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Passos Coelho teve um momento de generosidade na sua ida à universidade dos pirralhos de Castelo de Vide, em vez de surfar na anunciada greve dos juízes teve um momento de oposição construtiva, declarou que era contra tal greve.
Compreende-se a estratégia de Passos, o próprio líder do PSD para que percebessem como ele não é um líder oportunista fez questão de realçar que se o fosse poderia aproveitar-se da greve para criticar o governo. Estes momentos construtivos de Passos são uma constante ao longo da sua carreira política, diz que não se aproveita das situações mas depois é o primeiro a fazê-lo, como já sucedeu em diversas ocasiões.
Desta vez percebe-se a opção de Passos Coelho, tenta fazer esquecer um dos momentos mais vergonhosos de um líder político português, quando inventou mortos e feridos por suicídios em Pedrógão. Passos leu as últimas sondagem e percebeu que pagou caro o oportunismo e agora tenta passar por aquilo que não é, que nunca foi e nunca será.
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Agora, mais de 40 anos depois do 25 de Abril os nossos juízes (serão os mesmos que diziam umas baboseiras no Facebook a propósito do Caso Marquês?) estão preocupados com a separação de poderes, a mesma separação de poderes que respeitaram quando a sua Associação Sindical vasculhou a utilização de cartões Visa de um governo na esperança de tramarem um governante e ajudarem a derrubar esse governo.
Sejamos honestos, defendam mais dinheiro e deixem a defesa dos princípios da democracia para os democratas, é ao parlamento e às instituições democráticas que cabe a defesa da democracia, não a uma Associação Sindical que neste capítulo não é nenhum modelo de virtudes democráticas.
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Ó sotôra, já reparou para quantos sistemas de videovigilância dariam os milhões de euros que os tribunais alemães considerarem ter sido concedidas no negócio dos submarinos? Estando agendado o debate do Estado da Nação para esta semana faz algum sentido que passe o fim-de-semana a berrar para que o Costa apareça?
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«Os secretários de Estado da Internacionalização, dos Assuntos Fiscais e da Indústria pediram este domingo a exoneração de funções neste domingo, após terem solicitado ao Ministério Público a sua constituição como arguidos no inquérito relativo às viagens para assistir a jogos do Euro 2016. O primeiro-ministro já aceitou a sua demissão, "apesar de não ter sido deduzida pelo Minsitério Público qualquer acusação", lê-se num comunicado do gabinete de António Costa.
A decisão, justificada com a intenção de não prejudicar o Governo, é tomada num momento em que o caso Galpgate já tem arguidos, antecipando os governantes que poderão vir a ficar na mesma situação de ter de responder perante a justiça. Ao que o PÚBLICO apurou, os chefes de gabinete destes governantes foram constituidos arguidos pelo mesmo motivo, o que levou os secretários de Estado a presumir que em breve lhes acontecerá o mesmo.
"Os signatários solicitaram ao primeiro-ministro a exoneração das funções que desempenham", afirmam, em comunicado conjunto enviado à Lusa, o secretário de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira; o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, e o secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos.» [Público]
Parecer:
Com tanto trabalho não podiam ter ficado a ver os jogos na televisão?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se o gesto.»
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«O atual bastonário da Ordem dos Advogados (OA) está a planear processar o Estado por aquilo que considera ser um uso abusivo de “buscas instrumentais” feitas pelo Ministério Público a escritórios de advogados. Defendida por Henrique Figueiredo durante uma conversa com o Expresso esta semana, a ideia é conseguir que os advogados alvo de buscas em processos-crime possam ser indemnizados pelos prejuízos que essas situações lhes trouxeram do ponto de vista da imagem e da carreira profissional.
“O que nós temos assistido é a casos em que constituem um advogado como arguido só para poderem fazer buscas relacionadas com um seu cliente e depois esse advogado não chega a ser acusado”, explica o bastonário. “A situação normalmente é esta: o advogado tem no seu escritório elementos que a investigação criminal gostaria de ter e que estão relacionados com um cliente considerado suspeito, mas como o Ministério Público não pode legalmente fazer buscas ao escritório de um advogado a não ser que ele próprio seja suspeito de um crime, a única forma que os procuradores têm de contornar o problema é constituí-lo também como arguido. É isso a que eu chamo buscas instrumentais.”
Há seis a oito casos de advogados a serem acompanhados pela OA e que foram recentemente constituídos arguidos, com os seus escritórios a serem vasculhadas pelo Ministério Público. Confrontado com a questão sobre se a maioria desses casos estarão ligados a processos-crime de corrupção e branqueamento de capitais em curso no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) — a equipa especial da Procuradoria-Geral da República para a criminalidade mais complexa —, Guilherme Figueiredo admite que sim. “Mas não se esgota nesse departamento. Acontece noutros lados.” O bastonário conta como ele próprio já defendeu uma colega nessas circunstâncias. “Foi no norte do país”, recorda. “Quando chegámos a uma fase mais avançada, o processo foi naturalmente arquivado relativamente a ela.”» [Expresso]
Parecer:
O MP tem cada vez mais poderes, desde os prazos que não se respeitam a muitos outros truques para aumentar os seus poderes.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proteste-se.»