Há centenas de portugueses que sentem prazer a atear fogos florestais, como sucedeu na Madeira onde morreram pessoas.
Há polícias graduados de boas famílias e que parecem ser cidadãos exemplares que agridem brutalmente um pacato cidadão à frente do filho e depois falsifica os autos, para que o cidadão agredido ainda tenha de responder por crimes que não cometeu.
Há portugueses branquinhos como a cal da parede que são dono de restaurantes e não se importam de servir refeições feitas com produtos sem condições.
Há muitas dezenas de milhares de portugueses que todos os dias roubam, recebem o IVA que os seus clientes lhe entregam ao seu cuidado e em vez de o entregarem ao Estado ficam com ele, o dinheiro que deveria ser investido em cuidados de saúde ou com outros fins onde os recursos são escassos, serve para comprar mais um carro ou para as férias.
Há esquadras inteiras que fazem orgias de torturas e agressões, no fim a graduada lava o chão bem lavadinho, chama a ambulância e tudo cai no esquecimento.
Há centenas de milhares de portugueses que não descontaram nada para a Segurança Social e recebem uma pensão de sobrevivência de montante equivalente ou superior ao famoso rendimento mínimo.
Há portugueses que para ganharem mais uns tostões plantam eucaliptos até à beira do alcatrão das estradas, não se importando com as mortes que daí possam resultar. Há também os que matam o vizinho por causa de um poço ou de uma oliveira, e ainda os que em pleno Verão fazem queimadas de forma irresponsável.
Cuidado, andam por aí muitos portugueses perigosos, gente que não se importa com a lei ou com a vida do seu concidadão, nem vale a pena falar dos comentadores desportivos que enchem os bolsos atiçando o ódio entre adeptos, gente contra a qual o André Ventura poderia fazer um dos seus discursos xenófobos, pois são todos bem branquinhos e portugueses de gema.