quinta-feira, julho 27, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Hugo Soares, "taberneiro" e Assunção Cristas

Este senhor não tem a mais pequena noção da dignidade, teve uma entrada de leão como líder parlamentar do PSD ao promover uma jogada indigna de um deputado do seu partido, exigindo ao governo que cometesse uma ilegalidade e sabendo muito bem que estava fazendo jogo sujo. Agora, que a manobra foi desmontada esta besta quadrada em vez de pedir desculpa aos portugueses e ao seu próprio partido, vem armar-se em parvo dispensando o governo de responder ao seu ultimato. Nunca o PSD desceu tão baixo e nunca teve um líder parlamentar com tão pouca qualidade.

Assunção Cristas, que de vez em quando não resiste á tentação de desempenhar o papel de caniche de Passos Coelho, não resistiu à tentação de embarcar nesta manobra suja. Agora vem armada em parvinha fazer de conta que não sabia que não cabia ao governo fazer listas de mortos. Grande pateta! Estranha forma de ser uma boa cristã esta de usar vítimas para conseguir protagonismo político e quase deixar passar a ideia de que bom, bom era terem havido mais vítimas. Mas esta senhora vai mais longe e depois desta postura indigna ainda diz que tem sentido de Estado, é o que diz a Lusa que reproduz esta bela declaração da senhora: “Da nossa parte tem havido um acompanhamento intenso, responsável e com sentido de Estado desde sempre destas matérias. O que lamentamos é que o Governo nem sempre tenha tido essa abordagem e essa postura, e, portanto, as palavras ficam com quem as disse”

«Depois do ultimato, o passo atrás: depois de o Ministério Público ter divulgado a lista oficial de vítimas mortais do incêndio de Pedrógão Grande, o PSD pediu esta manhã a Ferro Rodrigues que cancele as reuniões que pedira no Parlamento - da conferência de líderes e da comissão permanente - para discutir a falta de publicitação dos nomes.

Hugo Soares elogiou a atitude do Ministério Público que "andou bem e pôs um ponto final naquela especulação à volta do segredo de justiça". E criticou o Executivo: "O Governo não fez o seu trabalho - fez o Ministério Público e fez muito bem."

Perante os jornalistas, o novo líder parlamentar do PSD considerou que "finalmente e de uma vez por todas foi posto um ponto final numa especulação criada pela irresponsabilidade do Governo e pela forma como o Governo quis gerir politicamente aquilo que não pode nem deve estar no domínio da política". Hugo Soares acrescentou que as famílias podem agora "pedir as indemnizações e serem ressarcidas pelos danos, pelas mortes dos familiares e continuar as suas vidas".» [Público]

«A presidente do CDS-PP considerou hoje positivo que a Procuradoria-Geral da República tenha divulgado a lista das vítimas mortais nos incêndios de Pedrogão Grande e acusou o Governo de ter alimentado "um tabu" sobre esta questão.

"Esperemos que agora se acabe com este tabu que lamentavelmente o Governo alimentou quando não foi claro em relação a esta matéria. Creio que é positivo poder-se ter acesso a essa lista e certamente o Ministério Público fará o seu trabalho", disse Assunção Cristas.

Falando aos jornalistas à margem de uma visita a um centro de apoio a reformados, em Lisboa, a presidente do CDS-PP considerou que a divulgação da lista pela PGR permitiu já perceber que "há mais duas mortes sob investigação, ligadas ainda que indiretamente aos incêndios de Pedrógão".» [DN]

 É estranho

De um dia para o outro os jornais passaram a ignorar os mortos de Pedrógão Grande, até o Expresso que dava corpo à manobra suja lançada pelo PSD passou a ignorar o tema. Ricardo Costa, diretor de informação do Expresso, tem a obrigação de explicar aos seus leitores o porquê desta mudança tão repentina de estratégia editorial.

 Um interrogação que me atormenta

O que é feito da maluquinha dos 100 mortos? Agora é que era um bom momento para o Ricardo Costa aprofundar a sua preocupação com a lista de mortos entrevistando-a na SIC . Fica a sugestão para o rapaz do Expresso.

