domingo, julho 23, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Teresa Morais e Catarina Martins

Em qualquer situação da qual resultem mortos devido a acidentes ou calamidades há critérios para contabilizar as vítima. Esta questão coloca-se quase diariamente com os acidentes automóveis, em regras contabilizam-se como mortos em acidenets as vítimas que não chegam com vida aos hospitais. Há quem defenda que as vítimas de ferimentos que morrem posteriormente deveriam ser igualmente registadas como vítimas dos acidentes. É um critério legítimo e visa ter estatísticas verdadeiras, não está em causa a sonegação de informação ou uma tentativa governamental de esconder mortos, como se as vítimas dos acidentes fossem vítimas do governo.

A abordagem feita por Teresa Morais em nome do PSD é uma abordagem miserável, denuncia que essa gente considera que as vítimas dos acidentes são vítimas de homicídios por negligência ou mesmo voluntários por parte do governo. Insinuar que é o governo que anda a esconder vítimas revela o baixo nível da senhora. Se a deputada estivesse preocupada com consequências legais que prejudicassem a família da vítima em sede de seguros ou indemnizações faria sentido. Mas não é nem a vítima, nem a sua família que preocupam Teresa  Morais, a senhora simplesmente transforma a vítima numa bala política desesperada, como já o tinha feito o traste do seu líder quando de forma miserável inventou suicídios.

É uma pena que Catarina Martins, uma espécie de metralhadora verbal moralista não tenha resistido á tentação do populismo rasca e por isso merece aqui destaque. Se Catarina Martins e Teresa Morais alguma vez se tivessem preocupado como são contabilizadas as vítimas dos acidentes rodioviários, faria sentido a preocupação. Assim estamos perante oportunismo miserável.

«A notícia do Expresso (revelando que há uma vítima não contabilizada) é gravíssima e muito séria. Vem adensar as dúvidas que existem, e são muitas, em relação ao que aconteceu no incêndio de Pedrógão Grande. O Governo tem de vir esclarecer urgentemente quais são os critérios que determinaram a constituição da lista de vítimas", afirma a vice-presidente do PSD, Teresa Morais.

Se não o fizer, o PSD vai propor outra forma de obrigar o Governo a esclarecer, esta semana, o que está a acontecer, uma vez que o Parlamento ainda tem comissões a funcionar, onde os governantes podem dar explicações. Teresa Morais admite esperar por esclarecimentos, após investigações, para explicações sobre falhas técnicas, mas não para uma questão tão delicada como é a das vítimas.

"Não pode haver dúvidas sobre o número de vítimas, e os critérios para as determinar e as colocar na lista. O Governo não tem dado informações por sua iniciativa, e tem tratado o assunto com défice de informação e falta de transparência", acusa Teresa Morais. "Foi por muita insistência do PSD que foi dada informação sobre o estado de saúde dos bombeiros que estavam internados", acrescentou.» [Expresso]

«coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, defendeu hoje que "o país tem de conhecer exatamente a dimensão da tragédia" do incêndio de Pedrógão Grande.
"O país tem de conhecer exatamente a dimensão da tragédia. É um caso, mas todos os casos são igualmente importantes", afirmou Catarina Martins, em Valongo, distrito do Porto, reagindo assim à notícia do Expresso de que a lista de 64 mortos do incêndio de Pedrógão Grande exclui vítimas indiretas.

Os critérios para elaborar a lista oficial das vítimas mortais do incêndio que deflagrou há cerca de um mês naquele concelho "excluem mortes indiretas", designadamente a de uma mulher que foi atropelada quando fugiu das chamas. Para Catarina Martins, que classificou a notícia como "perturbadora", a senhora "não estaria contabilizada, mas é na mesma vítima daquela tragédia".

"Todas as pessoas têm de ser respeitadas no que aconteceu. Existir um caso significa que há alguma coisa que não está bem feita", disse, acrescentando ser essencial ouvir as populações afetadas pelo incêndio no âmbito da investigação que está a decorrer.» [Expresso]

      
 Ricardo Salgado atira-se a Pasos Coelho
   
«Ricardo Salgado, arguido em centenas de processos, afirmou ao Dinheiro Vivo que o Novo Banco devia ficar em mãos portuguesas, manifestando oposição à venda da instituição bancária ao fundo norte-americano Lone Star. "No meu entender, a melhor solução para o Novo Banco era permanecer português, (...) quer fosse adquirido pela Caixa [Geral de Depósitos], quer [fosse] pelo Millenium BCP. Mas também pergunto: e o Banco de Fomento, para que é que serve? O Banco de Fomento podia perfeitamente ser recapitalizado pelo Estado para reforçar o Novo Banco", disse.

O ex-banqueiro já tinha manifestado a mesma posição numa entrevista por correio eletrónico à agência noticiosa Bloomberg na semana passada. Desta vez, instalado no seu escritório numa vivenda de Cascais, declarou que que nunca foi hostilizado pelos lesados do banco e que compreende as razões de queixa que apresentam.

Ricardo Salgado defendeu que sempre teve intenção de pagar tudo a toda a gente e, se não o fez, foi porque "o Governador do Banco de Portugal decidiu avançar com a resolução do BES".
Salgado acrescentou ter feito um mau julgamento do empresário angolano Álvaro Sobrinho e do empresário luso-angolano Hélder Bataglia, considerando que "os dois tiveram um papel terrível" na "destruição do BES em Angola", e acusou os dois homens de terem feito uma "gestão ruinosa" do BESA.» [Expresso]
   
Parecer:

Tenho muitas dúvidas de que se Ricciardi tivesse conseguido chegar à presidência do BES que o destino do banco fosse a resolução, algo me dia que Ricciardi tinha o apoio de Passos na luta pelo poder e a resolução tem algum cheiro a vingança.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Assita-se ao espetáculo»
  
 Ainda lá estavas
   
«É um ponto final há muito anunciado. Ainda em maio Henrique Neto, 81 anos, dera uma entrevista ao jornal i onde admitia: “Todos os dias penso em sair do PS”. Agora passou das musas ao teatro. Num artigo de opinião que pode ler na íntegra na edição semanal do Expresso, à venda este sábado, admite que chegou a hora: “Na vida há um tempo para tudo”, reconhece, na última frase de um texto muito crítico para António Costa.

Militante do PS desde 1991 (entrou a convite de Jorge Sampaio; antes tinha sido filiado no PCP, entre 1968 e 1975), candidato à Presidência da República nas eleições de 2016, este empresário da indústria de moldes oriundo de uma família operária da Marinha Grande nunca se coibiu de dizer o que pensava, sem papas na língua, sem poupar ninguém.» [Expresso]
   
Parecer:

Esta personagem insiste em aparecer sempre à custa dos ataques ao PS.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se e lamente-se tão garnde perda para a esquerda, não é todos os dias que alguém pouco dado a cumprir os seus deveres de cidadania aparece armado em bom..»