FOTO JUMENTO
Peniche
IMAGEM DO DIA
Duas imagens seguidas na galeria de fotos do dia no USA Today [Link]:
[Jitendra Prakash, Índia]
[Marcus Borga, Reuters]
JUMENTO DO DIA
Os bons e os maus
Defender a reforma do estatuto da carreira docente dizendo que e uma reforma a favor dos bons professores, tal como fez José Sócrates, é um erro, até porque Sócrates sabe que os "bons professores" nada teriam a perder se o anterior estatuto se mantivesse. É ilegítimo defender uma proposta governamental de que há bons e maus, que há bons magistrados e maus magistrados, que há bons polícias e maus polícias ou que há bons professores e maus professores.
Isso significa que Sócrates acha que os que se manifestam contra a reforma do Estatuto da Careira Docente ou são maus ou estão a defender os maus porque, como a ministra disse, não leram a reforma. Concordo com a reforma do Estatuto da Carreira Docente e recuso-me a aceitar que Governo faça reformas no pressuposto de que havendo bons e maus está a trabalhar para os primeiros.
Também já evidente que este governos tem bons ministros nos quais incluo, por exemplo, a própria ministra da Educação, e maus ministros como sucede com Manuel Pinho, que ainda esta semana fez mais uma demonstração de inadequação e incompetência. Porque motivo Sócrates não aplica o mesmo critério dos bons e dos maus aos membros do seu Governo?
O OMNIPRESENTE MÁRIO NOGUEIRA
Já se percebeu a estratégia do PCP, perseguir José Sócrates e fazer coincidir a realização de "manifestações espontâneas" com todas as suas presenças públicas, uma estratégia que já sofreu uma afinação pois os apupos foram substituídos por cartazes bem elaborados, os espontâneos deram luar a responsáveis com discurso estruturado para optimizar a presença nas televisões.
É uma estratégia inteligente ainda que tenha os seus riscos pois a batalha da opinião pública já Sócrates quase a venceu, uma boa parte da esquerda apoia a reforma da Segurança Social e a esmagadora maioria dos portugueses conhece os resultados desastrosos do ensino e não é sensível às reivindicações dos sindicatos dos professores que nunca se bateram contra um ensino gerador de subdesenvolvimento.
Mesmo assim o PCP comete um erro evidente, o recurso sistemático às mesmas personalidades e quando vemos o Mário Nogueira a ser entrevistado pela TV todos sabemos que a manifestação à porta do restaurante onde Sócrates foi almoçar tem muito pouco de espontânea.
UMA FONTE INESGOTÁVEL DE IMAGINAÇÃO
Num país sem ideias a blogosfera é uma fonte inesgotável de imaginação, um bem que está a saque pois o cidadão que coloca o seu saber no ar apenas ambiciona que as suas opiniões circulem para além do seu monitor. Começa a ser frequentes a sensação de ver um programa de televisão e ficarmos com a sensação de já termos lido o que acabámos de ouvir em qualquer lado.
Copiar directamente de um blogue com uma dúzias de visitas envolve poucos riscos, o seu autor não ousará protestar, provavelmente até se sente feliz porque um qualquer idiota da RTP achou a sua escrita tão nobre que a decidiu copiar. Foi o que sucedeu com um post do Caderno de Corda [Link], que um jornalista da RTP copiou sem se dar ao trabalho de citar o autor.
AS SAUDADES QUE EU JÁ TENHO DE DANIEL BESSA
Daniel Bessa, um dos nossos melhores economistas, foi ministro da Economia no governo de António Guterres, apenas resistiu meia dúzia de meses, tendo abandonado o governo por um problema de lana caprina, porque entrou em conflito com um subordinado do aparelho do PS a propósito dos horários das grandes superfícies. Quando olho para o percurso de Manuel Pinho, o actual ministro da mesma pasta ficou cheio de saudades de Daniel Bessa.
