sexta-feira, junho 06, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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SLB, Rua das Portas de Santo Antão, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Pedro Passos Coelho

Foi preciso um governo querer desprezar a existência de uma Constituição para alguém que estudou com quase quarenta anos numa universidade sem nome e que tinha como braço direito um Relvas com uma falsa licenciatura para vir questionar a competência e o método de escolha dos juízes do Tribunal Constitucional.

Este país está a ser liderado por loucos, um diz que quer alterar o método de escolha dos juízes e dá como exemplo os EUA, o outro quer alterar a forma como se escolhe o candidato a primeiro-ministro e exemplifica com a Itália. Dois fulanos a quem o país nada deve e de quem ninguém conhece qualquer luta pela democracia ou qualquer rasgo de inteligência querem governar o país à medida das suas imbecilidades.

Passos Coelho acha que um governo que tem menos de 30% dos eleitores pode decidir o que quer e lhe apetece, assumir compromissos secretos com a troika e escolher quem suporta as doses de austeridade que entende adoptar. Isto ainda vai acabar com tanques na rua para repor a normalidade democrática.

E, entretanto, aquele que jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição anda a brincar às selfies. O país precisa de mudar de governo, Cavaco deve dar posse a um governo de transição que cumpra os compromissos internacionais democraticamente assumidos (e não os compromissos ideológicos de Passos Coelho) e que dê lugar a um governo eleito após a resolução do problema de liderança do PS.

«Passos Coelho considerou que os juízes do Tribunal Constitucional, "que determinam a inconstitucionalidade de diplomas em circunstâncias tão especiais", deveriam estar sujeitos a "um escrutínio muito maior do que o feito" até hoje.

"Como é que uma sociedade com transparência e maturidade democrática pode conferir tamanhos poderes a alguém que não foi escrutinado democraticamente", questionou Pedro Passos Coelho, apontando para o caso dos Estados Unidos da América em que os juízes "escolhidos para este efeito têm um escrutínio extremamente exigente", disse.


"Não temos sido tão exigentes quanto deveríamos ter sido", sublinhou, durante a intervenção que fez esta noite, em Coimbra, no encerramento da primeira conferência do ciclo comemorativo dos 40 anos da fundação do PSD.» [Notícias ao Minuto]

  
 Seguro até já é contra a austeridade
  
Anda, anda e ainda aparece aparece a fumar em casa.
 
 Trinta dinheiros

Quando António Costa desafiou Seguro este já era um político moribundo, com a resposta que o líder do PS deu passou rapidamente de moribundo a um cadáver que ninguém sabe como enterrar. Seguro perdeu o PS, perdeu o eleitorado do PS e agora tudo faz na esperança de que a direita, através de Passos ou de Cavaco, lhe faça o favor de marcar eleições a tempo de sobreviver.

Seguro e a sua equipa não se importa de ser um ministro de Passos Coelho, a verdade é que sempre foi essa a sua ambição e isso ficou agora nítido. Seguro concordou com quase todas as políticas de Passos Coelho, calou-se centenas de vezes quando a direita atacou o seu partido, agora que sabe que nunca será primeiro-ministro limita-se a jogos cobardes na esperança de Passos Coelho lhe pagar os merecidos trinta dinheiros.
 
 Governo de iniciativa presidencial

Passos Coelho já não representa quase ninguém, o seu governo é ilegítimo pois governa segundo as ideias erráticas de um líder sem preparação e incompetente, o primeiro-ministro assume compromissos internacionais sabendo que violam a Constituição e contando com a chantagem externa para impor as suas políticas ao país. Nestas condições só resta a Cavaco Silva demitir o governo.

Para que o país não se limite a trocar de lixo governamental a solução é dar posse a um governo de iniciativa presidencial até que estejam reunidas condições para serem convocadas eleições antecipadas, pois o país não pode correr o risco de ter um governo que resulte dos dois amigos, Passos e Seguro, juntarem os trapinhos. Portugal precisa de um governo competente e forte. Passos é forte mas não é competente e Seguro não é nem forte, nem competente.
 
 A vacuidade

O conceito que melhor define a actual classe dirigente é o de vacuidade, seja no sentido mais vulgar de oco ou vazio, seja no do vácuo resultante da ausência de interdependência entre fenómenos. Olhamos para esta geração de políticos e vemos um vazio de ideias, uma ausência total de debate e de luta política, deles nada sai, sejam do PS, do PSD, do PCP ou do BE.
  