 Aproveitamento ou jogo sujo

A esquerda está acusando o PSD de aproveitamento político das vítimas de Pedrógão. Se fosse aproveitamento isso significava que o PSD e o CDS se tinham limitado a acusar o governo de responsabilidades nessas mortes. Mas a direita foi mais longe, insinuou que o governo estava escondendo mortos, passando a responsabilidade subliminar de culpa quase intencional. O PSD foi mais longe no jogo sujo, inventou suicídios e quando pensou que a lista da maluquinha dos 100 tinha fundamento fez mesmo um ultimato ao governo exigindo os nomes das vítimas. EM poucas horas esqueceram-se do que disseram e a maluquinha dos 100 parece ter desaparecido.

      
 Toda a gente sabia
   
«Moradas falsas e encarregados de educação fictícios. São vários os estratagemas para conseguir vaga nas escolas mais procuradas pelos pais, sobretudo no centro de Lisboa. No Agrupamento Filipa de Lencastre, que viu a popularidade disparar nos últimos anos graças à boa posição alcançada nos rankings, as suspeitas de fraude já levaram mesmo o Ministério da Educação a anunciar esta terça-feira a abertura de um inquérito.

A investigação, a cargo da Inspeção-Geral de Educação e Ciência (IGEC), foi aberta na sequência de queixas apresentadas por vários pais cujos filhos não conseguiram vaga no agrupamento apesar de serem moradores na zona.» [Expresso]
   
Parecer:

O PSD até defende que a escolha da escola devia ser livre, um dia destes, quem mora ao lado do Liceu Pedro Nunes teria de se matricular em Loures para que os residentes em Cascais andassem nesse liceu.

A verdade é que toda a gente de Lisboa conhece o esquema e que este é protegido pelas escolas em causa, porque proporciona uma pré-seleção que acaba por as favorecer nos resultados. Isto é, da mesma forma que alguns colégios ricos conseguem bons resultados, algumas escolas públicas também os conseguem porque na prática usam critérios de seleção dos alunos com os mesmos resultados. Há mesmo muitos alunos que andam em colégios privados e no 10.º ano transitam para as boas escolas públicas, ou seja, quem tem dinheiro tem direito aos colégios privados e a passar á frente de quem não tem meios na hora de matricular os filhos nas escolas públicas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
  
 Uma maluca
   
«A Polícia Judiciária deteve, esta quarta-feira, uma mulher suspeita de ter ateado um incêndio florestal no concelho de Castelo Branco. De acordo com um comunicado da PJ, trata-se de uma doméstica de 50 anos, que foi detida pela “presumível prática de um crime de incêndio florestal em terreno povoado por pasto seco e pinheiros, com utilização de isqueiro”.

Segundo o Correio da Manhã, a detida começou o incêndio depois de ter visto as chamas em Coimbra e porque queria ver a atuação dos bombeiros perto da sua habitação, acrescentando que tem um fascínio por chamas.» [Observador]
   
Parecer:

Este país está cheio de gente irresponsável.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Meta-se a senhora uns tempos longe da floresta.»

 Os carros a gasolina e a gasóleo vão ser proibidos
   
«O Reino Unido vai proibir, até 2040, a venda de automóveis movidos a gasolina e gasóleo — um compromisso que será anunciado esta quarta-feira pelo Governo de Theresa May e que vem na sequência de uma decisão similar em França, no início do mês.

A medida integra o programa público de combate à poluição, que quer evitar os riscos associados às emissões de gases nocivos. Os automóveis híbridos também serão proibidos, porque além de usarem eletricidade são movidos a combustível de origem fóssil.

