Ao longo dos quase três ano de existência O JUMENTO tem vindo a denunciar a corrupção e a incompetências, duas “primas-direitas” que dominam cada vez mais a sociedade portuguesa, corroendo os eus valores éticos, destruindo a sua economia, condenando-nos ao subdesenvolvimento. Para que uns quantos “chicos espertos” possam enriquecer fácil e impunemente é todo um país que tem vindo a vergar perante uma imensa teia corrupta.
Por isso não podia deixar de elogiar as palavras que Cavaco Silva proferiu na cerimónia comemorativa do 5 de Outubro. O Presidente da República agarrou no tema com rigor, com frontalidade e deixando a Sócrates o espaço necessário para intervir, cabendo agora ao primeiro-ministro tomar a iniciativa.
Não se pretende dizer que o Governo não tenha feito nada nesta matéria, sou partidário de uma actuação eficaz e discreta, o espalhafato que algumas personagens fazem serve mais para promoção das suas carreiras pessoais recorrendo, foram mais os inocentes queimados na via pública por estes paladinos do combate à corrupção do que os corruptos enjaulados ou mesmo incomodados.
Daquilo que conheço na Administração Pública nunca a teia corrupta esteve tão consolidada, nunca deteve tantos lugares de chefia, nunca teve tanto poder, ao ponto de serem os honestos a recear o poder do corruptos. A ingenuidade deste governo em matéria de combate à corrupção chega ao ponto de em postos chave da Administração Pública ser gente duvidosa do PSD a nomear os seus afilhados para os cargos mais importantes.
Nos últimos cinco anos foram mais os honestos que foram alvo de investigações do que os corruptos condenados, foram mais os competentes saneados de lugares de chefia do que os corruptos demitidos, chego mesmo a pensar que a Distrital do PSD de Lisboa já nomeou mais chefias no Estado do que os ministros deste governo.
É urgente combater a corrupção, e este combate deve ser total e visar a destruição de toda a rede corrupta que se instalou no sectores mais importantes da Administração Pública, o seu poder é tão grande que já põe em causa a segurança do Estado.