Vejo a Ana Drago falar do seu projecto de unir a esquerda e interrogo-me sobre o que vai na cabeça de alguém da direcção de um partido que foi um subproduto da direita nos tempos de Durão Barroso, devendo mais a Pinto Balsemão e ao Eduardo Moniz do que a Louçã

Do candidato do PCP às europeias ouvi duas ideias, a saída do euro e a proposta de que os portugueses consumam aquilo que exportam e não podem comprar. Imagino que depois de sairmos do Euro iríamos comprar toda a produção da Ford Europa com o novo escudo não convertível e cotado apenas na bolsa de Havana. O mais grave é que se dizem disparates com o ar mais sério deste mundo e toda a gente aplaude.
  
Mas se a oposição permanente tem, em certa medida, medida o direito ao disparate, até porque quando olhamos para a Ana Drago pensamos pouco no que a rapariga diz, o que mais nos deprime é o tsunami de imbecilidade, vazio, incompetência e oportunismo naquilo que alguns paspalhões mais finórios da nossa sociedade tornaram moda designar por arco da governação. 

Seguro e Passos Coelho não têm ideias, projectos ou propostas, vivem de golpes e de truques, são especialistas em eliminar os adversários com recurso a golpes e a jogo sujo. Veja a forma como José Seguro reagiu à candidatura de António Costa e compare-se com a reacção de Passos Coelho ao acórdão do Tribunal Constitucional. Reagira exactamente da mesma forma, reduziram o país e o PS a uma escola do ensino básico e comportam-se como fedelhos empertigados.
  
A primeira reacção foi testar a sociedade com falsa informação, para depois recorrerem a truques, um pediu uma aclaração do que é claro, o outro quando viu que não conseguiria evitar o confronto e percebeu que nem o mesmo aparelho partidário que traiu Sócrates lhe faria o mesmo, armou-se em democrata e inventou umas directas onde será mais fácil comprar votos.
  
São políticos sem ideias, que se apoiam em claques de imbecis, de Moedas e Belezas, de Brilhantes e de Relvas, evitam o confronto de ideias, apostam na manipulação da informação e na chantagem sobre os adversários. Passos quer o dinheiro dos funcionários públicos para financiar o que ele designa por crescimento mas mais não é do que os lucros dos que o apoiam. Seguro quer forçar os portugueses a votarem nele impedindo ou adiando a sua substituição por incompetência.
  
Já passaram três anos, Passos só fez desgraças, Seguro deu o seu acordo pensando que quanto mais dura fosse a política do seu amigo do PSD maior seria a condenação do governo do seu antecessor, Cavaco a troco de qualquer coisa que não se percebe muito bem o que terá sido, apoia e apoia-se nesta gente e em vez de ler a Constituição brinca às selfies com o pessoal da bola. Estamos tramados se não nos livrarmos desta gente.
 
 Passos quer melhores juízes no TC

Que tal ir ás empresas de Ângelo Correia recrutar licenciados em direito na Lusíada ou perguntar ao Relvas se conhece algum licenciado em direito pela Independente?

Ver um primeiro-ministro sem qualificações, habilitações e preparação para o cargo pôr em causa a competência dos juízes do Tribunal Constitucional só dá vontade de rir. Qualquer um daqueles magistrados estudou e tem mais competência num dedo mindinho do que Passos tem ou alguma vez terá em todo o corpo.

Haja decência!

 Azar

Passos Coelho foge dos campos da bola como o diabo foge da Cruz, depois da famosa vaia a Durão Barroso só Cavaco teve tal ousadia, mesmo assim foi quase às escondidas ao Estado nacional e mesmo assim ouviu umas assobiadelas. Mas Passos descobriu uma solução para poder dar o seu apoio à selecção nacional, ia bem longe, ao Brasil e matava dois coelhos com uma cajadada, via a bola e fazia umas férias à conta dos contribuintes.

Ma teve azar, o TC estragou-lhe as contas da próxima campanha eleitoral e ficou cá para cercar o Palácio Ratton, mais o Nuno Magalhães e o Montenegro, com o apoio da Assunção e a anuência de Cavaco Silva.

 Declaração de voto antecipada

Se nas próximas legislativas, sejam elas quando forem, se na liderança do PS estiver Seguro votarei no MPT do Marinho. Com o meu voto nenhum membro desta praga de jotas chegará ao governo.
 
 Bruno de Carvalho e Passos Coelho

Passos Coelho podia muito bem ter dito do Constitucional o que o Bruno de Carvalho disse da bola e vice-versa, que a diferença não seria grande.

