quarta-feira, julho 19, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
André Ventura

Este pobre diabo sente-se um herói porque ter feito referências a um grupo ético inaceitáveis em democracia, depois de uma reação de falso arrependimento o ambicioso comentador da CM já se sente um herói nacional, percebeu que o racismo dá votos. Agora já sente que a sua candidatura autárquica tem uma dimensão nacional pois é de todo o país que sente o apoio.

É uma pen que nos últimos anos o LB não se tenha limitado a ganhar títulos e a lançar grandes jogadores, à sombra da sua força também tem lançado algumas personagens execráveis que sem o atiçar de ânimos odiosos não seriam ninguém nesta vida.

«A candidatura de André Ventura enviou um comunicado às redacções no qual se lê que o candidato vai manter-se na corrida à Câmara Municipal de Loures, mesmo sem o apoio do CDS. “Trata-se de uma decisão política legítima, que lamentamos, mas que não vai travar os princípios da coligação 'Primeiro Loures', que segue agora o seu caminho com o apoio expresso do PSD e do PPM”, lê-se.

“A candidatura aproveita para reforçar que está totalmente empenhada em apresentar e defender junto da população lourense o seu projecto político, para tornar Loures um dos dez concelhos com mais qualidade de vida em Portugal. É para as pessoas que faço política e sinto nelas uma força cada vez maior, não só em Loures mas no país inteiro”, continua o candidato na nota enviada à imprensa.» [Público]

 Dúvidas que me atormentam

Porque será que tantos comentadores consideraram o simulacro de referendo realizado na Venezuela como um ato eleitoral cujos resultados devem ser considerados legítimos e são tão contra um referendo na Catalunha, para não falar das muitas dúvidas que colocaram sobre a legitimidade do Brexit?

 O referendo da Venezuela

Os grupos da oposição venezuelana organizaram um referendo sem qualquer controlo, sem qualquer campanha e sem regas, agora, só porque estiveram na Venezuela alguns presidentes de direita reformados, querem que os seus resultados sejam tidos em consideração. Isto é, aos atos eleitorais de Maduro cuja legitimidade não foi contestada a direita internacional tenta opor a legitimação de um falso referendo.

A Primavera Árabe destruiu vários países do Médio Oriente, o golpe no Brasil pôs no poder um presidente mais do que duvidoso, agora simulam-se atos eleitorais na Venezuela, na Europa apoiou-se o Brexit e a Le Pen. O que virá a seguir?

 Racismo

Uns apoiam candidatos que não gostam de ciganos, depois vai ap+arecer um candidato para colher os votos dos que não gostam de africanos, depois vem um que não gosta de judeus, outro que não gosta de alentejanos.

Muito por causa do argumentário da direita contra os apoios sociais criou-se na sociedade a ideia de que algumas etnias viviam de apoios do Estado, ignorando que neste país há muitos concelhos aparentemente ricos onde muita gente depende de apoios do Estado, mesmo não incluíndo neste grupo muita gente que recebe pensões mínimas porque não fizeram descontos.

É verdade que muitas famílias ciganas dependem do vulgarmente designado rendimento mínimo, mas a percentagem dos ciganos na população portuguesa que depende dos apoios do Estado é provavelmente insignificante.

Em relação a sacaninhas racistas com ambições políticas é preciso dizer não, sob pena de um dia termos uma Le Pen. Cada voto em ventura é um voto póstumo em hitler ou um voto na Le Pen.

 Os prazos do MP

Os prazos dos MP, pelo menos os que se referem a inquéritos relativos a políticos, em vez de serem contados em dias deveriam ser contados em atos eleitorais. Assim, por exemplo, o Caso marquês poderia ter como prazo para a formulação da acusação a próxima campanha eleitoral para as legislativas e se fossem enviadas mais cartas rogatórias poderia ser adiado para as as eleições seguintes. assim seria tudo mais preciso, rigoroso e transparente.

      
 No melhor pano cai a nódoa
   
«Pelo menos 547 rapazes foram abusados física e sexualmente no coro e escola da Catedral de Ratisbona, no sul da Alemanha, entre 1945 e os anos 90, informa uma relatório da investigação divulgado esta terça-feira. O diretor deste coro, entre os anos 1964 e 1994, era Georg Ratzinger, irmão do papa emérito Joseph Ratzinger, que adotou o nome de Bento XVI.

Segundo o advogado Ulrich Weber, que investigou o caso e divulgou o relatório, os alunos mais abusados eram os do terceiro e quarto anos da escola primária e os agressores eram os padres e os professores. Há registo de pelo menos 67 casos de abuso sexual e 49 membros da igreja acusados.

"Os afetados descreveram os anos escolares como uma prisão, um inferno e como um campo de concentração", disse o advogado, citado pela Deutsche Welle. "Muitos se referiram a esses anos como a pior época das suas vidas, caracterizada pelo medo, a violência e o desamparo".» [DN]
   
Parecer:

Um dia destes além de celibatários os padres terão de ser capados.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
  
 Ora aí está ele
   
«“Estou na posse de todos os meus direitos políticos”. É com esta frase que Paulo Rangel tem comentado, junto de pessoas que lhe são próximas, o mesmo cenário que Marques Mendes desenhou no comentário semanal deste domingo na SIC: que o eurodeputado podia ser o terceiro candidato à liderança do PSD no próximo congresso, que deverá acontecer no início de 2018.