Acho bem que Sócrates, ou qualquer outro primeiro-ministro, não remodele porque a oposição pede a cabeça de um ministro ou porque Marcelo Rebelo de Sousa o solicite no seu tempo de antena, um primeiro-ministro deve comportar-se como Scolari, isto é, deve escolher gente competente e capaz de fazer parte de uma equipa, não necessariamente das vedetas. E Sócrates está para a política como Scolari para a bola, tal como antes da vinda do brasileiro era os senhores da bola que escolhiam a equipa, também antes de Sócrates os ministros que não tivessem a bênção do aparelho não tinham futuro, Pinto da Costa desempenhava na bola o mesmo papel que Jorge Coelho desempenhou no governo de Guterres.
Mas isto não significa a teimosia de manter alguém que manifestamente só diz asneiras como sucede com Manuel Pinho, e das duas uma ou Sócrates sacha que o ministro da Economia tem feito um bom trabalho e cala um ministro, em cuja boca só entra mosca ou sai asneira, ou demite-o. E nesse caso procede a uma remodelação do Governo pois já são vários os governantes que motraram ter sido erros de casting.
AUTÓPSIA DE UM VIVO
Nuno Brederode dos Santos critica a infantilidade de Manuel Pinho:
«Por isso, o improviso do ministro da Economia em Aveiro é uma lamentável dissonância. Proclamar, em pose televisiva - e quinze horas depois de oitenta mil almas enxamearem Lisboa a gritar os seus medos e aflições - que "a crise acabou totalmente" é um erro de nota zero. É autopsiar um corpo que mexe. Manuel Pinho até pode achar que os manifestantes são gente iludida. Mas há infelizmente quem viva iludido e há felizmente o direito de votar iludido. Pode também alegar que a sua frase é tecnicamente defensável. Isso importará talvez aos técnicos com cujos indicadores trabalhou. Mas é politicamente indefensável e o juízo que se faz sobre o que diz um ministro é político. E é um erro ainda porque fere a legitimidade de dois grandes constrangimentos cuja tinta nem secou: o acordo na Concerta-ção Social e a decisão de apresentar um Orçamento de contenção. » [Diários de Notícias Link]
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
O MESTRE DAS ESCARAMUÇAS
É assim que António Barreto que até hoje só concordar consigo próprio, caracteriza José Sócrates:
«O primeiro-ministro tem jeito. Talvez mesmo talento e intuição. Decidiu, desde o primeiro dia, surpreender e tomar a iniciativa. Nunca ir atrás do acontecimento, mas provocá-lo. Para tal, escolheu um método: designar o adversário, denunciar um privilégio, tomar uma medida e atacar com a lei. Tudo isto tendo ao seu serviço uma inédita concentração de poderes e uma imbatível organização de informação, mas reservando sempre para ele o início da operação e o anúncio da surpresa. Juízes, farmacêuticos, professores, deputados, médicos, advogados, reformados, idosos, autarcas e funcionários públicos sucederam-se na honrosa lista das corporações que importava apear dos seus poleiros. Apenas foram poupados os grandes grupos económicos, com os quais o governo entendeu estabelecer bases para uma aliança sólida. Escolas de reduzida dimensão, "maternidades" e equiparadas, centros de urgência médica, tribunais e câmaras municipais foram apenas algumas das instituições visadas pela inesgotável energia reformadora do governo. Em muitos casos, o êxito foi imediato. A aspirina no supermercado foi louvada por quase toda a gente. Obrigar os professores a ficar mais tempo na escola foi visto como um gesto de sabedoria e autoridade. Fazer ajoelhar os autarcas de todo o país foi bem visto e mais bem comentado nos salões e cafés. E muitos foram os que acharam "bem feito" ter-se tirado um mês de férias aos magistrados que, supostamente, gozariam dois ou três. O problema é que chegou a vez dos grandes números: mães e pais, idosos, professores, doentes, pensionistas e funcionários públicos, somados, fazem muita gente. José Sócrates vê-se agora obrigado, não mais a seleccionar alvos de estimação, mas pura e simplesmente a olhar de frente para toda a população.
