sábado, novembro 16, 2013

Geração J

Portugal é governado pela geração J tutelada pelo que resta do cavaquismo, de um lado políticos vazios e oportunistas, do outro políticos enriquecidos, velhos, cansados e apegados a um poder gerador de benefícios. Esta geração está para o último século da história e Portugal como a filoxera esteve para a produção de Vinho do Porto, é uma verdadeira calamidade.
 
Se alguém tem dúvidas quanto aos valores desta geração J deixou de as ter, um antigo apoiante descreveu os métodos goebelianos usados na propaganda para destruir a imagem política dos adversários, começando-se por eliminar os inimigos internos do partido para depois concentrar o trabalho sujo nos inimigos externos. Por outro lado, um jornalista descreveu uma reunião convocada por Vítor Gaspar em que promoveu uma sessão de exorcismo em que Sócrates foi apresentado como diabo.
 
Esta gente não tem valores, revela uma total ausência de princípios, atacam quem lhes faz frente sem quaisquer escrúpulos. Para esta gente o debate político em vez de servir para esclarecer e encontrar melhores soluções destina-se a dar golpes baixos e destruir ideias, pensamentos, projectos e adversários. Sócrates nunca foi atacado pelos seus projectos, pensamento ou propostas, em vez disso foi alvo de várias campanhas sujas que morreram quando abandonou o poder. Já sabemos como tudo foi gerido pela geração J, já conhecemos como o polvo actuou nos blogues e na comunicação social, resta esperar que se venha a perceber como actuou no sector da Justiça, um autêntico braço armado, uma quinta coluna desta geração J.

Se alguém pensa qu esta geração J, comum aos paridos do poder, cresceu debatendo ideias que se desengane, esta gente aprendeu a dar golpes baixos, a progredir na carreira política sem princípios. Alguém assistiu a uma crítica política de Passos aos seus adversários no PSD, ou de Seguro a José Sócrates? Não, ambos foram muito correctos com os seus adversários, limitaram-se a elogios públicos e a esperar que os golpes baixos resultassem para que tivessem o caminho aberto para o poder.

Não admira que esta geração J seja um deserto no plano dos valores, que seja incapaz de prestar provas de competência, de demonstrar respeito pelos adversários, que aceite o debate político frontal com os adversários político. Estamos perante gente que aderiu às jotas porque sendo parcos em capacidades optaram pelo caminho fácil, cresceram durante o cavaquismo e perceberam que na política não vencem os mais capazes, os mais competentes ou os mais honestos. Foram para a política porque viram gente fraca a progredir com golpes baixos, a enriquecer rapidamente com a corrupção.
  
Esta geração é uma prova de que a teoria de Darwin não se aplica aos partidos portugueses, aqui vencem os menos aptos, os mais incompetentes, aqueles por quem ninguém dá nada.