Fontes próximas de Paulo Rangel não excluem em absoluto uma nova candidatura à liderança social-democrata – já que foi candidato contra Pedro Passos Coelho em 2010, mas consideram muito difícil que tal aconteça nos moldes traçados. Marques Mendes acabara de elogiar o líder parlamentar cessante, Luís Montenegro, deixando claro que poderá vir a ser mais tarde um forte candidato à presidência do partido. Neste contexto, Mendes distinguiu o curto e o médio prazo: “No curto prazo, que será a seguir às eleições autárquicas, vai haver uma disputa pela liderança do PSD e vai haver dois candidatos certos e um provável”, disse, apontando como certos Pedro Passos Coelho e Rui Rio, e como provável Paulo Rangel.» [Público]
   
Parecer:

Parece que ao esganiçado nascido no CDS não basta uma derrota.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 CDS 1 - 0 PSD
   
«O CDS-PP decidiu retirar o seu apoio ao candidato à Câmara Municipal de Loures, André Ventura, onde os democratas-cristãos corriam em coligação com o PSD, depois de comentários do candidato social-democrata sobre a comunidade cigana terem causado mau-estar. O PSD decidiu manter o seu apoio a André Ventura e lamentou a decisão do CDS-PP.

Depois das declarações polémicas do candidato, que afirmou que existia “uma excessiva tolerância com alguns grupos e minorias étnicas” e que “os ciganos vivem quase exclusivamente de subsídios do Estado”, os dois partidos reuniram-se para avaliar o caso. As decisões, foram, no entanto, em sentido contrário. O CDS-PP avançou primeiro retirando-se da coligação, e assim o seu apoio ao candidato do PSD, argumentando que escolheu “seguir um caminho próprio no concelho de Loures nestas eleições autárquicas de 2017”.

No mesmo comunicado enviado às redações, o CDS argumenta ainda que manifestou “no seio da coligação o seu profundo incómodo com as referidas afirmações”. André Ventura, autor das polémicas declarações sobre a comunidade cigana, encabeçava a coligação “Loures Primeiro”, que unia PSD e CDS.

Já o PSD, não só manteve o seu apoio ao candidato André Ventura, como ainda lamentou a decisão tomada pelo partido liderado por Assunção Cristas: “O PSD mantém o apoio ao candidato do partido à Câmara Municipal de Loures. Lamentamos que o CDS não mantenha esse apoio, mas respeitamos a posição agora assumida pelo CDS”, disse fonte da direção do partido, em declarações à Agência Lusa.» [Observador]
   
Parecer:

O CDS fez o que a ética manda fazer.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»

 Abusos em massa
   


«Pelo menos 547 crianças terão sido alvo de violência corporal e 67 abusadas sexualmente entre os anos de 1945 e 1992, no coro da Igreja de Ratisbona, o mais famoso da Alemanha e que foi liderado durante trinta anos pelo irmão do Papa Bento XVI, de acordo com o relatório final da investigação ao caso, liderada pelo advogado alemão Ulrich Weber.

O caso, que foi revelado em 2010 pelo compositor alemão Franz Wittenbrick, teve esta terça-feira desenvolvimentos, quando, numa conferência de imprensa, Ulrich Weber apresentou as conclusões da investigação ao caso: 547 crianças vítimas de violência, mais do dobro das 231 vítimas conhecidas num relatório intermédio datado de janeiro do ano passado.» [Observador]
   
Parecer:

parece que o papa fez bem em resignar, fê-lo a tempo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Condene-se este abuso em massa.»

 Anedótico
   
«O anterior presidente da Caixa confirmou hoje ter trocado SMS com governantes, sem revelar o seu conteúdo, e reiterou que, do seu ponto de vista, existia um compromisso para a dispensa de entrega de declarações ao Tribunal Constitucional.

Na segunda audição perante a comissão parlamentar de inquérito que tem por objeto apurar a atuação do Governo na nomeação, gestão e demissão da anterior administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), António Domingues foi, pela primeira vez, questionado diretamente pelo PSD - partido que pediu para o ouvir novamente - sobre a existência de mensagens escritas de telemóvel (SMS) trocados entre si e membros do Governo.» [DN]
   
Parecer:

Toda a gente leu os SMS e o senhor sugere que foram divulgados por Centeno.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao rapazola do mrpp se acha que somos todos parvos menos ele.»


 Pasos Coelho mantém apoio a candidato xenófobo
   
«Pedro Passos Coelho confirmou que o PSD vai manter o apoio a André Ventura, o candidato à câmara de Loures que fez declarações polémicas sobre a comunidade cigana.

“Foi importante que ele tivesse oportunidade de clarificar as suas declarações. A candidatura deve seguir em frente”, disse Passos aos jornalistas, à chegada ao jantar parlamentar do PSD, esta terça-feira, na Assembleia da República. “O PSD é um partido de tradições plurais, que teve sempre respeito pelas minorias. E isso não está em causa nem nesta campanha nem em Loures. Estamos tranquilos quanto à nossa posição não racista e não xenófoba”, acrescentou.

Esta terça-feira, o CDS retirou o apoio à candidatura de Ventura manifestando um “profundo incómodo” pelas afirmações proferidas pelo candidato. Assim, os centristas abandonam a coligação com os democratas. “Respeitamos a posição do CDS”, disse Passos.

No centro da polémica estão as declarações de André Ventura ao jornal “I”, em que disse existirem pessoas que “vivem quase exclusivamente de subsídios do Estado” e que acham “que estão acima das regras do Estado de direito”, considerando que tal acontece particularmente com a comunidade cigana.» [Expresso]
   
Parecer:

Ok, o Ventura vai explicar que não se referia aos ciganos, referia-se aos outros todos menos os ciganos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «lamente-se.»