O Alberto João fica danado porque o Governo da República (da mesma República que ele ofende sempre que lhe apetece) decide desmamá-lo e vai a correr para o comício da parvónia apelar à intervenção do Tio Cavaco.
Marques Mendes acha que deve ter um papel na governação apesar de ser líder de um pequeno partido com 28% dos votos e depois de ter estado no poder e não ter feito aquilo que agora diz ser o seu programa, e vai pedir ao Tio Cavaco que dê poderes executivos a um partido da oposição.
Os rapazes do Compromisso Portugal que são menos do que os sócios de qualquer associação de excursionistas mas por se acharem intelectualmente superiores e considerarem que a populaça escolhe mal os políticos e não tem capacidade intelectual para os entender pedem uma audiência ao Tio Cavaco para que as suas propostas sejam aplicadas por um Governo legítimo e com um programa aprovado pelo Parlamento.
Os autarcas, cuja associação é liderada pelo PSD, receiam que o Governo os proíba de empenharem a receitas das autarquias das próximas décadas o que transformaria muitos deles em porteiros da Câmara, e vão ao Tio Cavaco meter uma cunha para que não deixe o Governo governar nos domínios onde eles se governam.
Parece que o PSD quer transformar a figura do Presidente da República no Tio de Belém a que recorrem sempre que as regras da democracia os incomoda. A manter-se esta relação Cavaco Silva arrisca-se a transformar a figura do Presidente da República no Provedor do PSD.