«Temos que pensar no que realmente é importante para o futebol português. Na gíria popular, porque sabemos que o futebol português está bipolarizado, isto funciona como o ânus onde temos duas nádegas que se enfrentam uma à outra dizendo 'estou aqui e sou melhor do que tu'. Entre algo fisiológico como o ânus, ou sai vento mal cheiroso ou trampa. E é disto que o futebol português está cheio por dentro e por fora: trampa. O candidato que vamos apoiar tem que ter rigor e transparência mas também um autoclismo muito grande para limpar um futebol que está conspurcado.»
 
      
 A tendinite que nos aperta o coração
   
«A pátria está dependente de uma lesão muscular da coxa esquerda, agravada por tendinose rotuliana. Não é a primeira vez que o nosso velho país tem razões de queixa da coxa. Antes de Cristiano Ronaldo, já o nosso primeiro Number One, Afonso Henriques, ao passar por uma porta de Badajoz, rasgou a coxa. Resultado, apanhado pelos adversários teve de ceder, em troca, vários castelos. É ironia do destino que a coxa, músculo que só se move para a frente, nos atrase historicamente. Por causa dela perdemos Badajoz e Tui, que são "pinas", diria um mestre da bola, comparados com o que podemos perder com a Alemanha na próxima semana. Outra ironia é um povo de grandes desígnios universais estar tão dependente de partes menores do corpo. As pancas de D. Sebastião, que nos levaram a Alcácer Quibir e a baixar de divisão, nasceram das suas maleitas venéreas. Podia fazer--se uma História de Portugal ilustrada com o desenho de um corpo humano. Para o melhor e para o pior. Por exemplo, o cérebro sobredotado de D. João II tramou-nos. Era o Colombo a explicar-lhe como ia chegar à Índia e o nosso rei, que conhecia as medidas certas do globo, a rir-se das tolices do genovês. Colombo foi vender a ideia errada à empresa ao lado e falhámos a América como Cristiano pode falhar o Brasil. Já uma ou outra entorse pode corresponder a vitória: Martim Moniz, o Entalado, partiu todas as costelas, mas graças a elas ganhámos o campeonato do Castelo de Lisboa.» [DN]
   
Autor:
 
Ferreira Fernandes.
   
   
 Sinais de saída limpa
   
«De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, a zona euro verificou, em termos homólogos, isto é, face a abril de 2013, um aumento de 2,4% no volume de vendas na zona euro, causado por uma subida em todos os setores: 2,6% no não alimentar, 2,1% na alimentação, bebidas e tabaco e 1,4% nos combustíveis.

Já entre os 28 Estados-membros, os 3,4% de aumento nas vendas a retalho deveram-se ao crescimento de 4% das vendas no setor não alimentar, de 3,2% no setor alimentação, bebidas e tabaco e de 0,6% no setor dos combustíveis.


Em termos homólogos, Portugal registou a única descida nas vendas a nível europeu, de 0,4%, enquanto a Letónia (10,5%), a Estónia (9,3%), o Reino Unido (8,4%) e a Lituânia (8%) registaram os aumentos mais significativos.» [Notícias ao Minuto]

   
Parecer:

Desta vez nem a Santinha da Horta Seca (que tem andado muito caladinha desde que confessou que já comprava sapatos portugueses) nos vale.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se o que é feito do desaparecido Pires de Lima.»
  
  Uma família de gente descuidada
   
«O atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, disse no Tribunal de Espinho que assinou, sem se inteirar do conteúdo, um contrato de 300 mil euros que o Ministério Público suspeita ser contrapartida de tráfico de influências.

O destinatário do dinheiro foi José Aleixo, que, em julho de 2008, era simultaneamente líder da Associação Comercial de Espinho (ACE) e adjunto do autarca de Espinho, José Mota.

"Só assinei. Assino dezenas e dezenas de contratos e não vejo contratos. Confio na equipa técnica. A iniciativa terá sido de dois colaboradores, que continuavam interessados em Espinho", declarou o gestor que foi constituído arguido, esteve sob escuta pela PJ, mas viu o MP arquivar-lhe o processo, com o fundamento de que lóbi não constitui crime. Porém, num dos artigos da acusação, ainda é referido como "arguido".» [JN]
   
Parecer:

Há muito que não confio nos métodos desta gente.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao senhor a partir de quanto é que pergunta qul é o destino do dinheiro.»
     

   
   
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