Portugal
é governado pela geração J tutelada pelo que resta do cavaquismo, de um lado
políticos vazios e oportunistas, do outro políticos enriquecidos, velhos,
cansados e apegados a um poder gerador de benefícios. Esta geração está para o último
século da história e Portugal como a filoxera esteve para a produção de Vinho
do Porto, é uma verdadeira calamidade.
Se
alguém tem dúvidas quanto aos valores desta geração J deixou de as ter, um
antigo apoiante descreveu os métodos goebelianos usados na propaganda para
destruir a imagem política dos adversários, começando-se por eliminar os
inimigos internos do partido para depois concentrar o trabalho sujo nos
inimigos externos. Por outro lado, um jornalista descreveu uma reunião
convocada por Vítor Gaspar em que promoveu uma sessão de exorcismo em que Sócrates
foi apresentado como diabo.
Esta
gente não tem valores, revela uma total ausência de princípios, atacam quem
lhes faz frente sem quaisquer escrúpulos. Para esta gente o debate político em
vez de servir para esclarecer e encontrar melhores soluções destina-se a dar
golpes baixos e destruir ideias, pensamentos, projectos e adversários. Sócrates
nunca foi atacado pelos seus projectos, pensamento ou propostas, em vez disso
foi alvo de várias campanhas sujas que morreram quando abandonou o poder. Já
sabemos como tudo foi gerido pela geração J, já conhecemos como o polvo actuou
nos blogues e na comunicação social, resta esperar que se venha a perceber como
actuou no sector da Justiça, um autêntico braço armado, uma quinta coluna desta
geração J.
Se alguém pensa qu esta geração J, comum aos paridos do
poder, cresceu debatendo ideias que se desengane, esta gente aprendeu a dar
golpes baixos, a progredir na carreira política sem princípios. Alguém assistiu
a uma crítica política de Passos aos seus adversários no PSD, ou de Seguro a
José Sócrates? Não, ambos foram muito correctos com os seus adversários,
limitaram-se a elogios públicos e a esperar que os golpes baixos resultassem
para que tivessem o caminho aberto para o poder.
Não admira que esta geração J seja um deserto no plano dos valores, que seja incapaz de prestar provas de competência, de demonstrar respeito pelos adversários, que aceite o debate político frontal com os adversários político. Estamos perante gente que aderiu às jotas porque sendo parcos em capacidades optaram pelo caminho fácil, cresceram durante o cavaquismo e perceberam que na política não vencem os mais capazes, os mais competentes ou os mais honestos. Foram para a política porque viram gente fraca a progredir com golpes baixos, a enriquecer rapidamente com a corrupção.
Esta geração é uma prova de que a teoria de Darwin não se aplica aos partidos portugueses, aqui vencem os menos aptos, os mais incompetentes, aqueles por quem ninguém dá nada.