domingo, junho 24, 2007

Semanada


Os votos dos mortos polacos

Ao ouvir a posição do presidente polaco a propósito do tratado constitucional, invocando os que morreram na guerra para concluir que se tal não sucedesse os polacos seriam muitos mais, lembrei-me da posição defendida pelos que perderam o referendo do aborto. Para pressionar o Presidente da República para que este não promulgasse a lei também invocaram os que ainda haveriam de nascer para concluírem que estavam a falar em nome da maioria, apesar dos resultados do referendo.

A falar em nome dos mortos ou dos que hão-de nascer, o esquema mental de alguma direita é sempre a mesma.


Danonihos eleitorais

A confirmarem-se os resultados das sondagens para as eleições autárquicas intercalares de Lisboa que foram divulgados esta semana, vamos ter as eleições dos danoninhos. Os resultados de muitos dos candidatos, a começar pelo Telmo Correia que foi visto a sulfatar paredes, não passarão de danoninhos eleitorais, até o Zé, o tal que ninguém sabe porque motivo faz falta, se arrisca a ficar à porta do município por causa do danoninho. António Costa também poderá ficar a um danoninho da maioria absoluta, enquanto o Marque Mendes, que já é um danoninho da política portuguesa, também ficará a um danoninho de perder a liderança do PSD.



Marques Mendes imita Marcelo Rebelo de Sousa

O professor Marcelo usou a estratégia dos referendos para desgastar António Guterres, a tudo o que o governo do PS propôs o PSD de então respondia com a exigência do referendo. O resultado foi o que se viu, o aborto foi adiado por uns anos e a regionalização ficou adiada para que sejam os autarcas o PSD os que mais a defendem agora.

Marques Mendes não exige referendo, mas sempre que uma grande obra pública está na rampa de lançamento exige estudos , primeiro foi o aeroporto e ainda os estudos deste estão baralhados e já está a exigir estudos para o TGV. Como o tratado constitucional não exige grandes estudos nem dá lugar a financiamentos partidários Marques Mendes seguiu a estratégia do referendo.
Marcelo não ganhou nada com esta estratégia pois na hora de o PSD poder chegar ao poder o Durão Barroso deu o golpe do baú. No caso de Marques Mendes a situação ainda é pior, ele já sabe que nunca será primeiro-ministro.

Mais o que oposição o que Marques Mendes pretende é bloquear a governação, adiar decisões e, acima de tudo, adiar o lançamento de obras lucrativas.


Sócrates apresentou queixa-crime a um blogger

Parece que o blogger descobriu que algo estaria mal com o seu diploma e que este não era suficiente para o primeiro-ministro andar armado em engenheiro. A seguir vai pedir ajuda á directora da DREN e à sua rede de bufos para identificar e processar todos os portugueses que ofenderam a sua progenitora, quer estes os tenham feito por palavras, por posts em blogues ou através e graffitis nos c dos serviços públicos.


O ministro das Finanças quer saber tudo sobre os funcionários públicos

O mais prático seria prever no Simplex a implantação de um chip em cada funcionário público, desta forma o ministro poderia verificar o estado de saúde dos funcionários que estão de baixa, verificar se têm excesso e actividade libidinosa que possa prejudicar a sua produtividade no trabalho e muitas outras informações úteis. Poder-se-ia mesmo usar o chip para identificar os funcionários que digam coisas como “mentiroso”, f. da p.”, “diploma”, “engenheiro”, bem como toda e qualquer forma de intervenção oral que possa exceder o que o Estatuto Disciplinar admite na acepção a zelosa directora da DREN.



O ministro Manuel Pinho meteu uma cunha

As gavetas do Ministério Público estão cheias de gente que por muito menos foram constituídos arguidos vitalícios e que o único julgamento a que foram sujeito foi o das páginas dos jornais. Se fosse um cidadão comum a meter uma cunha ao administrador executivo para que a Junta Metropolitana o Porto concedesse facilidades a um centro comercial do IKEA apanhava logo com um artigo do Saldenha Sanches no Expresso e a consequente abertura do competente processo judicial.

Mas como é o dr. Pinhoninguém leva a mal, depois do seu discurso na China o homem passou ao estatuto de inimputável.


Sócrates mandou um secretário de Estão à posse do Alberto João
Não entendo porque motivo o presidente do governo regional ficou tão ofendido, grave teria sido o primeiro-ministro ter enviado o ministro Manuel Pinho. O Alberto corria um sério risco de ver os investidores abandonarem a ilha em busca a mão de obra barata e mansa do Continente.



Portugal vai construir cinco barragens
Uma delas deve ser para aproveitar as potencialidades hídricas de ministros como Manuel Pinho ou Mário Lino.



BES não deu donativos ao CDS
Têm razão, se deram algum ao partido de Portas só pode ter sido comissões de negócios.