Tenho dúvidas sobre o impacto das Scut no desenvolvimento regional, bem como acerca do critério adoptado para as eliminar ou manter ou ainda sobre a justiça desse critério.
Se o Estado suporta o custo das Scut em nome do desenvolvimento das regiões onde as auto-estradas foram construídas será legítimo que muitos outros concelhos do país questionem que investimentos foram feitos nas suas regiões com o mesmo objectivo. Por exemplo, quanto investiu o Estado em infra-estruturas públicas em concelhos como o de Almodôvar, Alcoutim, Mértola ou Barrancos?
Se o país suporta os custos das Scut em nome do desenvolvimento dessas regiões é legítimo questionar quanto investe par o desenvolvimento de cada região, sob pena de se concluir que o Estado só investe onde passam estradas ou linhas de comboio.
Outra questão que se coloca prende-se com o critério da média dos rendimentos que me transforma num português rico só porque sou vizinho da sede do Millennium ou do BES, e como estes se escapam ao pagamento dos impostos são os meus impostos e os de outros infelizes vizinhos que pagam as Scut que servem quem não teve tanto azar com a vizinhança.
Pessoalmente tenho pouca simpatia por Scuts, duvido muito que as borlas se traduzam em desenvolvimento regional, todos sabemos as causas dos problemas económicos do país e as vias de comunicação não são referidas. Não é com caridade orçamental que se promove desenvolvimento regional.