A falar em nome dos mortos ou dos que hão-de nascer, o esquema mental de alguma direita é sempre a mesma.
A confirmarem-se os resultados das sondagens para as eleições autárquicas intercalares de Lisboa que foram divulgados esta semana, vamos ter as eleições dos danoninhos. Os resultados de muitos dos candidatos, a começar pelo Telmo Correia que foi visto a sulfatar paredes, não passarão de danoninhos eleitorais, até o Zé, o tal que ninguém sabe porque motivo faz falta, se arrisca a ficar à porta do município por causa do danoninho. António Costa também poderá ficar a um danoninho da maioria absoluta, enquanto o Marque Mendes, que já é um danoninho da política portuguesa, também ficará a um danoninho de perder a liderança do PSD.
O professor Marcelo usou a estratégia dos referendos para desgastar António Guterres, a tudo o que o governo do PS propôs o PSD de então respondia com a exigência do referendo. O resultado foi o que se viu, o aborto foi adiado por uns anos e a regionalização ficou adiada para que sejam os autarcas o PSD os que mais a defendem agora.
Marques Mendes não exige referendo, mas sempre que uma grande obra pública está na rampa de lançamento exige estudos , primeiro foi o aeroporto e ainda os estudos deste estão baralhados e já está a exigir estudos para o TGV. Como o tratado constitucional não exige grandes estudos nem dá lugar a financiamentos partidários Marques Mendes seguiu a estratégia do referendo.
Marcelo não ganhou nada com esta estratégia pois na hora de o PSD poder chegar ao poder o Durão Barroso deu o golpe do baú. No caso de Marques Mendes a situação ainda é pior, ele já sabe que nunca será primeiro-ministro.
Mais o que oposição o que Marques Mendes pretende é bloquear a governação, adiar decisões e, acima de tudo, adiar o lançamento de obras lucrativas.
Parece que o blogger descobriu que algo estaria mal com o seu diploma e que este não era suficiente para o primeiro-ministro andar armado em engenheiro. A seguir vai pedir ajuda á directora da DREN e à sua rede de bufos para identificar e processar todos os portugueses que ofenderam a sua progenitora, quer estes os tenham feito por palavras, por posts em blogues ou através e graffitis nos c dos serviços públicos.
O mais prático seria prever no Simplex a implantação de um chip em cada funcionário público, desta forma o ministro poderia verificar o estado de saúde dos funcionários que estão de baixa, verificar se têm excesso e actividade libidinosa que possa prejudicar a sua produtividade no trabalho e muitas outras informações úteis. Poder-se-ia mesmo usar o chip para identificar os funcionários que digam coisas como “mentiroso”, f. da p.”, “diploma”, “engenheiro”, bem como toda e qualquer forma de intervenção oral que possa exceder o que o Estatuto Disciplinar admite na acepção a zelosa directora da DREN.
As gavetas do Ministério Público estão cheias de gente que por muito menos foram constituídos arguidos vitalícios e que o único julgamento a que foram sujeito foi o das páginas dos jornais. Se fosse um cidadão comum a meter uma cunha ao administrador executivo para que a Junta Metropolitana o Porto concedesse facilidades a um centro comercial do IKEA apanhava logo com um artigo do Saldenha Sanches no Expresso e a consequente abertura do competente processo judicial.
Mas como é o dr. Pinhoninguém leva a mal, depois do seu discurso na China o homem passou ao estatuto de inimputável.