Passos Razão tinha razão, seu Diabo viria mesmo a Portugal, não sob a forma de bancarrota, mas com a forma de incêndio mortífero Isso explica que um líder quase apagado e co m uma derrota anunciada nas autárquicas se tenha sentido renascido, ressuscitado nas cinzas do incêndio de Pedrógão.
Depois de um ou dois dias em silêncio, Passos reagiu ao incêndio da forma que todos vimos, inventando mortos por suicido devido à ausência do Estado. Desde então o líder do PSD explora a desgraça quase diariamente, recorrendo ao tema em todos seus discursos, seja nos jantares de lombo assado da campanha das autárquicas, seja no discurso policopiado do mau estado do líder da oposição.
Passos não tem qualquer projeto para o país, nada propõe que mereça qualquer atenção, recusa-se a apresentar propostas nos debates parlamentares, limita-se a exibir-se no papel de vítima que foi impedido de fazer maravilhas. Agora recorre à tragédia alheia para preencher o seu vazio, chagando ao ridículo de acusar o governo de não acorrer às pessoas, como se a solução fosse dividir a ajuda em envelopes a entregar.
Que se saiba Passos só foi a Pedrógão para inventar suicídios e chorar lágrimas de crocodilo num funeral, não passou por lá para ver o que estava sendo feito, para ouvir as queixas da população, para fazer sugestões. Limita-se a inventar, a falar sem fundamento como o fez quando disse ao país que familiares de vítimas de suicídio lhe tinham dito que os seus familiares se tinham matado devido à ausência do governo.
Passos poderia ter a inteligência de perceber que errou, mas prefere repetir e insistir nele, porque não tem ideias, não tem propostas, não tem argumentos para se apresentar aos eleitores, é um vazio a preto e laranja como o cartaz ridículo da sua espécie de candidata a Lisboa.