domingo, junho 08, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Ilusionismo na Rua Augusta, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Álvaro Beleza, limpa-fundos do aquário de Seguro

Com apoiantes como Álvaro Beleza o ainda líder do PS está dispensado de fazer campanha pela sua liderança, só ganhará se Passos Coelho o ajudar inscrevendo os militantes do PSD como simpatizantes do PS nas directas do PS. Beleza tenta denegrir António Costa com truques pouco dignos, numa tentativa desesperada de limpar a imagem de um Seguro desejado pela direita e que temn desempenhado ao longo de três anos o papel de abono de família de Passos Coelho.

Pobre Álvaro beleza, quando se preparava para ficar com o lugar de Paulo Macedo num governo onde Seguro seria o vice de Passos Coelho veio António Costa e estragou-lhe trinta anos de investimento na carreira de Seguro.É como se um apostador do Euromilhões que joga com a mesma combinação há décadas se tivesse esquecido de registar a aposta logo no concurso em que os seus números seriam a combinação vencedora.

Devemos saber compreender e perdoar alguém que deve estar a sofrer muito e que não tendo grandes princípios socorre-se de tudo para salvar um Seguro que neste momento já é um derrotado, desprezado pelos eleitores e quase abandonado pelo aparelho que o apoiou.

Todos os aquários têm os seus limpa-fundos, os peixinhos que comem os dejectos dos outros, é este o papel desempenhado por Álvaro Beleza no aquário de água suja de José Seguro.

«Álvaro Beleza diz que António Costa significa o regresso de “muito daquilo que foi o José Sócrates. Dos que estiveram no governo, todo um conjunto de pessoas que não perceberam que na política temos de passar para o futuro”.

Na entrevista, Álvaro Beleza destaca ainda que “António Costa criou um problema ao PS”, visto que, “numa altura em que a direita devia estar a discutir as lideranças do PSD e do CDS, está a discutir-se a liderança do PS”, lamenta.

Quando questionado sobre as eleições primárias, Beleza descreve-as como “resposta” e como a “maior reforma pós-25 de Abril, que é abrir os partidos à sociedade”. Além disso, diz que Seguro foi #politicamente inteligente, audaz e desprendido, porque assumiu um risco maior”.

Na iminência de eleições, “o candidato seria António José Seguro”. “Hoje tem Seguro e a 28 de Setembro ou tem Seguro ou Costa”, diz. Contudo, não esconde que “em Portugal, os comentadores da imprensa sempre levaram o António Costa ao colo”.» [Notícias ao Minuto]
 
 Dúvida
 
Será que a Nossa Senhoras de Fátima vai voltar a dar uma ajuda ao ajustamento contribuindo mais uma vez para o sucesso da avaliação da troika, aparecendo de novo à dona Maria Silva para aclarar o acórdão do Tribunal Constitucional com a sua imensa luz divina?
 
 Lembram-se do ministro da informação de Saddam Hussein?

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 A revelação de Seguro

De repente querem dizer aos portugueses que ao longo destes três anos Seguro viveu sob disfarce, em vez do líder da oposição combativo, o dirigente mobilizador, o defensor de políticas alternativas, o país viu um Seguro que muitos designam pejorativamente por "Choninhas" (há quem lhe tire merecidamente o "h"), um palavrão que todos usam em privado mas que não se deve dizer em público. Afinal o Seguro sem ideias, sem "chamaste-me?", sem alternativas e mole não passava de um duplo que entreteve o país durante três anos.

Finalmente Seguro revelou-se e vamos ter de nos habituar a este novo Seguro, deixou de ser o mole para ser um Seguro que parece ter tomado uma overdose de Viagra, um Seguro motivado, um Seguro espumando de ódio pela boca e que arrasa tudo e todos os que apareçam à sua frente. É esta a imagem que o ainda líder do PS encomendou aos seus apoiantes como Beleza e Brilhante. "Vão e digam ao povo que agora eu deixei de ser o totó para passar a ser a fera que sempre fui, o novo Leão da Estrela".

Só que este Seguro é ainda pior do que o anterior, é um Seguro desesperado com receio de perder o poder, um Seguro para quem as suas ambições pessoais estão acima de tudo, um Seguro que manda denegrir os seus adversários com truques baixos, um Seguro que parece muito mais empenhado a fazer mais oposição aos do seu partido do que alguma vez fez ao governo.

Mas temos de reconhecer que Seguro nos tem surpreendido nos últimos dias, ele e a sua equipa são bem piores do que apreciam, mais perigosos e verdadeiros especialistas no jogo sujo. Os que durante três anos se abstiveram de o penalizar com críticas por julgarem que isso favorecia a direita estavam enganados, Seguro é perigoso para a esquerda e para o país e não passa de um satélite de Pedro Passos Coelho.
 
