatório avaliando as operações e a situação financeira do SEE a nível das administrações central, local e regional" - para além "uma redução dos custos financeiros".» [DN]

Parecer:

A troika mandou.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande quem pode, obedeça quem deve.»
  
 O Medina está de volta

«Madina Carreira, antigo ministro das Finanças, presidiu à Comissão Reforma Tributação Património que publicou um estudo em 1999 chamado Projecto Reforma Tributação Património. O primeiro-ministro da altura António Guterres, e o então ministro das Finanças António Sousa Franco, pretendiam taxar os bens móveis, acções, obrigações, títulos e depósitos.» [DN]

Parecer:

Para defender os ricos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Agradeça a generosidade ao senhor Medina.»
  
 Paulo Portas "mete férias" e vai paa a Madeira

«Continua a troca de mimos entre PSD e CDS com a Madeira em pano de fundo. E para que a coisa azede ainda mais sucedem-se as visitas de Paulo Portas à autonomia regional, onde vai encerrar as próximas jornadas parlamentares do CDS, marcadas para 5 e 6 de Setembro, e regressará para a última fase da campanha eleitoral, em Outubro. O líder do CDS-M, José Manuel Rodrigues, disse ao i que a visita já foi combinada com Portas, mas espera pelas jornadas parlamentares para confirmar a data.

Estas visitas provocam mal-estar no PSD, parceiro de coligação no governo da República. Guilherme Silva, da Comissão Política Regional do PSD-Madeira, diz que "a região autónoma não precisa de políticos nacionais" e que as visitas do líder nacional do CDS mostram que não compreende o sentido da autonomia regional: "Se entendesse bem a autonomia, Paulo Portas não teria este tipo de postura." O deputado que representa a Madeira na Assembleia da República ainda acrescenta que "para o PSD estas visitas são ajudas, pois confirmam que o PSD é o único partido que garante a autonomia e os nossos resultados dos últimos anos provam que os madeirenses percebem isto".» [i]

Parecer:

Isto está a ficar bonito.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Reserve-se lugar na primeira fila do espectáculo.»
  
 Seguro pontual com duas semanas de atraso

«O secretário-geral do PS, António José Seguro, apelou hoje ao primeiro-ministro a "voltar atrás" e aprovar as propostas socialistas que irão ser apresentadas no sentido de uma "repartição mais equitativa de sacrifícios".» [i]

Parecer:

Depois de não o ter exigido de forma clara no momento certo e depois do apelo dos ricos franceses esta exigência de Seguro merece um sorriso.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»