Jumento do Dia
O PSD vai de mal a pior, depois de transformar o ódio aos ciganos numa bandeira partidária vem agora a ladainha de que este é o único partido verdadeiramente português. Como as alarvidades ainda eram poucas esqueceu-se de que o resgate da Madeira, o tal buraco que era o desvio colossal que serviu de argumento para cortar vencimentos no Estado, é injusto para a Madeira, acusando o PS de cobrar à região mais do que a troika cobra a portugal. O desespero de Passos está a levá-lo à loucura.
«O PSD é o único partido verdadeiramente português e que luta pelos portugueses. Há tanta cigarra na política portuguesa, mas caramba quando é preciso tomar decisões não é para todos. Tem sido para nós e voltará ser”. Pedro Passos Coelho acabou assim o discurso no Chão da Lagoa, uma nota de esperança para o povo que este ano resistiu ao vento, ao frio e ao nevoeiro e aguentou com a bandeira na mão uma hora de discursos políticos. É certo que a seguir vinha Fafá de Belém, mas no Chão da Lagoa a política faz parte da festa.
O líder nacional dos sociais-democratas não se demorou muito, mas já que estava naquela que é, segundo o próprio, a festa do PSD que mais gente mobiliza no país, sublinhou a natureza popular do partido, esse tal partido português que não é liderado por cigarras e gente que apenas está preparada para as boas notícias. Não é como a geringonça que, quando alguma coisa corre mal, “foge às suas responsabilidades” e esconde-se atrás “política de comunicação”.
“A República exigir à Madeira mais do que paga ao FMI é injusto”
O PSD, o nacional e o da Madeira, dá a cara, toma decisões e não foge aos compromissos que assume. Passos Coelho não esqueceu onde estava, nem que o PSD-Madeira tem apenas quatro câmaras das 11 da região ou que António Costa esteve no Funchal a apoiar a candidatura de Paulo Cafofo. Mesmo na oposição, garantiu que com ele no governo já havia novo hospital e de certeza a Madeira estaria a pagar a mesma taxa de juro que a República pelos empréstimos feitos ao FMI. “A República estar a exigir à Madeira mais do que paga ao FMI é profundamente injusto”, ainda mais porque Lisboa perdoou mais de 600 milhões aos bancos há pouco.» [Expresso]