(...)
Quando monologa, José Sócrates é um homem doce e de aparência convincente. Se contrariado, revela uma rispidez ácida e uma pulsão vingativa surpreendentes. No Parlamento, atinge facilmente um grau de cólera pouco adequada a quem tem ainda de correr um longo caminho, a quem sabe que o mais difícil está para vir. O Mestre das Escaramuças especializou-se em raides súbitos. Não parece preparado para as grandes batalhas. Mas esperemos. Dentro de pouco mais de um ano, com novas eleições à vista, veremos se até o efémero e a superficialidade são ou não sacrificados à demagogia. Como já aconteceu antes. Tantas vezes! » [Público assinantes Link]
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se»
É O PRÓPRIO MINISTÉRIO DO TRABALHO QUE RECONHECE
Que o salário mínimo está muito abaixo do que deveria estar:
«O salário mínimo nacional (SMN) está 96,63 euros abaixo do que deveria estar para ser 60% da remuneração média do País. O alerta é dado pelo Ministério do Trabalho e Segurança Social num documento que enviou aos parceiros sociais prévio ao relatório que tem de apresentar sobre a matéria antes do debate sobre o aumento da Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG) para 2007.» [Correio da Manhã Link]
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao ministério se está a gozar.»
DEZ DIAS DE GREVE
Nas prisões:
«O s guardas-prisionais decidiram, ontem, em assembleia geral extraordinária, avançar com dez dias de greve, divididos por três períodos, em Dezembro e Janeiro de 2007. Naquela que foi considerada a maior assembleia geral de sempre do Sindicato Nacional da Guarda Prisional, que reuniu cerca de 450 associados, em Coimbra, foi aprovada, por maioria absoluta, a moção apresentada pela Direcção, dando um prazo ao Governo, até 30 de Novembro, para satisfazer uma lista de reivindicações.» [Jornal de Notícias Link]
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se aos sindicatos se não será melhor declarar uma precária geral para as prisões.»
MAIS ARTE NA BLOGOSFERA: "FROTAGE" [Link]
O Blogue de Raul Barros, criador e cultor de arte 'frotage'
«Hoje, como referi, sou talvez a única pessoa em todo o mundo a trabalhar no FROTAGE em motivos náuticos, cujos temas deslumbram as pessoas pela harmonia, serenidade a paz que transmitem.
Todas as obras recriam uma certa atmosfera de fantasia, deslumbramento e permitem-nos viajar pelo tempo e pelo espaço. Todas as obras são únicas. Não há peças iguais.
O meu objectivo é recriar esse espectáculo de vida, prestando uma homenagem ao sentimento do próprio Amor neste nosso Universo da criação.
Será minha intenção partilhar aqui neste espaço algumas das minhas criações e no plano profissional iremos fazer inúmeras exposições nos espaços e nos locais mais apropriados. Esperemos que goste e adira a este tipo de arte.»
HEY CLIP
«O clip mostra duas jovens israelitas a dançar, pular, dedilhar guitarras, enquanto entoam a letra de uma popular canção do grupo de rock «Pixies.»
«Dancing stupid» foi filmado para oferecer ao namorado de uma das protagonistas. «É fantástico», disse Lital Mizel, 22 anos, que se juntou a Adi Frimmerman, também de 22 anos, na cidade de Ramle, no centro de Israel, para conceber o vídeo, que foi colocado no «YouTube» há cerca de um ano.» [Sol Link]
M NOVO DESPORTO RADICAL, O ZORBING [Link]
JOGO: SWF ROAD [Link]
ANDREW MOORE [Link]
MILEN [Link]
BORAT NO RED LIGHT DISTRICT, EM AMESTERDÃO
MILLENNIUM CAMPAIGN: VOICES AGAINST POVERTY [Link]
PEUGEOT
PRÉVENTION SIDA [Link]