O Governo defende que esta medida é essencial para evitar os problemas de saúde que, segundo os responsáveis pelo programa, estão a afetar as populações e que estão relacionados com a qualidade do ar. Para o Governo, este é o principal risco ambiental para a saúde pública, que pode chegar num só ano a custar ao país 2,7 mil milhões de libras em produtividade perdida (cerca de três mil milhões de euros).» [Observador]
   
Parecer:

É uma questão de tempo para que a medida se generalize e seja antecipada no tempo, é muito provável que muitos antes a tecnologia dos carros elétricos esteja suficientemente evoluída para que os carros a gasóleo e gasolina não façam sentido.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»

 Cristas oportunista
   
«"Isto mostra uma fragilidade, uma descoordenação e uma falta de funcionamento das instituições nesta área que eu creio que é muitíssimo preocupante", declarou Assunção Cristas, acrescentando que o partido continuará "a fazer perguntas".

Assunção Cristas referia-se a declarações da secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda, que admitiu na terça-feira na comissão parlamentar de Defesa ter sabido do furto de armas pela comunicação social, ao início da tarde em que o Exército divulgou o furto, dia 29 de junho, detetado no dia anterior.

A presidente do CDS-PP considerou que o primeiro-ministro, António Costa, "foi um dos principais responsáveis e atores" num processo que "correu mal".

Em declarações aos jornalistas no final de uma visita ao centro de dia do Bairro do Rego, Lisboa, no âmbito da pré-campanha eleitoral das autárquicas de outubro, Assunção Cristas manifestou ainda "perplexidade" face às declarações do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Pina Monteiro, que foi ouvido pela mesma comissão na terça-feira de manhã.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Percebendo que o seu jogo sujo das listas de mortos tinha sido abortado a líder do CDS tenta disfarçar lançando mais acusações ao governo. Para não dar a cara por aquilo que tem feito com os incêndios tenta agora mudar de tema e vira-se novamente para Tancos. Deve achar que os portugueses são uns lopras que não percebem a sua manobra imbecil.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se a senhora ter um pouco mais de sentido de Estado.»

 E a sardinha desaparecer, também é impensável?
   
«Ana Paula Vitorino, que falou aos jornalistas à margem de uma visita a Portimão, onde participou com o ministro da Defesa na assinatura de protocolos e na inauguração do sistema de radares “Costa Segura” na cidade algarvia, garantiu que a definição dos 'stocks' de sardinha para 2018 será definida, como estipulado, em Outubro, depois de ser feito um novo cruzeiro de monitorização da espécie em agosto.

“As decisões que existirem, não são tomadas agora, serão tomadas em Outubro, conforme planeado e previsto, conforme os dados que existirem na altura”, afirmou Ana Paula Vitorino, frisando que a definição dos 'stocks' de sardinha para Portugal é uma matéria “acompanhada pela Comissão Europeia mas não é fixada pela Comissão Europeia”.» [Público]
   
Parecer:

Entre desaparecer a pesca abusiva e desaparecer a sardinha espero que seja a pesca a desaparecer primeiro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite-se á ministra daods e estudos sérios e atualizados que sustentem a sua opinião.»

 O que pretende Marcelo?
   
«Em ditadura, lembro-me há 50 anos, era possível haver tragédias e nunca ninguém percebia bem quais eram os contornos das tragédias porque não havia um Ministério Público autónomo, juízes independentes e comunicação social livre. Em democracia há tudo isto.”

Estas foram algumas das palavras que Marcelo Rebelo de Sousa disse aos jornalistas na terça-feira à noite, ao chegar ao posto de comando da Proteção Civil em Mação, para se inteirar sobre a evolução do incêndio de grandes proporções que lavra no concelho desde domingo.

Com esta comparação, Marcelo quis dizer: a situação podia ser pior. Mais uma vez, Marcelo Rebelo de Sousa saiu – nem que de forma indireta – em defesa do Governo de António Costa. O executivo tinha estado nos últimos quatro dias sobre forte pressão para divulgar o nome de todas as vítimas mortais do incêndio de Pedrógão Grande – o que o Ministério Público acabou por fazer ao início da noite desta terça-feira.» [Expresso]
   
Parecer:

Seria bom recordar a Marcelo que a comunicação social na ditadura era bem mais independente em relação ao poder do que alguma comunicação atual é em relação aos partidos da direita.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite-se a Marcelo que se explique melhor e diga frontalmente o que pretende, doa a quem doer.»