 Tadinho...

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 Choninhas em via de extinção
   
«Conta Federico Fellini em Amarcord que num domingo de campo, o Tio Teo subiu a uma árvore e gritou: "Voglio una donnaaa!" Solitário, o homem sentia ganas: "Quero uma mulheeer!" A cena é ridícula mas respeitável como um desejo fundo. Os portugueses sabem entender esse grito porque também desejamos seja o que for, mulher ou homem, que nos desenfastie dos choninhas. Se calhar o que os povos querem é só mudança: afinal, depois de uma mulher forte, Margaret Thatcher, os ingleses escolheram um banana, John Major. Em todo o caso, tendo como certo os incertos e baços Passos Coelho e António José Seguro, os portugueses gostariam de alguma coisa substancial. Para nós, hoje, a mudança seria um político credível e forte. Qualquer um, não que nos mereça a confiança, isso só os factos irão, ou não, prová-lo no futuro, mas que nos dê a esperança de confiar. No filme, o Tio Teo é um maluco internado, não é a pessoa mais indicada para decidir o que deve ser. Mas o seu grito é para ser ouvido porque vale mais do que insatisfação calada de todos que nos rói e mata a vontade geral. Portugal, país com grandes líderes recentes, Sá Carneiro, Soares, Cunhal, não se pode conformar com a subespécie de políticos que lhe calhou, agora, em hora tão grave. Ontem, António Costa varreu para canto os patéticos truques de Seguro, e preferiu falar do governo do País. É meio caminho andado, que se tornará pleno quando, à direita, alguém capaz fizer o mesmo.» [DN]
   
Autor:
 
Ferreira Fernandes.
   
   
 Pobre Seguro
   
«"Leio, indignado, as sondagens do Expresso e do jornal i que dão uma queda brutal ao PS. Este é o resultado da irresponsabilidade do António Costa", escreve Seguro, num 'post' colocado hoje de manhã na sua página na rede social Facebook.

O secretário-geral do PS acrescenta ainda: "Os danos provocados ao PS devido à sua ambição pessoal! Um PS em queda, depois de termos ganho as eleições europeias e do Governo ter chumbado pela terceira vez no Tribunal Constitucional. Lamentável. O PS não merece isto!".» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Os eleitores estavam apaixonados por ele mas veio o António Costa e estragou tudo, primeiro foi o Sócrates nas Europeias, agora é o Costa nas sondagens. Mas Seguro não tem de se preocupar, quando o Costa partir os eleitores vai votar em massa no seu brilhantismo político.

Compreende-se a "indignação" de Seguro que justifica a luta política mais suja de que há memória na democracia portuguesa.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 Há patrões que são uns grandes filhos da p.
   
«Carlos Silva tem um cancro no fígado em estado avançado. Aos 48 anos, tem poucas perspetivas de sobreviver à doença que lhe foi diagnosticada em novembro de 2011 e nenhuma esperança de voltar a trabalhar. A ourivesaria onde trabalhava fechou em dezembro mas Carlos não foi integrado no despedimento coletivo. Os patrões dizem esperar pelo seu regresso e que era um "dos melhores funcionários". A família dá voz à indignação do doente: a empresa está à espera que ele morra para evitar pagar-lhe a indemnização.» [DN]
   
Parecer:

Como é possível ser tão filho da p.?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Deseje-se o pior para esses canalhas.»
   
 Está tudo aclarado
   
«Os portugueses estão com o Tribunal Constitucional (TC). O universo de inquiridos que se põem ao lado dos juízes do Palácio Ratton não deixa margem para dúvidas sobre o apoio que as suas decisões recolhem: mais de 70% consideram que têm feito o melhor juízo na avaliação dos vários diplomas.

Para 35,6% dos inquiridos, o apoio é contido: as decisões não são mais que razoáveis. O resto do grupo divide-se entre a opinião de que as posições do TC são "boas" (29,4%) e "muito boas" (6,1%).

Comparativamente com estes resultados, é muito pequena a franja de portugueses que discordam das avaliações de alguns ou dos oito chumbos que o TC já decretou relativamente a diplomas apresentados pelo governo de Pedro Passos Coelho. Entre "más" (13,6%) e "muito más" (8,3%), o universo de críticos não vai além dos 21,9%.» [i]
   
Parecer:

A desorientação de Passos Coelho vai levá-lo a uma derrota impensável nas próximas legislativas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
     

   
   
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